Qual o seu filme favorito?
Puxa, difícil falar em favorito. Mas adoro o Medéia (1988), do Lars von Trier. Ele consegue, com esse trabalho, uma coisa que pra mim é fundamental: criar uma atmosfera incrível, exatamente a que a Medéia tem que ter! Nunca tinha visto uma Medéia com uma atmosfera tão ‘medéica’ quanto a que se pode ver neste longa. E isso, a atmosfera certa, é algo muito difícil de se conseguir. Além do mais o filme é lindo, as interpretações são incríveis… mas, mais do que isso, só o fato do diretor conseguir sustentar uma atmosfera tão trágica, e desta história especificamente, que acho dificílima. Ele faz isso muitíssimo bem.
Qual filme recente você recomendaria?
Deixa eu ver… ah, O Grande Hotel Budapeste (2014)! Adorei esse filme, e ele tem muito a ver com o meu próximo longa que quero fazer como realizador, uma ficção. Neste projeto pessoal, minha grande dúvida está no narrador, que diz coisas muito interessantes no livro – se trata de uma adaptação literária – e muitas vezes me perguntei “como é que um narrador, na ficção cinematográfica, funciona?”. E no Grande Hotel Budapeste tem um narrador dizendo coisas incríveis, então isso me aliviou até no meu próprio processo criativo ao perceber que é possível fazer um filme nessa linha. Achei fantástico!
Se a sua vida fosse um filme, qual seria o título?
(Risos) Cacofonia!