jesuita barbosa papo de cinemaNo Festival de Cinema de Gramado de 2013, Jesuíta Barbosa era um dos convidados mais discretos do evento. Presente por fazer parte do elenco de Tatuagem (2013), poucos lhe deram atenção – os olhos estavam todos voltados ao protagonista Irandhir Santos (que veio a ganhar o kikito de Melhor Ator) e ao diretor Hilton Lacerda (premiado como Melhor Filme). Mas em menos de seis meses, a vida deste jovem pernambucano mudou completamente, e hoje ele já é considerado uma das grandes revelações do cinema e da televisão brasileira. Além de ter ganho o Troféu Redentor, no Festival de Rio, pelo mesmo Tatuagem, ele apareceu no sucesso de bilheteria Serra Pelada (2013), de Heitor Dhalia, e na minissérie global Amores Roubados, campeã de audiência na faixa horária em que foi exibida. E muito em breve teremos mais Jesuíta Barbosa: em 2014 ele deverá aparecer em destaque na novela O Rebu, da Rede Globo, num papel que foi de Lima Duarte na versão original do folhetim, e nos filmes Praia do Futuro (que está na competição oficial do Festival de Berlim) e Trash, produção inglesa filmada no Rio de Janeiro com direção de Stephen Daldry, cineasta indicado três vezes ao Oscar, pelos filmes Billy Elliot (2000), As Horas (2002) e O Leitor (2008). Ou seja, em melhores mãos ele não poderia estar. Confira no bate-papo inédito e exclusivo a seguir os favoritos de Jesuíta na tela grande!

 

Qual seu filme favorito, e por que?
O Céu de Suely (2006) é meu xodó. Um filme lindo, emocionante, muito bem filmado pelo Karim Ainouz, um cineasta que admiro muito e que tive essa chance incrível de conhecer melhor quando ele me chamou para fazer o Praia do Futuro. Também amo O Caminho das Nuvens (2003), de Vicente Amorim. Gosto muito do ambiente, da atmosfera onde esses filmes acontecem. O tratamento real das situações: tudo é muito simples e verossímil, e por isso tão valioso.

 

Dos últimos filmes que você viu, qual ou quais recomendaria? 
Amor (2012), de Michael Haneke. Enquanto assistia, simplesmente esqueci que se tratavam de dois atores, embarquei completamente no drama que aquele casal de idosos estavam vivendo. Depois fiquei me perguntando como eles conseguiram fazer algo assim. Tudo o que posso pedir aos céus é que um dia eu consiga ser a metade de tão bom quanto eles.

 

Se a sua vida fosse um filme, qual seria o título?
Não tem como evitar: “Sobre a força e outras tentativas“. E vamos em diante!

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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