Nascido na cidade de Essen, uma das maiores da Alemanha, o cineasta Stephan Lacant chamou atenção pela primeira vez do público internacional ao lançar seu trabalho de estreia, o drama familiar Fireflies (2006), uma delicada história sobre uma garota de 15 anos que luta para salvar seu avô de uma casa de repouso. O drama, filmado nos Estados Unidos ao custo de US$ 1 milhão, lhe possibilitou voltar aos seu país de origem e, lá, realizar um longa mais pessoal e, talvez por isso mesmo, mais bem sucedido: Queda Livre (2013), selecionado para o Festival de Berlim e premiado no Festival Internacional de Cinema Gay & Lésbico da Filadélfia como Melhor Filme. E foi durante uma exibição especial desse título no Brasil – onde se encontra ainda inédito no circuito comercial – que o cineasta conversou com exclusividade com o Papo de Cinema, revelando seus favoritos na tela grande. Confira!
Qual o seu filme favorito?
Acho que não tenho apenas um filme favorito, afinal essa é uma decisão muito difícil. Existem vários longas que me tocam, de uma maneira ou de outra. Aqui vão alguns dos meus preferidos: Biutiful (2010), com o Javier Bardem, que faz uma das atuações mais incríveis que já assisti; Ondas do Destino (1996), do Lars von Trier, polêmico sem ser gratuito, e 21 Gramas (2003), outro filme que me emocionou bastante. Trainspotting: Sem Limites (1996) é outro que não posso deixar de fora, pois me marcou muito quando jovem, foi um dos filmes que me fez querer ser diretor. E isso apenas para citar alguns de muitos.
Dos últimos filmes a que você assistiu, tem algum que gostaria de recomendar?
Sempre que posso procuro ir ao cinema, gosto de saber o que está passando, o que as pessoas estão comentando. Mas nem sempre são títulos que marcam, que permanecem com a gente. Um desses que me deixou completamente fascinado já faz até algum tempo, o vi no Festival de Cannes. Foi o francês Ferrugem e Osso (2012), com a Marion Cotillard, que é uma grande atriz. Gostei porque é um drama honesto e intenso, bem como gosto que os filmes sejam.
Se sua vida fosse um filme, qual seria o título?
Pergunta engraçada. Citando uma música do grupo Stereo MCs, diria que um título apropriado seria Deep Down and Dirty (N.E.: Sujo e profundo, em tradução literal). Mas não de uma maneira sexual, claro (risos).
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