Qual seu filme favorito?
Meu Deus, não posso responder a uma pergunta assim… é muito complicado citar apenas um. Posso dizer que um dos favoritos, no plural, é Tudo Sobre Minha Mãe (1999), do Pedro Almodóvar, porque acho que a humanidade dos personagens desta história – e também de todos os criados por esse cineasta – é o que faz a trama ir muito longe, envolvendo os espectadores. Tudo é muito vívido e autêntico, são situações que à princípio ninguém iria acreditar, mas Almodóvar coloca os maiores absurdos e mesmo assim fica verossímil, pois mesmos diferentes sua linguagem busca sempre uma abordagem repleta de elegância e humanidade. Um pai que teve um filho que hoje é transexual, a menina que vai trabalhar com as freiras… ele fala da vida, de coisas fortes e profundas, mas as trata com humor, pois a vida é uma grande comédia! Gosto também das comédias italianas, de Woody Allen… mas, em resumo, a minha maior inspiração é a vida. Sento num café e fico vendo as pessoas viverem, passando apressadas. Este é o meu teatro, daí tiro minhas inspirações.
Dos últimos filmes que você assistiu, qual recomendaria?
Recomendo um filme que adorei, que apesar de ser francês o assisti aqui no Brasil, durante a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo: Les garçons et Guillaume, à table! (2013), de Guillaume Gallienne. Na França foi um incrível sucesso, já fez mais de 2 milhões de espectadores, é magnífico. E foi premiado também no Festival de Cannes, o que é sempre muito bom. Adorei.
Se a sua vida fosse um filme, qual seria o título?
A vida é bela, acho que é isso! Porque só temos uma, então temos que aproveitar, não é mesmo?