CineCelebridade :: Thomas Cailley

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Robledo Milani

Thomas Cailley é um dos novos talentos em ascensão no cinema francês e europeu. Com seu primeiro longa, o turbulento Amor à Primeira Briga (2014) – atualmente em cartaz no país – ele recebeu o prêmio da crítica no Festival de Cannes e o César – o Oscar da França – como Melhor Filme de Estreia, além de ter concorrido também a Melhor Roteiro, Direção e Filme do Ano. Até então, ele tinha no currículo apenas alguns curtas-metragens, e com esse retorno tão positivo já deu início às filmagens de seu próximo projeto, o drama J’ai Dégagé Ben Ali (2015), de Ramzi Ben Sliman, no qual assina o roteiro. Em passagem pelo Brasil para o lançamento de Amor à Primeira Briga, o cineasta conversou com exclusividade com o Papo de Cinema e revelou em primeira mão seus filmes favoritos. Confira!

 

Qual seu filme favorito?
Essa é uma pergunta difícil, pois além de cineasta sou também cinéfilo: ir ao cinema é um dos meus passatempos favoritos. Mas, dentre tantos longas que admiro, acho que citaria Juventude Transviada (1955), do Nicholas Ray. A imagem do James Dean com aquela jaqueta de couro e seu vício pela velocidade, os conflitos familiares, a relação dele com a personagem de Natalie Wood… tudo ali funciona à perfeição. É um dos grandes clássicos do cinema mundial e me influenciou enormemente, inclusive na elaboração do meu primeiro longa, Amor à Primeira Briga.

 

Qual filme recente você recomenda?
Bom, como disse antes, adoro ir ao cinema. Estou sempre de olho nas estreias, as novidades que estão chegando ao circuito, e também fico ligado naqueles filmes pequenos, que às vezes passam despercebidos e só são descobertos depois, com o tempo. Um dos gêneros que gosto muito, pela adrenalina e pelo êxtase que provoca, é o terror. Dentro dessa linha, recentemente assisti a um título que me surpreendeu: Corrente do Mal (2014), que se não me engano só passou nos Estados Unidos, mas segue inédito na maior parte do mundo (N.E.: estreia em Junho no Brasil). Muito bom, realmente surpreendente e consegue driblar com habilidade os clichês mais comuns deste tipo de filme. Recomendo!

 

Se a sua vida fosse um filme, qual seria o título?
(pensando) O Percurso do Combatente. É, acho que esse seria um bom título (risos).

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.

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