Nascido em Recife, o diretor e roteirista Hilton Lacerda é um dos principais nomes do atual cinema brasileiro. Responsável pelos textos de títulos marcantes como Baile Perfumado (1997), Amarelo Manga (2002), A Festa da Menina Morta (2008) e Febre do Rato (2011), ele também tem se aventurado como sucesso como realizador. Após estrear ao lado de Lírio Ferreira como cineasta, codirigindo o documentário Cartola: Música Para os Olhos (2007), foi o responsável por um dos longas de ficção mais comentados de 2013: Tatuagem, premiado nos festivais de Gramado e do Rio de Janeiro. E foi com ele que conversamos nessa semana, aproveitando para saber quais são suas referências quando o assunto é a sétima arte. Confira!
Qual o seu filme favorito e por quê?
Vamos falar de cinema brasileiro. Há vários que tenho acompanhado, mas acho que neste momento é A Lira do Delírio (1978). É um filme muito referente para mim. O assisti muito antes de fazer o Tatuagem. É um filme que adoraria que muita gente assistisse.
Na questão histórica do nosso cinema, tem algum filme ou personagem que traga essa cara da homoafetividade que você lembre com destaque maior?
Eu não poderia falar porque acho que há várias épocas que possibilitam elaborar esse tipo de discussão. Em Toda Nudez Será Castigada (1973), o personagem do filho que foge com o ladrão boliviano é muito emblemático no cinema brasileiro. Até hoje se houve na rua: “Herculano, seu filho fugiu com o ladrão boliviano”. Acho que Madame Satã (2002) é um personagem muito marcante, dentro da reconstrução da sexualidade, e do homossexual como protagonista de sua própria história. Acho isso bem fundamental.
E se sua vida fosse um filme, qual seria o título?
Quanto mais quente melhor! (risos)
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