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Essa não é a primeira vez que tenho a oportunidade de bater um papo com Breno Silveira. Aliás, há um bom tempo sou admirador do trabalho do cineasta responsável por filmes como 2 Filhos de Francisco (2005) e Gonzaga: De Pai pra Filho (2012) – apenas para ficarmos nos seus títulos mais populares. A primeira vez que o entrevistei foi justamente em 2012, por ocasião do lançamento da cinebiografia de Luiz Gonzaga. Nossos caminhos se cruzaram em outras ocasiões, em lançamentos e pré-estreias, sempre num misto – da minha parte, é claro – de admiração pelo que ele havia feito e curiosidade a respeito do que iria entregar a seguir. Breno está na ativa desde a chamada retomada – foi diretor de fotografia de Carlota Joaquina: Princesa do Brazil (1995) – ganhou um Prêmio Guarani – pela foto de Eu Tu Eles (2000) – e dirigiu algumas das maiores bilheterias do cinema nacional. Qual não foi minha surpresa, portanto, ao descobrir que havia se voltado para a televisão. E com a mesma excelência de quase tudo que havia feito antes: é responsável pela série 1 Contra Todos (2016-2020), que chegou nesse ano a sua quarta temporada, somando quatro indicações ao Emmy, uma ao Prêmio Platino e um troféu da Associação Paulista de Críticos de Arte. E foi sobre essa nova leva de episódios que o cineasta conversou com exclusividade com o Papo de Cinema. Confira!

 

Breno, sua paixão pelo cinema vem de longe, não é mesmo?
Uma questão que sempre foi muito importante pra mim era essa necessidade que a gente se veja, que o brasileiro pudesse se ver na tela. Quando fiz 2 Filhos de Francisco, tinha muita vontade de fazer um filme que o Brasil se visse de verdade, sem intermediários. Meu primeiro filme foi o Carlota Joaquina: Princesa do Brazil, como fotógrafo. Só que, apesar do sucesso que teve, era ainda o recomeço, muita gente tinha uma ideia errada sobre o que estávamos fazendo. Pra falar a verdade, tinha vergonha de dizer que trabalhava com cinema, pois meus amigos me atacavam. Era só isso que a gente escutava, que cinema brasileiro era ruim, sem qualidade, que não prestava. Não existia um cinema de qualidade no Brasil, ao menos não até aquele momento, naqueles anos do final dos anos 1980 e início dos 1990. Foi um período muito difícil. Mas, quando Carlota Joaquina deu certo, o Brasil inteiro começou a se dar conta que seria possível se ver na tela. E, mais do que isso, que era um absurdo ninguém ver o que estava sendo feito. Era um trabalho de reconquista de público que estávamos começando a fazer.

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Em que momento se deu essa decisão de deixar o cinema de lado e focar em uma obra para a televisão?
Esse movimento todo que presenciei lá no recomeço da produção nacional dizia respeito a uma questão da gente não estar só consumindo cinema que vem de fora. É a coisa mais triste não conhecermos as nossas histórias. Quando percebemos que o streaming começou a mudar esses paradigmas, me dei conta que queria fazer parte desse movimento. De alguma forma, se fosse para fazer 1 Contra Todos, seria em um formato que conseguisse ter audiência. Não quero ficar escravo do estrangeiro. Mas, ao mesmo tempo, é preciso ter qualidade. Temos histórias maravilhosas no Brasil, e depois de 2 Filhos de Francisco, quase só chegavam até mim relatos reais. As pessoas me diziam: “a minha vida dava um filme”. Com o Gonzaga foi a mesma coisa.

 

Mas, nesse meio tempo, você fez À Beira do Caminho (2012), que é inspirado em canções de Roberto Carlos
É que tinha muito de mim ali. Escutei Roberto Carlos até não poder mais pra sair do final de uma relação que foi bem complicada. Eu estava mergulhado naquele universo de memórias e lamentações. Mas foi importante ter passado por tudo aquilo, porque além de ter rendido um filme do qual me orgulho muito, foi também naquela época que um amigo chegou até mim e disse que tinha uma pessoa com uma história pra me contar, com a única condição que pedia para ficar no anonimato. E quando me encontrei com ele e ouvi o que tinha a dizer, quase não acreditei. Era um Breaking Bad (2008-2013) tupiniquim. E de verdade! Não que tivesse armado, tudo aquilo aconteceu de verdade.

