Carlos Manga

Biografia

Começou trabalhando no almoxarifado nos estúdios da Atlântida Cinematográfica, uma grande produtora brasileira de cinema. Rapidamente aprendeu as funções de cargos mais altos e, em dois anos, estava ajudando na direção de um filme. Com A Dupla do Barulho (1953) entrou oficialmente no mercado como diretor, embora se envolvesse em quase todas as etapas de produção de seus longas.

Recebido com ceticismo pela crítica, seu trabalho, por outro lado, fez grande sucesso de público, consagrando-o como um dos maiores nomes da era de ouro das chanchadas. Principalmente através de exemplares icônicos da filmografia nacional, como Matar ou Correr (1954), Nem Sansão Nem Dalila (1955) e O Homem do Sputnik (1959), inspirados sempre nos seus diretores norte-americanos favoritos, John Ford e Billy Wilder. Seu sucesso na produtora foi tamanho e tão duradouro que, um de seus últimos projetos para o cinema, foi o documentário Assim Era a Atlântida (1975), sobre os primeiros filmes musicais do estúdio.

No final da década de 1970, então, é chamado para dirigir o programa de Chico Anysio e começa uma nova fase de sua carreira na televisão, plataforma que iria lhe possibilitar ser responsável por novelas como Anjo Mau (1997) e Torre de Babel (1998), além de minisséries como Memorial de Maria Moura (1994) e Engraçadinha (1995), sem mencionar diversos outros programas e shows. Deixando três filhos, dois dos quais envolvidos com produção audiovisual no Brasil, Manga faleceu no dia 17 de setembro de 2015 em sua casa, no Rio de Janeiro, de causas que a família preferiu não revelar.