Crítica
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Sinopse
Jerry Shaw e Rachel Holloman não se conhecem, até que um telefonema feito por uma mulher desconhecida os une. Ameaçando a vida de ambos e de suas famílias, a voz utiliza a tecnologia do dia-a-dia para rastrear e controlar todos os seus movimentos. Logo eles se tornam os fugitivos mais procurados do país, precisando se unir para descobrir o que realmente está ocorrendo.
Crítica
Controle Absoluto é o típico filme-consequência, que só existe devido a uma série de acontecimentos, coincidências e necessidades. Não é memorável, não vai mudar a vida de ninguém e nem tem grandes aspirações além de entreter. O problema é quando nem isso consegue. Como é o caso aqui. Feito único e exclusivamente para capitalizar o atual sucesso do jovem Shia LaBeouf – dos recentes Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008) e Transformers (2007) – é uma produção feita às pressas, com roteiro que requenta idéias de diversos outros longas similares – e, na maioria das vezes, superiores. E se não atinge nem aquilo que o Cinema Hollywoodiano se especializou – diversão momentânea e despreocupada – então é sinal de que as coisas não andam mesmo muito bem.
E a culpa não é de LaBeouf. Ele não tem perfil de astro de ação, mas se sai bem dentro de suas capacidades enquanto “homem comum”. E é exatamente isso que é aqui, mais uma vez aparecendo como o cara errado, na hora errada e no lugar errado. Sem entender muito bem o que está acontecendo, ele é envolvido numa conspiração gigantesca, que almeja, entre outras coisas, a derrubada do governo norte-americano. Certo dia chega em casa e ela está até o teto cheia de armamentos militares que lhe foram enviados. Sem saber de onde tudo aquilo veio, vê sua vida mudar para sempre ao receber uma ligação de uma gélida voz feminina, que passa a lhe dar ordens imediatas – pule a janela, corra para direita, pegue o primeiro trem, acerte o cara que está dobrando a esquina! Logo está ao lado de uma mãe solteira (Michelle Monaghan), aparentemente na mesma situação que ele. E os dois precisam não só salvar suas peles e daqueles ao redor deles, como descobrir também como evitar que uma tragédia de proporções nacionais quebre o país inteiro.
Com um roteiro construído como uma verdadeira salada, que registra influências que vão de 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968) à animação Wall-E (2008), Controle Absoluto só não peca nas alucinantes cenas de perseguições, que são obviamente inverossímeis, porém construídas com tanto engenho e imaginação que deixam qualquer um de queixo caído. Não que isso conte muito, mas já é uma diferença. Por outro lado os dois protagonistas não possuem química alguma, e toda tentativa de criar algum clima romântico entre eles chega a ser patética. Outros coadjuvantes de peso, como Billy Bob Thorton e Rosario Dawson acabam tendo pouco espaço, sem grandes oportunidades. E a mão pesada e falta de criatividade em escapar dos clichês do diretor D.J. Caruso terminam por estragar o produto final, sem restar maiores expectativas.
Mesmo assim e à desgosto da crítica, Controle Absoluto cumpriu razoavelmente suas obrigações junto ao público. Nos Estados Unidos o faturamento foi levemente ao orçamento do projeto, que ficou em torno de US$ 80 milhões, enquanto que o resto da bilheteria mundial contribuiu para elevar os ganhos totais além da marca dos US$ 100 milhões. Ou seja, não prejudicou ninguém e ainda garantiu mais uns trocados no bolso. Já entre os espectadores, raro será encontrar aquele que consiga se lembrar do que viu meia hora depois do término da projeção. E este é o maior problema: a mediocridade. E se disse o mundo está cheio, as salas de cinema são ótimos exemplos que comprovam a teoria.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Robledo Milani | 5 |
Thomas Boeira | 6 |
MÉDIA | 5.5 |
Robledo... Uma ótima crítica, enxuta e vai direto ao ponto. Coloquei reticências depois do seu nome pois ele me lembrou de um personagem de histórias de quadrinhos que existiu antes de vc nascer. O "Dr" Robledo era a identidade secreta do Cavaleiro Negro. :) Abraço!