 

Então podemos dizer que 1 Contra Todos, assim como os teus filmes de maior sucesso, também é inspirado em um episódio real?
Sim, ao menos a primeira temporada. Até hoje essa pessoa deseja permanecer incógnita, mas aconteceu com ele aquilo, de esconderem maconha na obra da casa dele. Acabou sendo preso, quase enlouqueceu, e teve que se tornar traficante. E era um cara legal, não era daquilo que estava sendo divulgado. Tanto é que 1 Contra Todos era para ter sido um filme, inclusive chegamos a aprontar um roteiro, escrito por mim e pelo Thomas Stavros. Porém, quando começamos a entender que aquela história era um processo real, com um grande arco de transformação, percebemos que apenas duas horas seria pouco tempo para esmiuçar todos esses detalhes. O Cadu, pra mim, é um personagem muito bonito, nosso Macunaíma, nosso herói torto. Tenta acertar, mas acaba errando o tempo inteiro. Tem falha de caráter, mas nem por isso deixa de ser interessante. Quer acertar, mas é brasileiro, e tudo vai se entortando ap seu redor.

 

Em que momento 1 Contra Todos deixou de ser filme e virou série?
Foi até engraçado, vou te contar. Estávamos tomando um café com o pessoal da Fox e falando do projeto, quando nos disseram: “olha só, não queremos um filme, o que nos interessa é uma série”. Aquilo foi um choque, pois nunca havia feito algo parecido, mas entendi que eles poderiam estar com a razão. Só que em séries e programas para a televisão, o buraco é mais embaixo. Por outro lado, é uma coisa maravilhosa, pois você pode se aprofundar no personagem principal, tem como ir em vários lugares que o cinema não permite, pois são apenas duas horas. Assim, aos poucos fomos entendendo que nos seria permitido colocar os personagens em situações diversas, ampliando seu alcance. E tudo isso com mais tempo do que teríamos no cinema. Isso me encantou muito.

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Breno Silveira (atrás, ao lado de Julio Andrade) e equipe de 1 Contra Todos

Você mencionou que a história real estava na primeira temporada. Como assim?
Trabalho muito com biografias, e sempre foi um inferno, em duas horas, encaixar a vida de uma pessoa. E com série você consegue fazer isso, pois há mais tempo. Isso era, no entanto, o que tínhamos em mente quando pensamos na temporada de estreia. Só tínhamos história para um ano. A trajetória do Cadu real acaba na primeira temporada. Só que depois que o programa foi ao ar, a Fox veio nos dizer que havia sido um baita sucesso, um recorde para tv paga. E pediram uma nova temporada, claro. Para onde a gente iria? Com um personagem tão bom, deu vontade de colocá-lo na política. Através da nossa crônica policial e política, dá pra encaixar o Cadu em qualquer parte. Tá nos jornais, e pode também estar na ficção. Entendemos que o Brasil virou rota para o mercado internacional de cocaína. E foi por aí que decidimos seguir.

 

O quanto o Cadu se transformou nestes quatro anos?
O que me deixou muito feliz, em quatro temporadas do 1 Contra Todos, foi que tivemos o tempo ideal para eu conhecer o Cadu, e o público também. Todas as coisas possíveis de serem trabalhadas, as questões morais, a passagem pela cadeia, depois em Brasília, e sua atuação como traficante internacional. E agora, colhendo os frutos que tudo que plantou. No final, você tem a certeza que ele é uma outra pessoa. Um cara com caráter desvirtuado. Corrompeu e foi corrompido. É a volta completa do personagem. No final, ele está vendo que não é um homem bom, como pregava no começo.

