Qual seu filme favorito?
Se for pra citar apenas um, diria Carmen de Godard (1983), que marcou muito minha formação. Gosto bastante também de Meu Tio da América (1980), do Alain Resnais, que é mais ou menos da mesma época. Estes dois são tudo o que imagino que gostaria de fazer no cinema, é um estilo que mexe com todos os sentidos, de forma intelectual e sensorial. Cinema é uma experiência única, e como tal deve ser tratado.
E dos seus filmes, tem algum especial na sua opinião?
Não sei, sempre muda a cada ano. Cada filme foi um processo único, então foram emoções diferentes. Acho que Se Nada Mais der Certo (2008) é especial por vários motivos, foi o mais premiado, foi o que serviu de fato como meu cartão de apresentação. Mas Meu Mundo em Perigo (2010) foi incrível, o próprio Alemão (2013) nunca esperei que causaria um impacto como esse. Agora em junho devemos lançar O Gorila (2014), e já estamos no meio das filmagens de outro projeto, é uma adaptação de um conto do Sergio Sant’Anna, sobre um dublador que se envolve com duas mulheres. O elenco é formado com atores que já conheço, então fica tudo mais fácil: tem o Otavio Müller, a Mariana Ximenes, a Alessandra Negrini. Acho que vai ficar divertido.
Dos últimos filmes a que você assistiu, qual recomendaria?
Adorei Capitão Phillips (2013), acho o Paul Greengrass um gênio. O que ele faz com esse filme é impressionante. É maluco perceber como ele está sempre atualizado com as referências às novas narrativas, sabe como lidar com um público acostumado com videogames, ao mesmo tempo em que consegue ser autoral. É muito bom!
Se a sua vida fosse um filme, qual seria o nome?
Não sei… Que tal Se Nada Mais der Certo?