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O ano de 2020 seria muito especial para o Festival de Annecy, um dos mais importantes para o cinema de animação do mundo. O tradicional evento francês planejava comemorar seus 60 anos com uma série de eventos especiais, planejados inicialmente para os dias 15 a 20 de junho. No entanto, a pandemia de coronavírus impediu que o festival fosse realizado nos moldes tradicionais, o que postergou a celebração para 2021.

Mesmo assim, os fãs do cinema de animação e os produtores e distribuidores, para quem o festival constitui um evento comercial importante, não ficarão desamparados. Annecy propõe uma versão online do festival entre os dias 15 e 30 de junho. Embora nem todos os filmes possam ser exibidos integralmente, por motivos contratuais, os produtores garantem que os jurados assistirão à integralidade dos projetos, e que pelo menos 10 minutos de cada filme serão disponibilizados em todos os territórios.

Os vinte filmes selecionados destacam a forte presença japonesa, chinesa e coreana no cinema de animação. O Brasil, que já venceu duas vezes o festival de Annecy (com Uma História de Amor e Fúria, em 2013, e O Menino e o Mundo, em 2014), não tem concorrentes este ano. O último vencedor foi o filme francês Perdi Meu Corpo (2019).

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Sessões de cinema no Festival de Annecy. Foto: Divulgação

 

Confira os projetos escolhidos para a edição online:

Competição oficial

The Nose or the Conspiracy of Mavericks, de Andrey Khrzhanovsky (Rússia)
Kill It and Leave this Town, de Mariusz Willczynski (Polônia)
Little Vampire, de Joann Sfar (França)
Jungle Beat: The Movie, de Brent Dawes (Ilhas Maurício)
Lupin III The First, de Takashi Yamazaki (Japão)
7 Days War, de Yuta Murano (Japão)
Ginger’s Tale, de Konstantin Scherkin (Rússia)
Bigfoot Family, de Ben Stassen e Jérémie Degruson (Bélgica, França)
Calamity, a Childhood of Martha Jane Cannary, de Rémi Chayé (França, Dinamarca)
Nahuel and the Magic Book, de German Acuña (Chile)

Mostra contrechamps

On Gaku: Our Sound!, de Kenji Iwaisawa (Japão)
The Old Man – The Movie, de Mikk Mägi e Oskar Lehemaa (Estônia)
Lava, de Ayar Blasco (Argentina)
Accidental Luxuriance of the Translucent Watery Rebus, de Dalibor Baric (Croácia)
Beauty Water, de Kyung-hun Cho (Coreia do Sul)
My Favorite War, de Ilze Burkovska Jacobsen (Letônia, Noruega)
The Shaman Sorceress, de Jae-huun Ahn (Coreia do Sul)
The Legend of Hei, de Ping Zhang (China)
True North, de Eiji Han Shimizu (Japão, Indonésia)
The Knight and the Princess, de Bashir El Deek e Ibrahim Mousa (Arábia Saudita, Egito)

Mostra realidade virtual

Ajax All Powerful, de Ethan Shaftel (Estados Unidos)
Battlescar – Punk Was Invented by Girls, de Martin Allais e Nicolas Casavecchia (Estados Unidos, França)
Great Hoax: The Moon Landing, de John Hsu e Marco Lococo (Taiwan, Argentina)
Minimum Mass, de Raqi Syed e Areito Echevarria (França, Nova Zelândia)
Odyssey 1.4.9, de François Vautier (França)
Saturnism, de Mihai Grecu (França, Romênia)
The Orchid and the Bee, de Frances Adair McKenzie (Canadá)

 

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Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.
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