Billy Wilder

Biografia

Billy Wilder havia estudado para se tornar advogado, mas largou tudo para ser repórter de um jornal de Viena e depois em Berlim. Segundo de dois filhos, desde pequeno era obcecado por tudo que era americano, adoração incentivada pela mãe. Estreou como roteirista em 1929, com Der Teufelsreporter (1929), filme em que também atuou. Wilder seguiu fazendo roteiros para diversas produções alemãs. Quando Hitler tomou o poder, o roteirista foi para Paris e de lá para os EUA. Quando chegou na América do Norte, Billy Wilder aprendeu rapidamente a falar em inglês. Firmou uma parceria com Peter Lorre e juntos lançaram algumas comédias que foram sucesso na época, entre elas Ninotchka (1939) e Bola de Fogo (1941).

Wilder também dirigiu diversos ícones da era dourada de Hollywood, como Marlene Dietrich, Marilyn Monroe e Audrey Hepburn. Casado duas vezes - com Judith Coppicus, com quem teve dois filhos (um casal de gêmeos, sendo que o menino faleceu logo após o nascimento) e de quem se separou após dez anos juntos, em 1946, e com Audrey Young, com quem ficou junto por mais de cinquenta anos, até a morte dela, em 2002 - era bastante devotado à família. Em 1981, após ter ganho sete Oscars, três Globos de Ouro e prêmios nos festivais de Cannes, Veneza e Berlim, decidiu se aposentar, afanando-se dos holofotes. Mesmo longe da ação, seguiu envolvido com alguns projetos. O mais conhecido foi A Lista de Schindler (1993), que ele desejava dirigir, mas acabou apenas tendo uma participação não-creditada no roteiro, ao lado de Steven Spielberg. Outro convite que recebeu foi para uma participação especial, como ator, em Jerry Maguire (1996), feito pelo protagonista Tom Cruise. Ele, no entanto, declinou da oportunidade.

Faz parte do seleto grupo de cineastas a ter recebido a tríade mais cobiçada de Oscars: Filme, Direção e Roteiro. Afirmava que seu filme favorito era O Encouraçado Potemkin (1925), e possui quatro longas na lista dos 100 Melhores Filmes de todos os tempos, de acordo com a American Film Institute: Crepúsculo dos Deuses (1950), em #16, Quanto Mais Quente Melhor (1959), em #22, Pacto de Sangue (1944), em #29, e Se Meu Apartamento Falasse (1960), em #80. Apontado por Ingmar Bergman como seu diretor hollywoodiano favorito, Wilder faleceu no dia 27 de março de 1922, vítima de pneumonia.