Um dos atores mais premiados do cinema nacional, Luiz Carlos Vasconcelos nasceu no interior da Paraíba, estudou artes cênicas na Dinamarca e começou primeiro no circo, atuando como um dos seus personagens mais famosos, o Palhaço Xuxu. Foi só quando se mudou para o Rio de Janeiro que começou a se tornar conhecido nacionalmente. Após uma participação na novela Duas Vidas (1976), na Rede Globo, seguiu trabalhando com teatro, até aceitar ser o protagonista de um dos filmes mais marcantes do início da retomada do cinema nacional: Baile Perfumado (1997), em que interpretava o cangaceiro Lampião. Depois vieram parcerias com cineastas como Walter Salles e Hector Babenco, entre outros. No ano passado esteve na novela Flor do Caribe e nos filmes O Inventor de Sonhos, de Ricardo Nauenberg, e O Tempo e o Vento, de Jayme Monjardim. E foi durante o lançamento deste último projeto que o ator conversou com exclusividade com o Papo de Cinema e revelou os seus favoritos na tela grande. Confira!
Qual o seu filme favorito e por quê?
Caberia dizer antes que não tenho com o cinema o mesmo envolvimento que a maioria das pessoas tem. Embora tenha ido muito a sessões em cineclubes, eu não era um rato de cinema. Minha praia era o teatro. Sou um homem do teatro. No entanto, vou citar um pelas circunstâncias em que o vi, em um cinema em João Pessoa, que era do Hotel Tambaú, que é maravilhoso. Todo o filme que passava ali era maravilhoso. E desses o meu favorito foi A Filha de Ryan (1970). Ver aquelas construções de atores, que vieram do teatro, os silêncios. Aquela história louca e dolorida. É um filme que me marcou muito. Talvez seja um dos filmes que mais revi, pelo momento em que ele me apareceu.
Entre os recentes, qual foi o último que você viu, qual recomendaria e por quê?
Gostei muito de um que se chama A Busca. Cito-o pela profundidade da história, por ser um filme contemporâneo nas relações familiares. Embora tenha essa coisa da aventura, há a medida justa da profundidade das relações. Me provocou muito interesse.
E se sua vida fosse um filme, como se chamaria?
‘A Procura’. Pois é algo que nunca termina.
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