Mariana Ximenes papo de cinemaMariana Ximenes do Prado Nuzzi – ou apenas Mariana Ximenes, como o Brasil a conhece – é paulistana do dia 26 de abril de 1981. Uma das intérpretes mais atuantes de sua geração, estrou na televisão em 1994, na novela 74.5 – Uma Onda no Ar, e no cinema quatro anos depois, em Caminho dos Sonhos (1998). Desde então já foram mais de 30 trabalhos na telinha e quase duas dezenas na telona, fora algumas incursões de destaque também nos palcos. Ela está com nada menos do que três novos filmes – O Gorila, O Uivo da Gaita e O Rio nos Pertence – prontos e prestes a estrear, ao mesmo tempo em que está envolvida com as filmagens de Mãos de Cavalo, baseado no romance de Daniel Galera. O Papo de Cinema foi conversar com a atriz no set deste mais recente longa, e aproveitou para descobrir quais são os favoritos dela na sétima arte. Confira!

 

Qual o seu filme favorito?
Que pergunta difícil! É muito complicado responder isso, porque acabou me dividindo entre vários favoritos. O cinema é uma arte tão rica… Amo 8 ½ (1963), do Fellini, por exemplo. É um filme que fala sobre o fazer cinematográfico, que é um assunto que me encanta. Mas gosto muito do Tarkovsky, do Buñuel, ao mesmo tempo que sou fã do Tarantino, sabe? O Truffaut é um dos meus ídolos, assim como sempre que posso revejo Acossado (1960), do Godard.

 

Você costuma ir ao cinema? Qual filme recente recomendaria?
Adoro ir ao cinema, é um dos meus programas favoritos. Teve um que vi ao pouco que me surpreendeu, que foi o Ela (2013), com o Joaquin Phoenix. É um filme que fala de um relacionamento contemporâneo, da dificuldade de, hoje em dia, se construir uma relação de verdade com tanta tecnologia, redes sociais, com essa incrível facilidade de comunicação que temos ao nosso dispor e nem sempre sabemos aproveitar. É tanta coisa, tanta distração, que fica complicado você se aprofundar. Pra mim é muito importante essa troca, esse  contato do olho no olho. Sabe, tem gente hoje em dia que só se fala por email, por mensagem no telefone… eu não consigo entender, pra mim não serve. As relações humanas não podem perder o frescor e a magia que têm, e o Ela fala muito sobre isso. E, ao mesmo tempo, acreditei naquele casal, torci por eles. Acredito que todas as formas de amor valem à pena. Por outro lado, adoraria citar um filme brasileiro maravilhoso, O Som ao Redor (2012). Adoro nosso cinema, e esse é essencial!

 

Existe um personagem que você sonha fazer?
Nossa, muitos! Tenho só 33 anos, quero fazer muito cinema ainda, se me permitirem. A primeira vez em que vi E O Vento Levou (1939), me apaixonei pela Scarlett O’Hara (Vivien Leigh). E tem outro filme dela que amo de paixão, o Uma Rua Chamada Pecado (1951). Creio que esse, sim, é o ápice dela. Ela é uma das minhas inspirações. E tem tantos outros personagens… quero ficar velhinha trabalhando e ter a chance de fazer todos eles!

 

Se a sua vida fosse um filme, qual seria o nome?
O nome do filme da minha vida? A coisa mais difícil que tem é dar nome aos filmes, você sabia disso, né? Por que é uma síntese! Como resumir a sua vida em uma palavra só? Acho que seria uma pergunta, algo como… Como sintetizar sua vida em uma palavra só? (risos) Mas deixa eu pensar melhor… adoro, por exemplo, o filme Ascensor para Cadafalso (1958), acho o máximo esse tipo de nome, enigmático. Quando a gente brinca de mímica de filme, esse é um título que ninguém consegue adivinhar. É um ótimo nome, ficaria feliz com ele…

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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