O longa mineiro Arábia, de Affonso Uchoa e João Dumans, exibido no último dia da mostra competitiva do 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, foi o grande vencedor da edição deste ano do evento que o mais tradicional e antigo do calendário cinematográfico nacional. Além do Candango de Melhor Filme, conquistou ainda os troféus de Melhor Ator (Aristides de Sousa), Trilha Sonora e Montagem, todos do júri oficial, além do prêmio de Melhor Filme pelo Júri da Crítica, organizado pela ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Este é o segundo ano consecutivo que uma produção de Minas Gerais se consagra no certame brasiliense, após A Cidade Onde Envelheço, de Marília Rocha, ter sido escolhida em 2016.
Era Uma Vez Brasília, de Adirley Queirós, foi premiado como Melhor Direção, Fotografia e Som. O cineasta do Distrito Federal havia ganho o candango de Melhor Filme com seu trabalho anterior, Branco Sai Preto Fica (2014), e agora foi recompensado enquanto realizador. Café com Canela foi escolhido como Melhor Atriz (Valdinéia Soriano), Roteiro e como Melhor Filme pelo Júri Popular, enquanto que Vazante levou os prêmios de Atriz Coadjuvante (Jai Baptista) e Direção de Arte, enquanto que o Melhor Ator Coadjuvante (Alexandre Sena) foi do thriller Nó do Diabo. O documental Música para quando as Luzes se Apagam levou o Prêmio Especial do Júri de “Melhor Ator Social”, para a transexual Emelyn Fischer. De acordo com o Júri Oficial da mostra competitiva, apenas os longas Construindo Pontes, de Heloísa Passos, Pendular, de Júlia Murat, de Por Trás da Linha de Escudos, de Marcelo Pedroso, ficaram de mãos abanando.
Dentre os curtas, o melhor do ano foi Tentei, de Laís Melo, premiado também como Atriz (Patricia Saravy) e Fotografia. O melhor pelo Júri Popular foi Carneiro de Ouro, de Dácia Ibiapina, enquanto que a Crítica escolheu Mamata, de Marcus Curvalo. Já o Prêmio Canal Brasil foi para Chico, dos irmãos Carvalho. Na Mostra Brasília, dedicada exclusivamente à produções do Distrito Federal, o melhor longa foi O Fantástico Patinho Feio, de Denilson Félix, enquanto que o melhor curta foi UrSortudo, de Januário Jr, e Tekoha: Som da Terra, de Rodrigo Arajeju e Valdelice Veron. Confira a seguir a relação completa de premiados deste ano:
MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS
Filme: Arábia, de Affonso Uchoa e João Dumans
Direção: Adirley Queirós, por Era Uma Vez Brasília
Ator: Aristides de Sousa, por Arábia
Atriz: Valdinéia Soriano, por Café com Canela
Ator Coadjuvante: Alexandre Sena, por Nó do Diabo
Atriz Coadjuvante: Jai Baptista, por Vazante
Roteiro: Ary Rosa, por Café com Canela
Fotografia: Joana Pimenta, por Era Uma Vez Brasília
Direção de Arte: Valdy Lopes JN, por Vazante
Trilha Sonora: Francisco Cesar e Cristopher Mack, por Arábia
Som: Guile Martins, Daniel Turini e Fernando Henna, por Era Uma Vez Brasília
Montagem: Luiz Pretti e Rodrigo Lima, por Arábia
Prêmio Especial do Júri: Melhor Ator Social para Emelyn Fischer, por Música para quando as Luzes se Apagam
Melhor Filme – Júri Popular: Café com Canela, de Ary Rosa e Glenda Nicácio
Melhor Filme – Júri da Crítica (Prêmio ABRACCINE): Arábia, de Affonso Uchoa e João Dumans
Prêmio Marco Antônio Guimarães: Construindo Pontes, de Heloísa Passos
MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS
Filme: Tentei, de Laís Melo
Direção: Irmãos Carvalho, por Chico
Ator: Marcus Curvello, por Mamata
Atriz: Patricia Saravy, por Tentei
Roteiro: Ananda Radhika, por Peripatético
Fotografia: Renata Corrêa, por Tentei
Direção de Arte: Pedro Franz e Rafael Coutinho, por Torre
Trilha Sonora: Marlon Trindade, por Nada
Som: Gustavo Andrade, por Chico
Montagem: Amanda Devulsky e Marcus Curvello, por Mamata
Prêmio Especial do Júri: Peripatético, de Jéssica Queiroz
Melhor Filme – Júri Popular: Carneiro de Ouro, de Dácia Ibiapina
Melhor Filme – Júri da Crítica (Prêmio ABRACCINE): Mamata, de Marcus Curvelo
Prêmio Canal Brasil: Chico, dos irmãos Carvalho
Prêmio CiaRio/Naymar: Carneiro de Ouro, de Dácia Ibiapina
MOSTRA BRASÍLIA – 22º TROFÉU CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Melhor Longa: O Fantástico Patinho Feio, de Denilson Félix
Melhor Curta: UrSortudo, de Januário Jr., e Tekoha: Som da Terra, de Rodrigo Arajeju e Valdelice Veron
Direção: Dácia Ibiapina, por Carneiro de ouro
Ator: Elder de Paula, por UrSortudo
Atriz: Rafaela Machado, por Menina de barro
Roteiro: Januário Jr., por UrSortudo
Fotografia: Gustavo Serrate, por A margem do universo
Montagem: Lucas Araque, por Afronte
Direção de Arte: Bianca Novais, Flora Egécia e Pato Sardá, por O Menino Leão e a Menina Coruja
Edição de Som: Maurício Fonteles, por Tekoha: Som da Terra
Trilha Sonora: Ramiro Galas, por O vídeo de 6 faces
Melhor Longa pelo Júri Popular: Menina de barro, de Vinícius Machado
Melhor Curta pelo Júri Popular: O Menino Leão e a Menina Coruja, de Renan Montenegro
Prêmio Petrobras de Cinema (para o melhor longa-metragem pelo Júri Popular da Mostra Brasília):Menina de barro, de Vinícius Machado
Prêmio Plug.in (para o melhor longa-metragem escolhido pelo Júri Popular da Mostra Brasília): Menina de barro, de Vinícius Machado
Prêmio ABCV – Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo: Marco Curi, Manfredo Caldas e Geraldo Moraes
Prêmio CiaRIO (Melhor longa-metragem escolhido pelo Júri Popular da Mostra Brasília): Menina de barro, de Vinícius Machado
Prêmio CiaRio (Melhor curta-metragem escolhido pelo Júri Popular da Mostra Brasília): O Menino Leão e a Menina Coruja, de Renan Montenegro
Prêmio Saruê: Afronte, de Marcus Azevedo e Bruno Victor
FESTUNIBRASÍLIA – 1º FESTIVAL UNIVERSITÁRIO DE CINEMA DE BRASÍLIA
Filme: O Arco do Medo, dirigido por Juan Rodrigues (Universidade Federal do Recôncavo Baiano)
Direção: Fervendo, dirigido por Camila Gregório (Universidade Federal do Recôncavo Baiano)
Júri Popular: O Homem que não cabia em Brasília, dirigido por Gustavo Menezes (UnB)
Menção Honrosa – Método de construção criativa: Afronte, dirigido por Bruno Victor e Marcus Azevedo (UnB)
Menção honrosa – Fotografia: Gabriela Akashi, por Serenata (USP)
Menção Honrosa – Filme de animação: Mira, dirigido por Janaína da Veiga (Unespar)
(Fonte: Um Nome Produção e Comunicação)
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