 

Como o Cadu se conecta com outros personagens que você trabalhou antes?
Sempre parto do princípio que o Cadu, o seu Francisco, o João (personagem de João Miguel em À Beira do Caminho), o Gonzaga… são figuras boas, comuns, do povo, mas que a vida acaba dando um nó neles. Ou para o sucesso, ou para a tragédia. Sempre tento me colocar no lugar do personagem, num exercício de imaginação como qualquer outra pessoa, tentando ver como aquilo poderia ter acontecido não só com ele, mas comigo também, com você ou sei lá quem. O legal do Cadu é que conseguimos nos projetar facilmente nele. É parte desse DNA maluco, de que o tal jeitinho pode consertar as coisas. Mas já vieram falar comigo, para você ter uma ideia, interessados em uma refilmagem da série no México. E o que mais havia despertado a atenção deles é que, segundo eles, o Cadu age exatamente como eles. Ou seja, ele é mexicano, é brasileiro, é de qualquer lugar. Nós somos todos muito parecidos.

 

Você já havia trabalhado com o Julio Andrade, protagonista de 1 Contra Todos, no filme Gonzaga: De Pai Pra Filho. Ele era a sua primeira opção para viver o Cadu?
Total. Pensei nele direto. Já tínhamos feito um trabalho maravilhoso juntos. O Julinho é um monstro, e quando mergulha no personagem, o trabalho de ator dele é fantástico. Esse Cadu que conhecemos foi criado por mim, por outros dois roteiristas, e também pelo Julinho. Ele o conhece, agora, melhor do que nós mesmos. Quando o ator já viveu tantas camadas do personagem, aquela figura já faz parte dele. Ao começar a se preparar para uma nova temporada, tudo o que precisa fazer é acessar suas memórias pessoais. Com o Cadu, ele tem que acessar as lembranças das temporadas anteriores. Entende a nuance de cada gesto, e isso nem quem escreve sabe melhor do que o ator. O trabalho dele é magnífico. Mergulhou tanto que a gente brincava que várias sequências acabavam tendo um tom cômico. Tanto foi que me falou que se sentia o Didi Mocó em algumas passagens. E virou o bordão.

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Julio Andrade, Breno Silveira e Julia Ianina

Uma das passagens mais impressionantes, ao menos da primeira temporada, é quando o Cadu encontra, na prisão, o verdadeiro Rei do Tráfico, vivido pelo Roberto Birindelli.
E essa sequência é baseada em um fato, aquilo aconteceu mesmo, quando entrou o verdadeiro dono da droga na mesma prisão onde ele se encontrava! Pra quem está assistindo, você não sabe se ri ou se chora. A coisa toda é feita em muitas mãos. Eu chorava de rir. Tinha horas que a interpretação do Julinho me deixava maluco e eu começava a rir, tinha que sair de perto para não estragar o plano (risos).

 

Lá na primeira temporada, o Cadu é um cara ciente do seu papel de cidadão, preocupado em ser uma pessoa correta. Que homem é esse em que ele se transformou até chegar nessa quarta temporada?
Nessa quarta temporada, ele não tem mais nada a ver com o Cadu lá da primeira. É, ao mesmo tempo, bonito e triste. Todos os ideais dele foram corrompidos. Foi seduzido pelo poder, pelo dinheiro. Foi injusto com todos os amores que teve. Foi um mau pai. É o oposto daquele que ele era quando começou. É a curva perfeita do herói. A última frase, sem querer dar spoiler, será: “eu não sou um cara bom. Não sou um cara honesto”. É exatamente inversa a da primeira. É o oposto. Um ciclo que se fecha.

 

A Malu, esposa do Cadu e interpretada pela Julia Ianina, no desenrolar dessas três temporadas, foi se afastando cada vez mais do marido. Desde o início vocês pensavam em criar uma linha narrativa própria para ela?
Com a Malu, começamos a descobrir, e não só por causa do excelente trabalho da Julia, mas também pela força da personagem, que poderíamos trabalhar em dois núcleos. Foi quando passamos a escrever para ela. O único spin off possível de 1 Contra Todos seria uma outra série acompanhando a Malu. Ela acaba como dona de um bordel em Brasília, isso seria algo inimaginável para aquela mulher de três, quatro anos atrás. Ela é muito forte, interessante, representa todo esteio moral dele. É quem consegue segurar a família, ama ele demais, mas em certo momento diz “esse preço não quero pagar”. Só que o Cadu paga e se arrepende.

