André Téchiné

Biografia

Nascido em Valence, no sudeste da França, é descendente de espanhóis. Sua família tinha um pequeno negócio de equipamentos agrícolas. Desenvolveu o gosto pelo cinema na adolescência, quando ainda frequentava uma escola católica em Montauban, da qual saia apenas aos domingos, e aproveitava para ir assistir filmes.

Em 1959, trocou de escola, mas o interesse pela sétima arte apenas aumentou. Em um colégio com uma cultura diferente, com professores inclinados ao marxismo, um cineclube e uma revista de cinema para a qual ele contribuia, encontrou uma saída para seu mundo habitual. Se mudou para Paris aos 19 anos, na tentativa de iniciar a carreira como cineasta. Falhou ao entrar em uma das escolas mais prominentes da França (alguns anos depois, se graduaria no Instituto Para Estudos Avançados em Cinema), mas começou a escrever para a publicação Les Cahiers du Cinèma, na qual permaneceu até 1968. Seu primeiro artigo, ainda 1964, foi sobre Um Só Pecado (1964), de François Truffaut.

Sua primeira experiência por trás das câmeras foi como diretor-assistente de Marc’O em Les Idoles (1968). Até dirigir seu primeiro longa-metragem, Paulina s'en va (1972), dirigiria ainda o documentário em curta-metragem Les oiseaux anglais (1965) e o curta ficcional Le Banquet (1968).

Influenciado por artistas de diferentes campos como Roland Barthes, Bertolt Brecht, Ingmar Bergman e William Faulkner, sua filmografia chama a atenção por explorar as relações humanas. Premiado em diversos festivais internacionais, em 1999 foi membro do júri do Festival de Cannes. Ao longo de sua carreira, trabalhou com grandes nomes do cinema francês, a exemplo da atriz Catherine Deneuve, a quem ele dirigiu em filmes como Os Ladrões (1996) e O Homem que Elas Amavam Demais (2014).