Abá e sua Banda (2025) chega no dia 17 de abril aos cinemas brasileiros. Animação nacional, ela conta a história de um jovem príncipe abacaxi entra em conflito com seus sonhos e responsabilidades. Depois de romper com seu pai, ele segue para o Festival de Música e descobre os planos do tio para acabar com a diversidade de Pomar. Exibido no 52° Festival de Cinema de Gramado (2024), o longa-metragem dirigido por Humberto Avelar conta com as vozes originais de Filipe Bragança, Carol Valença, Robson Nunes, Zeze Motta e Rafael Infante.
Conversamos com o ator Filipe Bragança que interpreta justamente esse protagonista em busca de uma voz própria, mas que acaba também encontrando pelo caminho a sua vocação como líder. Confira abaixo (também em vídeo) esse Papo de Cinema exclusivo.
ABÁ E SUA BANDA: ENCONTRAR A VOZ
“Foi muito divertido. O filme tem um conceito muito especial e autêntico. Sou apaixonado por animação desde moleque. Ao receber o convite fiquei muito empolgado com a possibilidade de fazer parte desse filme, principalmente porque é um momento especial do cinema brasileiro. E espero que não seja apenas uma onda, mas uma mudança de perspectiva do nosso público. Temos muito potencial e talento, só precisamos de meios para isso acontecer. Pra mim foi uma grande honra e muito divertido. Meu personagem é descolado, legal (…) pude mergulhar na real natureza do meu trabalho: uma brincadeira de criança. Atores são crianças brincando de faz de conta”.
“Numa dublagem é muito legal porque podemos nos divertir e conferir um pouco da nossa autenticidade, mas é uma criação restrita, porque há previamente a voz original. Neste caso, criar uma voz original é um processo bem diferente (…) é uma dinâmica mais espontânea. Como o filme não estava pronto, pude criar ainda mais com a voz e depois eles animaram. Mas eu tinha referências de storyboard, principalmente para saber a movimentação do personagem e como ele se localizava nas cenas”.
ABÁ E SUA BANDA: A DIVERSIDADE
“Definitivamente ele lembra Os Miseráveis, musical que fiz há alguns anos aqui em São Paulo, pois se trata de um filme bem político. Convenhamos (…) no período em que realizamos a gravação das vozes, foi 2021, em plena pandemia. Politicamente era um momento conflitante como um todo. Isso é muito evidente, há paralelos claros com o cenário político atual. Estamos falando, basicamente, de um filme no qual o vilão quer extinguir a diversidade do reino; os rebeldes são perseguidos políticos; o vilão dá um golpe de Estado e ele paga por isso. Aliás, que bom que as pessoas que tentam dar golpes de Estado pagam por isso (risos). São vários paralelos que podemos fazer e isso tudo é muito especial”.
“Pego como exemplo um filme que adoro, o Vida de Inseto. Revi depois de adulto e compreendi que se trata de um filme totalmente político. Não se trata necessariamente das formiguinhas contra os gafanhotos. Não somente. Nosso filme é especial nesse sentido porque consegue não apenas entreter as crianças, mas também traz reflexões importantes”.
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