 

Entre a terceira e a quarta temporada, foram dois anos de espera, mais do que os intervalos entre as anteriores. O que motivou essa demora?
Essa demora, na verdade, foi apenas reflexo do nosso modo de trabalho. É muito engraçado, pois a cada temporada, achávamos que teria acabado por ali. Mas daí a série era indicada ao Emmy, e no ano seguinte de novo, e de novo… então tinha que continuar, né? Quando encerramos a terceira leva, também achávamos que iria acabar, mas a Fox disse que precisava de mais uma para fechar todas as portas que haviam sido abertas. Pediram uma quarta. E não estávamos preparados para isso. Somos apenas três pessoas, que ficaram sentadas o dia inteiro, escrevendo até conseguir extrair alguma coisa. Foi um processo muito ímpar. E com bastante liberdade, não nos colocaram prazo, nem estipularam qual caminho seguir. Apenas pediram por mais um ano.

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Breno Silveira no set de 1 Contra Todos

Como não estavam preparados, como foi imaginar para onde esses personagens iriam dali em diante?
Essa não previsão nos deu vontade de escrever para um outro cenário. Em cada temporada, o que o Cadu vive é sempre muito diferente, inclusive visualmente. Na primeira está na cadeia, na segunda vai para Brasília… e se ele achava que conhecia bandido por ter estado preso, será na capital do país que verá como as coisas funcionam de verdade! Na terceira, vira traficante! É quando decide matar o Pepe, mas se apaixona pela filha dele. A vida tem sempre dois lados. O bem e o mal convivem como duas facetas de um mesmo personagem. Essa coisa do herói certinho, do mal contra o bem, isso só existe em história em quadrinhos. Os heróis de hoje em dia são multifacetados. Em cada temporada, colocávamos tudo em cheque. Ao mesmo tempo, nessa vez, foi duro saber que estávamos terminando uma história. Não tenho saudade do Julinho, tenho do Cadu. Nos acostumamos com ele. Deu uma dor deixar ele ir embora.

 

Qual é a ideia básica dessa quarta temporada?
Quando percebemos que seria a última temporada, o único fechamento para isso seria negar tudo que ele era no princípio. Assistimos novamente a primeira para entender quem ele era no começo, e o quanto teria que pagar. Tudo que você fez na vida, volta em ondas. A quarta temporada é um pouco isso. Ele começa a sentir na pele o filho que exige uma proximidade que ele não deu, a ex-mulher que cobra o amor rompido, a nova que reclama por ele não ter sido um cara legal. Os políticos, os traficantes… tudo volta pra cabeça dele. É uma jornada mais emocional, como foi a primeira. A segunda e a terceira são interessantes, claro, mas eram mais centradas na ação, enquanto que essas duas, o começo e o fim, são mais internas, estão fortes na cabeça do protagonista.

 

1 Contra Todos é uma das séries brasileiras de maior sucesso do momento, tanto no Brasil, como no exterior. Vocês apostavam nessa repercussão?
Nunca! Isso foi um susto do cacete. Foi completamente imprevisível. Só comecei a me tocar que estava fazendo sucesso, não através da Fox, mas pelas redes sociais. Olha o tamanho que as mídias sociais têm nesse contexto! Quando nos demos conta, havia uma quantidade impressionante de gente falando sobre o 1 Contra Todos, que não acreditei que fosse possível. Depois, quando chegou a audiência da Fox, levei um susto. No final da primeira temporada, estávamos perdendo só pra The Walking Dead (2010-). Batemos quase todas. Nas últimas, batia até This Is Us (2016-), por exemplo! Como que a gente conseguiu isso? Não faço a menor ideia. Quando comecei a série, pensei muito em que público esse programa poderia atingir. Não é à toa que 2 Filhos de Francisco, o Gonzaga: De Pai pra Filho foram todos tão bem de bilheteria. São histórias brasileiras, e bem contadas, feitas com qualidade, com emoção… é a minha palavra-chave. É sinônimo de audiência.

