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O cinema brasileiro tem assumido com bastante vigor seu aspecto tropical e fabular. A Vida Invisível (2019) reivindicava a classificação de “melodrama tropical”, e agora Um Animal Amarelo (2020) se considera “uma fábula melancólica tragicômica tropical”, como afirma o primeiro e inventivo teaser.

Nesta coprodução entre Brasil, Portugal e Moçambique, um diretor de cinema de pouco sucesso (Higor Campagnaro) visita os traumas de sua infância, relacionados ao avô violento e ao passado de escravidão. Segundo o diretor e roteirista Felipe Bragança, “o filme é feito no encontro misterioso entre o pesadelo político-cultural que estamos vivendo e histórias muito pessoais e escondidas sobre as quais os brasileiros nem sempre gostam de falar”.

 

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Um Animal Amarelo será exibido pela primeira vez no Festival de Roterdã, dentro da seletiva mostra Big Screen Competition, que acolhe este ano apenas nove longas-metragens do mundo inteiro. Julgando pelo teaser, que navega entre o realismo e o sonho, o cineasta parece continuar a pesquisa de linguagem e narrativa iniciada com A Fuga, A Raiva, A Dança, a Bunda, A Boca, A Calma, A Vida da Mulher Gorila (2009), A Alegria (2010), Não Devore Meu Coração (2017) e Tragam-me a Cabeça de Carmem M. (2019).

Além de Campagnaro, o filme traz no elenco Isabel Zuaa, Sophie Charlotte, Herson Capri, Tainá Medina, Thiago Lacerda e Diogo Dória. Ainda não está definida a data de estreia no circuito comercial brasileiro. Assista abaixo ao vídeo oficial:

 

 

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