Fábio Mendonça – ou Fabinho, como é conhecido no meio profissional – tem ampla bagagem em publicidade e em animação, além de dois curtas no currículo. Atuando como diretor de filmes publicitários desde 2000, já realizou mais de 150 comerciais. O cinema veio depois, motivado por um profundo interesse por pessoas comuns e suas pequenas histórias. A decisão de virar diretor vem da época em que trabalhou com César Charlone, que mostrou para ele que a atividade de fazer filmes poderia ser simples e muito prazerosa. Seu primeiro curta foi Curupira (2005), premiado como Melhor Curta de Ficção no Festival do Rio, pelo júri oficial, e Melhor Curta no Vitória Cine Vídeo, pelo júri popular. Na sequência seguiu trabalhando com vídeo, cinema e televisão, até estrear em longas com a comédia A Noite da Virada (2014), que teve mais de 300 mil espectadores. E enquanto prepara seu próximo projeto – cujo título provisório é Até o Fim do Mundo – o cineasta revelou com exclusividade seus filmes favoritos. Confira!
Qual seu filme favorito?
Vixe… cineasta? Eu diria Paul Thomas Anderson. Ele consegue fazer muitos filmes de estilos e gêneros diferentes, sempre surpreendentes, desde comédia romântica até dramas pesadíssimos, e sempre com um vigor admirável. Se fosse citar apenas um trabalho dele, por incrível eu diria Embriagado de Amor (2002), que pode até ser um dos mais comerciais dele, mas é um em que a mão do diretor aparece muito. Se não fosse por ele poderia ter sido bem bobinho, e é justamente o contrário, com uma humanidade impressionante.
Qual filme recente você recomendaria?
O argentino Relatos Selvagens (2014), porque combina as coisas que acho mais incrível de explorar no cinema, e ambas com bastante propriedade, que é o drama e a comédia, tudo com muito sarcasmo e humor negro. O filme tem muita profundidade, e tudo contado de uma maneira atraente.
Se a sua vida fosse um filme, qual seria o título?
Deixa pensar um minutinho… essa foi boa… deixa ver… O Marinheiro Cineasta! Valeu?
As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo. é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.