Formado em jornalismo, João Jardim teve que ir para Nova York estudar cinema, sua verdadeira paixão. Após trabalhar na publicidade e na televisão, em programas especiais coordenados pelo veterano Carlos Manga, acabou se aproximando da sétima arte primeiro como editor, colaborando com projetos de Walter Salles e Eduardo Escorel, e depois como assistente de direção de profissionais como Murilo Salles e Cacá Diegues. Seu primeiro passo como realizador foi o documentário Janela da Alma (2001), que co-dirigiu ao lado de Walter Carvalho. Seu projeto mais reconhecido até então havia sido Lixo Extraordinário (2010), co-dirigido por Lucy Walker e Karen Harley e que acabou sendo indicado ao Oscar. Atualmente, tem comemorado o sucesso da cinebiografia Getúlio (2014), lançada há pouco nos cinemas e estrelada por Tony Ramos como o ex-presidente Getúlio Vargas. Foi, aliás, durante sua passada por Porto Alegre para divulgar esse novo trabalho que o cineasta conversou com exclusividade com o Papo de Cinema, revelando em primeira mão seus filmes favoritos. Confira!
Qual seu filme favorito?
Rapaz… pensando, nesse momento, acho que seria o Domingo Sangrento (2002), do Paul Greengrass. É um filme muito forte, real até o extremo, e ainda assim emocionante, contundente. A história é pertinente e encontra muitos ecos nos dias de hoje. Poderia afirmar que é uma das obras que usei como referencia na construção do meu trabalho.
Qual o filme que você sonha, mas que ainda não fez?
Acho que é um filme de amor com final feliz. Não sei, mas é algo tão distante da minha realidade que não tenho muita certeza de como seria, principalmente pela questão de não ser algo próximo, com o qual estou habituado a trabalhar. Será que saberia me debruçar sobre esse tipo de história? É um filme de sonho, pois sei que no real é muito duro.
Dos últimos filmes a que você assistiu, qual recomendaria?
Ainda não estreou, mas consegui assistir no Cine PE – de onde saiu premiado como Melhor Documentário – o filme novo do Jorge Furtado, O Mercado de Notícias, e recomendo muito. Por vários motivos, pois, fala sobre uma coisa muito importante que é como funciona a mídia, algo que a maior parte das pessoas desconhece, apesar de nos parecer tão familiar. É realmente brilhante.
Se a sua vida fosse um filme, qual seria o título?
A vida é trabalho! Tipo assim, cara, eu trabalho pra caramba (risos)…
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