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Julio Andrade, como Cadu, em cena de 1 Contra Todos

No que o 1 Contra Todos se diferencia dos teus trabalhos anteriores?
A minha preocupação sempre é não cair para o piegas, mas, ainda assim, conseguir tocar para as pessoas. Penso que essa é a virtude do meu trabalho. Agora, entender que havia conseguido, foi muito louco. O roteiro do 1 Contra Todos sempre foi muito emocional, mas falando de ação. Não tinha trabalhado com essa dinâmica ainda. A tônica do meu trabalho sempre foi a relação pai e filho. Não tinha feito nada parecido , portanto. O 1 Contra Todos iria para outro lado, e não tinha certeza se seria algo que me agradaria. Nunca vi um filme de ação que me deixou empolgado, pra você ter uma ideia. Se assisti a um Homem-Aranha, ou um Batman, foi muito. Mas descobri que o drama e ação podem se complementar. Sequências de suspense podem também dialogar com outras mais cômicas, e isso é muito legal.

 

O primeiro episódio deste ano já começa com notícias trágicas, inclusive com a despedida de um importante personagem.
Não faria nada com o Cadu. Pois com ele, como comentei antes, temos o arco completo, e não teria para onde ir além disso. A história dele fechou o círculo inteiro. Já fizemos tudo que foi possível com ele, reviramos de cima pra baixo, de trás pra frente, o colocamos em todas as situações. É o momento de dar adeus.

 

Esta será a última, ou teremos mais 1 Contra Todos no futuro?
Se tiver, como falei, seria com a Malu. Mas é só uma ideia que apareceu numa das reuniões com a Fox, não há nada certo nem combinado nesse sentido. Tem que esperar a poeira assentar primeiro. O Cadu até poderia aparecer, mas seria somente uma cereja do bolo.

 

Podemos esperar por novas séries de Breno Silveira?
Com certeza. Adorei fazer essa série. Queria poder viver só de cinema, no entanto. Tenho saudades dele. Mas aprendi com a série que ela permite usar a mesma linguagem, ainda mais que tenho essa tara de dirigir quase tudo sozinho (risos). Tenho muito tesão no set. Adoro estar naquele lugar. O que me deixou feliz foi ter liberdade, tempo, um público ansioso por um produto de streaming que fosse 100% brasileiro. Existia esse espaço e demanda. E com financiamento, com recursos disponíveis, algo que no cinema é muito difícil. É uma loucura levantar um projeto do zero, é muito complicado. E na série esse orçamento já existe, há um mercado próprio, o dinheiro existe para isso. Senti liberdade e condições de trabalho. Ao mesmo tempo, séries, como são hoje em dia, precisam da linguagem do cinema. Foram mais de 110 locações, só na última temporada do 1 Contra Todos. Assim, conseguimos contar a história com a mesma linguagem do cinema, ou misturando com o cinema, só que na televisão.

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Você já está com algum próximo projeto engatilhado?
Sim, será uma série também, e se chamará Dom. É baseada na história do Pedro Dom, um assaltante de classe média alta que limpou a zona sul do Rio de Janeiro no início dos anos 1990. Será a primeira grande série brasileira da Amazon Prime. To com vontade de fazer cinema, de contar novas histórias de amor, e uma das ideias é a biografia do Roberto Carlos. Essa já está bem encaminhada, o roteiro será da Patrícia Andrade, com quem trabalhei em todos os meus filmes anteriores. Converso com o Roberto quase semanalmente, ele está por dentro de tudo, e tem se demonstrado bem satisfeito até agora. Estamos nas vésperas de fechar o roteiro, e acredito que começaremos a filmar ainda esse ano.

(Entrevista feita por telefone em março de 2020)

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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