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Diogo Vilela nunca tinha feito algo voltado às crianças. Sua estreia em trabalhos para esse público se dá agora, em Detetives do Prédio Azul 2: O Mistério Italiano (2018), longa-metragem derivado do programa de TV, no qual interpreta o vilão Máximo, bruxo impiedoso que faz experiências com crianças cantoras para vencer o tempo e alcançar novamente a juventude.  Durante a pré-estreia do filme dirigido por Vivianne Jundi, evento que aconteceu num shopping da zona oeste do Rio de Janeiro, o Papo de Cinema conversou brevemente com o ator sobre a experiência de construir cinematograficamente um vilão, acerca da dobradinha afinada com Fabiana Karla, intérprete da feiticeira Mínima, a irmã de Máximo, e as particularidades de fazer um personagem que, ao bem geral, deve ser derrotado pelos detetives do prédio azul, nem que para isso os pequenos precisem subir numa vassoura encantada e atravessar continentes a fim de fazer valer o bem. Confira a nossa entrevista exclusiva com Diogo Vilela.

 

Primeiramente, o quão divertido foi interpretar esse vilão?
Acho ótimo fazer vilão. Nunca tinha trabalhado com criança. Fiquei impressionado com o talento delas. Era arrebatador contracenar com elas, principalmente porque também fui uma criança ator. Comecei com 12 anos. Fiquei relembrando minha infância, foi incrível.

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Como foi o trabalho com a diretora, a Vivianne Jundi?
Nossa, a Vivi é ótima. O set foi maravilhoso. Ela esclarece tudo o que deseja e, além disso, é carinhosa. A Vivi é tudo de bom. Ela é demais.

 

Você sente a responsabilidade de ser um veterano diante de tantos jovens promissores?
Não penso assim. Vou fazendo. Não raciocino dessa forma, apenas sigo. Meu temperamento é mais de fazer, mesmo.

 

Quais as inspirações para compor o Máximo?
Vi um filme excelente, cujo nome não me lembro agora. Nunca tinha visto. Pena que agora não me ocorre o título. Mas fiquei com aquilo na cabeça, embora não tenha tanto a ver diretamente com o Máximo. Mas, utilizei para entender a dinâmica, porque, realmente, nunca tinha feito algo para crianças. A Vivi é que orientou a maneira de procedermos, ela é a responsável.

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A gente percebe um movimento gigante em torno do DPA…
Ah, acho tão legal os pequenos possuírem essa representatividade. Vivemos num mundo tão difícil. Acho um barato os fãs terem como ídolos essas crianças tão queridas.

 

Como foi trabalhar com os efeitos especiais? Deve ser bem diferente para o ator, não?
Olha, ponha uma coisa na sua cabeça: quem fez um programa chamado TV Pirata faz qualquer coisa, qualquer coisa (risos). Não tem como. Digo pela carpintaria, porque a TV Pirata era quase como teatro, havia mudanças de duas em duas horas. Aquilo ali foi um treino de três anos. Quem participou daquilo, cursou uma faculdade.

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E como foi o trabalho com a Fabiana Karla?
Ah, foi ótimo. Não a conhecia, mas sempre a considerei uma excelente atriz. Foi igual imã, perfeito, graças a Deus, né?

 

(Entrevista concedida no Rio de Janeiro, ao vivo, em dezembro de 2018)

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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