Qual seu filme favorito?
Ah, mas aí tu pegou no meu ponto fraco (risos). Eu gosto de tudo que é tipo de cinema. Adoro filmes fantásticos, por exemplo. Adorei Sin City (2005), que tem muita referência, o jeito que combina animação com realidade é impressionante. Você aprende muito com esse filme. Agora… como esquecer do John Travolta e do Samuel L. Jackson em Pulp Fiction: Tempo de Violência (1994)? Se você quer aprender a fazer cinema, tem que ir falar com o tio Tarantino! Sou fã dele desde antes qualquer coisa! Cheguei a namorar bilheteira de cinema pra poder entrar de graça e ir assistir ao Cães de Aluguel (1992)! Quando vi o Forest Whitaker pela primeira vez em Ghost Dog (1999), foi quando me dei conta de que eu também podia fazer cinema, foi algo que me marcou muito.
Qual filme recente você recomenda?
A Despedida (2014), do Marcelo Galvão, que ainda não estreou mas já assisti. O que o senhor Nelson Xavier faz nesse filme pouca gente consegue. É até difícil falar dele, de tanto respeito que sinto. É um mestre! Ele é um cara que esteve presente na minha vida desde que nasci, e vê-lo nessa idade, ainda atuando e entregando um trabalho como esse, é incrível! Espero que esse filme faça muito sucesso, pois merece! Mas também me diverti muito com o Transformers: A Era da Extinção (2014)! E sabe por que to falando isso? Eu sei de todos os problemas desse tipo de filme, mas você, fazendo filmes-cabeça ou não, precisa adquirir essa consciência do que é arte ou não. E esses caras sabem fazer negócio como ninguém! A exposição das marcas é absurda! Inteligente demais! E todas as referências fílmicas estão lá, por mais que a gente fale que não! É muito bem feito. Você olhar para um filme que tem grana, e depois olhar para o teu que não tem grana nenhuma, dá o que pensar. Quem gosta de cinema e senta na frente de um filme desse e decide analisar sem preconceito vai encontrar muito assunto pra discussão. Esses caras de Hollywood sabem vender muito bem o peixe deles, e é isso que quero aprender a fazer com os meus feitos aqui no Brasil. Afinal, se você se distancia do público, vai fazer o que? Ficar falando sozinho?
Se a sua vida fosse um filme, qual seria o título?
Nossa! Seria… (risos). Quer moleza? Mastiga água de cabeça pra baixo! Ou então O Sorte, porque você tem que chamar a sorte o tempo inteiro! Aprendi isso com meu padrinho – que, inclusive, vai ser tema de um documentário que vou fazer. Aguarde!