Francisco Alves da Costa Sobrinho22 de setembro de 2020
Filme: VERSÕES DE UM CRIME
Francisco Alves da Costa Sobrinho
Direção: Courtney Hunt -> Personagens/Atores: Advogado Richard Ramsey (Keaw Reeves); Adolescente Mike Lassiter (Gabriel Basso); Mãe, Loreta Lassiter (Renée Zellwger); Pai: Boone Lassiter (Jim Belushi); Advogada Janelle (Gugu Mbatha-Raw); Juiz: Dr. Robichaux (Ritchie Montgomery).
O cenário preponderante do filme é a sala do Tribunal de Justiça, onde se desenvolve o julgamento do jovem Mike (17 anos), acusado de matar o próprio pai, rico empresário Boone Lassiter, o qual era tido como um homem violento e agressivo com a esposa e mãe do adolescente, senhora Loreta Lassiter.
Os personagens são mostrados de forma tipificada, um a um, compondo-se com o elenco de advogados que participam das ações: de um lado, o promotor de justiça desempenhando de forma moderada o seu papel de acusador, ele mesmo chegando a reconhecer, na fase inicial do julgamento, que o garoto praticou o ato para proteger a mãe. Do lado do réu, um advogado amigo da família, bastante próximo, Dr. Richard Ramsay, na defesa do rapaz, mesmo que ele nada lhe diga sobre o acontecido por ocasião da morte do seu pai.
No desenrolar do julgamento, além do Juiz de Direito, dos membros do Júri, das testemunhas e da plateia, entra em cena a Dra. Janelle, uma jovem advogada, que faz o papel de coadjuvante, admitida pelo advogado titular – que lhe reconhece competência e certa ‘capacidade de perceber coisas e até adivinhar’, para auxiliá-lo nas percepções que o caso requer. Desta maneira, são apresentados os personagens centrais da trama, quais sejam: o homem assassinado, mostrado até certo ponto como um bom pai, mas um marido violento e ameaçador; o adolescente, tímido e caladão, acusado de matar o pai para defender a mãe, que, por sua vez, é apresentada como esposa submissa e agredida.
Desta maneira, o filme desenvolve-se num clima de suspense e indagações, trazendo ao espectador a sensação de que algo está faltando para esclarecer a trama, de que alguns dos personagens sabem mas estão escondendo algumas coisas, havendo, assim, um verdadeiro desequilíbrio das informações dadas e do que foi apurado, sensação que é reforçada pela narrativa do filme, trazendo outras informações ou sugerindo que elas devem ser buscadas para o esclarecimento do evento criminal, mesmo após o último depoimento do garoto, contando a versão de sua história de relacionamento com o pai e assumindo o crime praticado, utilizando-se do fato de ser versado em direito, sagazmente criando um fato novo, alterando a trama e empoderando-se do fato, e, ao mesmo tempo, obtendo com isso o reconhecimento de sua vitimização e a sua absolvição. Tanto que, ao sair da prisão, revela ao verdadeiro autor do crime – o advogado de defesa - ser sabedor da sua relação com a mãe dele, devolvendo-lhe o relógio que ele encontrou ao lado do corpo esfaqueado, prova cabal do crime quase perfeito.
Filme: VERSÕES DE UM CRIME Francisco Alves da Costa Sobrinho Direção: Courtney Hunt -> Personagens/Atores: Advogado Richard Ramsey (Keaw Reeves); Adolescente Mike Lassiter (Gabriel Basso); Mãe, Loreta Lassiter (Renée Zellwger); Pai: Boone Lassiter (Jim Belushi); Advogada Janelle (Gugu Mbatha-Raw); Juiz: Dr. Robichaux (Ritchie Montgomery). O cenário preponderante do filme é a sala do Tribunal de Justiça, onde se desenvolve o julgamento do jovem Mike (17 anos), acusado de matar o próprio pai, rico empresário Boone Lassiter, o qual era tido como um homem violento e agressivo com a esposa e mãe do adolescente, senhora Loreta Lassiter. Os personagens são mostrados de forma tipificada, um a um, compondo-se com o elenco de advogados que participam das ações: de um lado, o promotor de justiça desempenhando de forma moderada o seu papel de acusador, ele mesmo chegando a reconhecer, na fase inicial do julgamento, que o garoto praticou o ato para proteger a mãe. Do lado do réu, um advogado amigo da família, bastante próximo, Dr. Richard Ramsay, na defesa do rapaz, mesmo que ele nada lhe diga sobre o acontecido por ocasião da morte do seu pai. No desenrolar do julgamento, além do Juiz de Direito, dos membros do Júri, das testemunhas e da plateia, entra em cena a Dra. Janelle, uma jovem advogada, que faz o papel de coadjuvante, admitida pelo advogado titular – que lhe reconhece competência e certa ‘capacidade de perceber coisas e até adivinhar’, para auxiliá-lo nas percepções que o caso requer. Desta maneira, são apresentados os personagens centrais da trama, quais sejam: o homem assassinado, mostrado até certo ponto como um bom pai, mas um marido violento e ameaçador; o adolescente, tímido e caladão, acusado de matar o pai para defender a mãe, que, por sua vez, é apresentada como esposa submissa e agredida. Desta maneira, o filme desenvolve-se num clima de suspense e indagações, trazendo ao espectador a sensação de que algo está faltando para esclarecer a trama, de que alguns dos personagens sabem mas estão escondendo algumas coisas, havendo, assim, um verdadeiro desequilíbrio das informações dadas e do que foi apurado, sensação que é reforçada pela narrativa do filme, trazendo outras informações ou sugerindo que elas devem ser buscadas para o esclarecimento do evento criminal, mesmo após o último depoimento do garoto, contando a versão de sua história de relacionamento com o pai e assumindo o crime praticado, utilizando-se do fato de ser versado em direito, sagazmente criando um fato novo, alterando a trama e empoderando-se do fato, e, ao mesmo tempo, obtendo com isso o reconhecimento de sua vitimização e a sua absolvição. Tanto que, ao sair da prisão, revela ao verdadeiro autor do crime – o advogado de defesa - ser sabedor da sua relação com a mãe dele, devolvendo-lhe o relógio que ele encontrou ao lado do corpo esfaqueado, prova cabal do crime quase perfeito.