
Sonho de uma Noite de Verão
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Michael Hoffman
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A Midsummer Night's Dream
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1999
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Reino Unido / Itália / EUA
Crítica
Leitores
Sinopse
Em Sonho de uma Noite de Verão, dois jovens apaixonados são impedidos, pelo pai e pelo pretendente da moça, de se casarem. Decidem fugir juntos, mas uma série de encontros e desencontros os levará a viver uma noite mágica entre seres encantados, que possuem uma estranha poção do amor. Comédia/Fantasia/Romance.
Crítica
Na vida de todos há aqueles dias em que, secretamente, desejamos que tudo fosse um pouco mais como nos contos de fadas. Como seria bom se, num passe de mágica, todos os nossos problemas se resolvessem! Na verdade, sempre pensamos assim, não é mesmo? Bem, pensando em algo do tipo, William Shakespeare escreveu, lá pelos finais do século XVI, a peça Sonho de uma noite de verão, divertida história das confusões amorosas de um quarteto de humanos que recebe uma intervenção de fadas e elfos que terminam mais por atrapalhar que ajudar. Aqui nessa adaptação cinematográfica, Helena ama Demetrius, que por sua vez está de casamento marcado com Hermia, que ama Lisandro, e ambos – Demetrius e Lisandro – amam Hermia; confuso? Pois é, espere até os próximos capítulos!
A verdade é que essa fábula, muito bem elaborada há mais de cinco séculos, se mantém atual nos dias de hoje. Seu grande mote não está em sua linguagem ou em seu enredo principal, mas no fato de ela comunicar com os “tolos” assuntos do coração, questionar até onde somos capazes de ir por um romance ou até mesmo quão grande é esse amor. Os deuses e deusas da natureza são aqui a inspiração e o frescor do destino e dão toques inusitados no que seria uma realidade cruel.
A adaptação de 1999 para a obra clássica, levada às telas pelas mãos de Michael Hoffman, recuperou a divertida história com uma nova roupagem, super clássica e refinada, com figurinos e cenários impecáveis, daqueles que te transportam para dentro da trama e enchem a alma de alegria; aliás, esse filme é alegria pura, não há um minuto sequer que incomode; fato possível em grande parte pelo roteiro equilibrado, que trabalha em conjunto com a trilha sonora (que é clássica sem ser chata); e a direção de arte e a fotografia são poéticas como os escritos de Shakespeare. Mas tudo isso é coroado pelo elenco, na mais perfeita sintonia, merecendo inclusive uma menção honrosa pelo desempenho em conjunto. Stanley Tucci está perfeito como o impagável Puck, Michelle Pfeiffer, como a deusa Titânia, está mais linda do que nunca em seu papel mais poderoso desde a Mulher-Gato, e Kevin Kline mais uma vez dispensa comentários com sua atuação cômica irretocável. E isso para citar apenas alguns nomes!
O fato é que essa nova versão de Hoffman é tão boa quanto a versão original escrita. Ela pode ser assistida tantas vezes quanto for necessário e sempre se descobrirá algo de novo, de tão rico que o filme é! Assista sem parar e compre a trilha sonora para embalar seus sonhos com “Una furtiva lágrima” e se transportar para o universo mágico idealizado por William Shakespeare.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
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Gabriel Rocha | 6 |
Ailton Monteiro | 7 |
Chico Fireman | 5 |
MÉDIA | 6 |
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