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Ele ganhou o Brasil com sua história de superação. Nascido na Síria, Kaysar Dadour teve de sair de sua terra natal em função dos conflitos do Oriente Médio. Morou no Leste Europeu, sofreu preconceito e desembarcou por aqui em busca de uma vida melhor no ano de 2014. Por meio da temporada 2018 do popular reality-show Big Brother Brasil, teve a oportunidade de contar sua trajetória para milhões de espectadores. Considerado um dos mais carismáticos integrantes da “casa”, logo foi convidado para participar de programas de auditório, estampar revistas e até estrelar Órfãos da Terra (2019), novela que explorou os problemas políticos de seu país – sua estreia como ator. No final de 2019, outro destaque artístico, desta vez na tela grande, sob o comando do cineasta José Eduardo Belmonte. Em Carcereiros: O Filme (2019), que adapta às telonas a série homônima, por sua vez baseada no livro de Drauzio Varella, Kaysar é o terrorista Abdel Mussa, que chama atenção de apenados e agentes penitenciários pelos crimes e sua inexplicável presença num presídio paulistano. Numa pré-estreia do filme na cidade de Porto Alegre, conversamos com esse novato que vem dando o que falar. Confira abaixo um Papo de Cinema inédito e exclusivo!

 

Você possui dois créditos em grandes produções neste ano. Mas, sempre teve o sonho de ser ator?
Quando eu era criança, tinha o sonho de ser ator, mas depois de tudo o que passei na minha vida isso meio que sumiu, sabe? Parece uma semente que plantei e esqueci de regar ou mesmo de olhar se estava bem. De repente, Deus mandou muita chuva e a semente brotou, deu em árvore. E agora, depois, claro, do Big Brother Brasil e da novela, comecei a estudar para poder fazer o teste do filme. Graças a Deus, e ao meu esforço, consegui. Estou fazendo teatro e tendo aulas de português para entender o idioma brasileiro, que é tão bonito. Quero muito continuar essa carreira.

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Você já entrou no meio cinematográfico trabalhando com nomes conhecidos, como Dan Stulbach, Rodrigo Lombardi, Milton Gonçalves. Como foi estrear ao lado dessas personalidades?
Foi um grande desafio para mim, uma responsabilidade imensa e por isso estava nervoso. Não sabia como fazer. Eles são atores muito importantes e eu sequer tinha pisado num set de cinema. Não sou nada, cara, sou zero (risos), mas tive o apoio deles e um carinho grande. Todos me ajudaram muito. E aí consegui fazer, sabe? Tranquilo, sou grato a eles e ao Zé Belmonte que teve muita paciência durante as cenas que gravei.

Falando nas cenas, você possui uma participação bem peculiar, certo? Como foi saber que seu personagem teria uma importância fora dos padrões que estamos acostumados a ver?
Quando li o roteiro, achei muito legal saber que seria importante e ao mesmo tempo não tanto. Não quero dar spoilers (risos). Mas foi muito interessante estrear no cinema com um papel desses. Meu personagem, o Abdel, realmente chegou para confundir, e as pessoas não vão esquecer. Adorei isso.

 

Enquanto aspirante a ator, que está buscando um lugar de destaque nesse meio, quais são suas inspirações? O que você gosta de assistir ou assistia antes?
Em matéria de cinema, sou apreciador geral. Gosto de tudo. Só não gosto muito de filmes de terror, tenho medo. Sempre assisti à filmes norte-americanos e adoro os grandes astros do cinema de ação. Até brincaram comigo que possuo as características necessárias para me tornar um Vin Diesel do cinema brasileiro. Tomara! (risos). Mas vamos com calma, não é mesmo? Sou muito trabalhador. Vou estudar mais pra conseguir mostrar meus objetivos como artista. Todo dia aprendo com as equipes e não tenho vergonha de perguntar.

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Após esses dois últimos projetos, o que você pode adiantar para o público? O que vem por aí?
Já tenho projetos em TV e cinema marcados. Mas fica difícil adiantar. Por isso estou me preparando, indo à fonoaudióloga para me expressar melhor, trabalhando bastante a fim de chegar perto desses caras que trabalhei no filme. Mas vamos esperar? Pode ser? (risos) Vai valer a pena, eu garanto.

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Fanático por cinema e futebol, é formado em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Feevale. Atua como editor e crítico do Papo de Cinema. Já colaborou com rádios, TVs e revistas como colunista/comentarista de assuntos relacionados à sétima arte e integrou diversos júris em festivais de cinema. Também é membro da ACCIRS: Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul e idealizador do Podcast Papo de Cinema. CONTATO: [email protected]
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