Brigitte Bardot

Biografia

Brigitte nasceu em Paris, França, filha de Louis Bardot, um industrial da alta burguesia francesa, e da professora Anne-Marie. Por influência da mãe, aos 14 anos foi aceita no conservatório de dança e música de Paris e cursou as aulas de balé por cinco anos. Com o apoio e incentivo materno, começou a fazer trabalhos de moda aos quinze anos, e em 1950 foi capa da edição de março da revista Elle francesa, trabalho que chamou a atenção do então jovem cineasta Roger Vadim. O diretor mostrou a capa da revista ao cineasta e roteirista Marc Allégret, que a convidou para um teste no filme Les lauriers sont coupés (1951).

BB - como se tornaria conhecida - foi escolhida para o papel, mas o longa acabou não sendo realizado. Mesmo assim, esta oportunidade fez com que começasse a pensar em se tornar atriz. Estreou no cinema na comédia Le trou normand (1952), de Jean Boyer. No mesmo ano, casou-se com Roger Vadim. De 1952 a 1957, atuou em dezessete filmes, entre dramas românticos ou históricos, sendo três em inglês. O mais famoso deles foi Helena de Tróia (1956), destaque do Festival de Cannes daquele ano. Alçou fama em E Deus Criou a Mulher (1956), de Vadim, que a tornou conhecida nos EUA, transformando-a em um fenômeno da noite para o dia, com suas cenas de biquíni nas telas do mundo todo. A obra chegou a ser proibida em alguns países, e foi condenado pela Liga da Decência Católica. A cena em que dança descalça em cima de uma mesa é considerada uma das mais eróticas da história do cinema. Foi elogiada pela crítica por seus papéis em A Verdade (1960), de Henri-Georges Clouzot, drama indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, e Viva Maria! (1965), de Louis Malle, que lhe rendeu uma indicação ao BAFTA de Melhor Atriz. Também se destacou por atuar em produções de diretores conceituados, como O Desprezo (1963), de Jean-Luc Godard.

Além do cinema, Brigitte se envolveu também na moda e na música pop, firmando-se como um ícone fashion. Em 1965, a 20th Century Fox produziu Minha Querida Brigitte, estrelado por James Stewart, no qual ela foi convidada para fazer aparições como si mesma, sendo esta uma das poucas produções de Hollywood em que aparece. Em 1973, pouco antes de completar quarenta anos, anunciou que estava encerrando sua carreira. Após mais de cinquenta filmes, escolheu usar a fama pessoal para defender os direitos animais. Além disso, tornou-se vegetariana e ativista social.