Joan Crawford
- Lucille Fay LeSueur
- 23 de março, 1905
- Texas, EUA
- 10 de maio, 1977
- Nova York, EUA
- Norte-americana
- mãe da escritora Christina Crawford, da atriz Cathy Crawford e do ator Christopher Crawford
- Atriz
Biografia
Nascida em condições difíceis no interior do Texas, a jovem Joan Crawford (então Lucille Fay LeSueur) sempre sonhou em entrar para o mundo dos shows, e tinha em mente que deveria explorar o seu ponto forte para isso: a dança. Inscrevendo-se para inúmeros concursos, acabou, enfim, chegando a Hollywood com alguns troféus no currículo, que lhe valeram pequenas participações em filmes que, na época, ainda eram silenciosos.
Conquistando o estrelato na marra, logo se tornou um rosto conhecido pelo número de trabalhos que fazia, e quando estava prestes a se estabelecer, a indústria sofreu uma reviravolta com a chegada do som. A princípio um fenômeno aplaudido pelo público, o cinema sonoro também fez acabar com a carreira de diversos artistas que não tinham as vozes que os espectadores esperavam que tivessem. Não foi o caso de Crawford. Mesmo assim, ela teve que galgar sua fama novamente, fazendo agora com que sua voz também fosse conhecida, além do rosto. Mas aí outro empecilho atravessaria o seu caminho. A MGM (Metro-Goldwyn-Mayer), estúdio com quem tinha contrato, estava apostando cada vez mais nos rostos de jovens atrizes, que chamavam mais a atenção do público. Irritada, Joan largou a empresa e mudou para a principal concorrente, a Warner Bros., onde firmou um contrato durável e para quem passou a trabalhar sob as condições de sempre ter visibilidade nos filmes.
Foi na nova casa que ela conseguiu seu primeiro e único Oscar, por Alma em Suplício (1945). Depois disso, seguiu-se uma sequência de projetos escolhidos a dedo que mantiveram o nível de sua carreira. Apesar do seu esforço, no entanto, voltou a cair no esquecimento no final de década de 1950. Outra vez inconformada com o abandono do público, aceitou participar de O Que Aconteceu com Baby Jane? (1962), ao lado de sua rival Bette Davis, com quem tinha um conflito alimentado pela imprensa.
O filme foi um sucesso e alavancou outra vez as carreiras de ambas as estrelas, e em geral, Crawford manteve a sua em alta até que, em meados da década de 1970, entregou-se ao álcool e sumiu das notícias, até morrer de câncer em 1977, deixando uma filha adotiva, Christina Crawford, quatro maridos de quem se divorciou e a fama de ser impetuosa e de ter uma personalidade forte.