Escrevo ocasionalmente aqui, nesse espaço reservado a Sétima Arte. Ocasionalmente por que? E por que escrevo sobre cinema?

Primeiro, porque sou apaixonada por filmes desde que em Canela existia o Cine Marabá. Que filmes via na infância e com que frequência ia ao cinema, confesso que não lembro, mas consigo puxar da memória nitidamente as tardes de domingo que sonhava estar lá. Segundo, porque somente ocasionalmente consigo ir à capital para ir ao cinema, já que aqui na Serra temos possibilidade desta maravilha apenas nos finais de semana.

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Então, o jeito é estar antenada nas revistas, jornais e demais fontes de informação sobre as produções, a lista dos longas concorrendo ao Oscar e também ao Top 10 das videolocadoras. Sim, ainda sou desse tempo. Volta e meia faço uma sacola de filmes e fico em casa, com direito a edredom, pipocas e janelas abertas para ver a neblina baixar. Assisto essencialmente a filmes que gosto, ponto final.

Não sou crítica de cinema, longe disso. Então procuro saber o que anda rolando e se gosto, assisto. Muitas vezes crio uma expectativa superestimada, por conta do que li a respeito, do elenco com astros de Hollywood ou porque trata-se de algum filme adaptado de um livro que já li.

Chegamos ao ponto que queria. Faço muito isso: ler e depois assistir ao filme. Tento fazer sempre nessa ordem: primeiro ler e depois ir ao cinema. Mas às vezes não dá. Primeiro, fujo ao cinema quando o filme me chama atenção, antes que eu possa abrir as páginas do livro. Foi assim com As Aventuras de Pi (2012).

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Escritor Daniel Galera autografando Barba Ensopada de Sangue

Mas nunca havia pensando em como um bom livro poderia ser um excelente roteiro de cinema. Leio talvez mais do que assista a filmes. Nunca, até ler Barba Ensopada de Sangue, de Daniel Galera, havia pensado “esse livro daria um bom filme”. Barba Ensopada de Sangue me fez ir atrás de Mãos de Cavalo, do mesmo autor. Me identifiquei de cara com esse livro. Ganhei de presente de Thais Furtado e Sérgio Trein, em plena Praia do Francês, em Maceió. Nos conhecemos tomando água de coco ou um drink na beira da piscina. Conversamos sobre cinema gaúcho ela, irmã do talentosíssimo Jorge Furtado – sobre propaganda – ele, coordenador do curso de publicidade e Propaganda da Unisinos e também sobre livros.

Eu estava lendo, mas não lembro qual livro. Thais tinha em mãos Barba Ensopada de Sangue. Comentei que havia gostado e que estava à cata de Mãos de Cavalo. No dia seguinte, recebo o livro e presente, com dedicatória e tudo.

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Armando Babaioff, Mariana Ximenes e Daniel Galera no lançamento de Mãos de Cavalo

Bom demais o presente. Mas bom demais, mesmo, foi saber que a atriz Mariana Ximenes está dividida entre o Rio de Janeiro e Porto Alegre para filmar adivinha o que? Sim, o cineasta Roberto Gervitz vai dirigir adaptação de Mãos de Cavalo, do escritor Daniel Galera. O filme está por vir, o livro devorei em dois dias e a expectativa? É grande, mas dessa vez tenho certeza que está à altura do excelente escritor.

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é Relações Públicas formada pela Universidade Do Vale do Rio dos Sinos. Tem 43 anos e é mãe de Clara, uma menina ruiva, hoje com dez anos. Descobriu a paixão pelas palavras quase sem querer: foi um convite do editor de um jornal que a fez escrever seu primeiro texto. Surpreendida pelo retorno de amigos e leitores elogiando a forma leve e descontraída da escritora, decidiu investir nessa história! É autora do livro Metade de Mim, lançado pela Editora Buqui em 2013.
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