Crítica
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Sinopse
Frank foi um grande montador do cavalaria do exército dos Estados Unidos. Ele é o primeiro estrangeiro a ser convidado para correr numa pista icônica conhecida como Mar de Fogo, trecho no deserto árabe que apenas os cavalos de linhagem mais nobre conseguiam cruzar. O norte-americano terá de montar um cavalo chamado Hidalgo.
Crítica
Quando Mar de Fogo chegou aos cinemas, em 2004, foi precedido por uma grande expectativa. Afinal, este era o primeiro trabalho do ator Viggo Mortensen após a conclusão épica da saga O Senhor dos Anéis, em O Retorno do Rei (2003). Além do mais, o cenário não era tão estranho – ambientes exóticos e atraentes – e ele estava de volta à posição de protagonista. Então, por qual razão o projeto não deu certo? E isso tanto no âmbito comercial (contou com um orçamento de US$ 100 milhões e arrecadou menos de US$ 70 milhões nos Estados Unidos) quanto na avaliação da crítica, que não se empolgou com a trama contada à moda antiga, combinando fatos históricos com uma certa dose de aventura e emoção. O problema, ao que parece, foi o público tê-lo simplesmente ignorado, pois o que aqui temos é uma produção exemplar e muito bem feita, que realmente consegue prender a atenção, ainda que seja um pouco longa demais.
Na falta de maiores atrativos que justificassem um interesse maior por parte do espectador, Mar de Fogo se apresenta exatamente como está na tela, se contentando em ser uma obra de ação, sem leituras posteriores. Viggo Mortensen, que até três anos antes não era mais do que um simpático coadjuvante, parecia confortável na condição de herói que o transformou num ícone para os adoradores do gênero – ainda que nos anos seguintes ele tenha refutado essa ideia. Ao tentarem vender esse projeto como um novo episódio da fábula imaginada por J.R.R. Tolkien, confundiu-se o espectador, e por isso a frustração. Viggo é ótimo, mas talvez não estivesse ainda apto o suficiente para sustentar um filme sozinho. E por isso que esse trabalho só deverá ser aproveitado por aqueles que decidirem conferi-lo despreocupadamente, curtindo o que for oferecido sem exigir nada extra.
Em Mar de Fogo, Mortensen aparece como o caubói Frank Hopkins, que, com seu cavalo Hidalgo, largou os shows de auditório do Buffalo Bill Cody (J.K. Simmons), nos Estados Unidos, e resolveu enfrentar a difícil e perigosa prova de travessia do deserto saudita conhecida como “Mar de Fogo”, tudo isso no final do século XIX. Outra presença interessante é a do renomado Omar Sharif, que surge como o Sheik Riyadh e assume com tranquilidade e bastante segurança a posição de mentor. O filme é baseado em um fato verídico, e a importância deste episódio é que Hopkins foi um defensor da raça de cavalos mustangue, um tipo híbrido que combinava origens europeias e indígenas. Menor e mais resistente que os cavalos comumente vistos no velho continente, Hidalgo é o grande campeão em cena, já que será ele, no final das contas, que irá persistir ainda mais que seu cavaleiro, decidido a cruzar a linha de chegada.
Mar de Fogo diverte, emociona, tem tensão na medida certa e sabe envolver por seu lado romântico e aventuresco. Não surpreende, mas também não decepciona. É apenas um trabalho bem feito, competente e satisfatório. Talvez o diretor Joe Johnston (que teria momentos mais ambiciosos em Capitão América: O Primeiro Vingador, 2011) pudesse ter ousado mais. Mas como exigir isso dele, um cineasta reconhecido como um mero – porém sábio – artesão? Não se trata de um filme imprescindível, mas com certeza é uma daquelas opções que entretém de forma competente, bastando para isso que lhe deem crédito suficiente para tanto.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Robledo Milani | 7 |
Ailton Monteiro | 5 |
MÉDIA | 6 |
pessoalmente eu gostei muito, e olha que peguei este filme por acaso. Em relação aos filmes atuais, Tranquilamente eu dou 5 estrelas.