Antonio Bandeira: O Poeta das Cores (2024) chegou aos cinemas nesta quinta-feira, 10, contando a história de um artista plástico cearense essencial às artes plásticas no Brasil do século 20. O idealizador desse filme é seu sobrinho Francisco Bandeira que, além de ser fisicamente semelhante ao tio, herdou dele o gosto pelas pinceladas. Depois de ter lutado por anos para a realização desse documentário, Francisco também se tornou personagem ao perambular pelos cenários parisienses nos quais o tio marcou presença há décadas.
Conversamos remotamente com Francisco para saber um pouco mais a respeito dessa vontade de transformar a trajetória do tio em filme. O resultado deste Papo de Cinema você confere logo abaixo em texto e vídeo.
“Minha trajetória tem uma questão espiritual. Meu pai recortava jornais com matérias sobre o Bandeira. Cresci vendo esse material. Se o Bandeira fosse vivo ele estaria fazendo infogravura, trabalhando no computador, pois estamos falando de um artista vanguardista (…) sou um pesquisador da obra do meu tio, adoro essa herança. Tenho um farto material, inclusive uma carta de Jorge Amado para ele”.
“Gravei em estúdio as vozes para o filme. Nunca tive essa experiência de ser ator de cinema. Mas no filme tem isso, o sobrinho à procura da memória do tio. Nas minhas conversas com o Joe (o diretor), falávamos que quase não tínhamos imagens do Bandeira. Felizmente acharmos um trecho de um filme dos anos 1960, filmado na praia do Mucuripe, no Ceará, que era protagonizado pelo Bandeira. O filme estava em estado muito bom e suas cenas foram aproveitadas para intercalar com as minhas perambulações por Paris”.
“Bandeira era uma figura humana sensacional, adorava a família, era um boêmio e foi um grande artista”.
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