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Todas as Mulheres do Mundo :: “Domingos Oliveira trabalhava com o meu gênero preferido: as comédias tristes”, revela Jorge Furtado

Publicado por
Bruno Carmelo

A amizade entre os diretores Jorge Furtado e Domingos Oliveira durou décadas. Unidos pelo cinema humanista, do tipo que privilegia histórias de amores e relacionamentos, traçaram carreiras distintas, porém conectadas pelo gênero que batizaram de “comédias tristes”. Em 2019, o cinema brasileiro perdeu Domingos Oliveira, mas o amigo gaúcho decidiu homenageá-lo com uma série de televisão. Nasceu então Todas as Mulheres do Mundo (2020), série baseada tanto no filme homônimo de 1966 quanto nos poemas e peças de teatro do autor.

Na trama, Paulo (Emílio Dantas) é um arquiteto apaixonado pela bailarina Maria Alice (Sophie Charlotte). Quando o relacionamento fracassa, ele conhece muitas outras mulheres com quem se relaciona, sem jamais esquecer Maria Alice. O romance de doze episódios está disponível na Globoplay. O Papo de Cinema aproveitou para conversar em exclusividade com o produtor e roteirista Jorge Furtado, tanto sobre este projeto quanto sobre o difícil momento que o cinema brasileiro atravessa.

 

Equipe e elenco de Todas as Mulheres do Mundo. Foto: Divulgação

 

Como o filme do Domingos Oliveira e os demais textos dele foram condensados na série? Qual participação o próprio Domingos teve neste processo?
A ideia de fazer um trabalho juntos existia há mais de dez anos. Pensamos em fazer um longa em conjunto, com uma história passada parte no Rio de Janeiro, parte em Porto Alegre, mas não deu certo. Muito tempo depois, a Maria Ribeiro me ligou e disse que estavam tentando fazer uma série sobre os filmes dele, mas não conseguiram. Ela me perguntou se a Globo não teria interesse em fazer um projeto do tipo. O Domingos estava mal de saúde, em dificuldade financeira. Levei a ideia ao Guel Arraes, na Globo, retomando uma iniciativa que já tinha sido cogitada há muito tempo. Na época, pensamos em fazer com o Domingos algo que já tínhamos feito com o Luís Fernando Veríssimo em Comédias da Vida Privada (1995 – 1997), juntando várias obras numa série só. O Guel topou a ideia, e a Globo se interessou. Compramos os direitos, e comecei a ler as produções dele. Reuni oito livros, peças e demais textos.

Chamei a Janaína Fisher para trabalhar comigo, e fizemos mais uma leitura, tomando anotações. Nasceu uma série em seis episódios que eu enviei ao Domingos. Ele deu sugestões, mandou e-mails, e fizemos encontros no Rio. Enquanto trabalhávamos nesse projeto, ele ficou doente e morreu. Então ele participou da ideia que o Paulo se apaixonaria em cada episódio por uma mulher diferente, tendo a Maria Alice como um grande amor que atravessaria todas as histórias. Essa ideia é dele. Quando ele morreu, a Globo me perguntou se eu não conseguiria fazer uma série de doze episódios, porque o formato de seis episódios é curto demais para a televisão, não vale a pena em termos de custo-benefício, nem em termos de produção. Eu aceitei, disse que achava a série importante. Falei com a Priscilla Rozenbaum, que foi muito generosa e me ajudou. Ela selecionou me mostrou poemas pelo computador e me enviou mais textos. Assim, a Janaína e eu escrevemos os doze episódios, que a Globo gostou. Chamamos a Patrícia Pedrosa, uma ótima diretora que já tinha feito Mister Brau (2015 – 2018), com roteiro meu.

Então o Domingos participou da ideia inicial, e leu as primeiras coisas que eu escrevi. Nós já discutíamos algumas dessas histórias já muito tempo, como A Segunda Valsa. Esta é uma peça que eu sempre quis filmar. Eu costumava brincar com o Domingos: “Se você não fizer este filme, eu vou fazer!”. Eu via como comédia, mas ele enxergava como drama, e achava que precisava virar um filme sério. No fim, virou parte cômico, parte dramático. Mas ele não chegou a ler os roteiros depois.

 

A história é atualizada na questão dos celulares e computadores, mas em que sentido os relacionamentos também precisaram ser atualizados?
O filme do Domingos data dos anos 1960, e mantivemos muita coisa do original, principalmente no primeiro episódio. Ao mesmo tempo, cortamos muitas coisas, sem falar no que eu e a Janaína acrescentamos de novo. Algumas coisas eram piadas irônicas na época, mas hoje seriam inaceitáveis em termos de relacionamento. Por exemplo, existe uma cena do Paulo (Paulo José) na praia, deitado em cima de três mulheres enquanto a Maria Alice está no mar com o Leopoldo. As mulheres conversam enquanto ele diz que elas são “safadinhas, com a pele tão boa”. Se eu colocasse alguma coisa do tipo hoje, eu seria preso! Quem conhece o Domingos sabe que aquela era uma brincadeira, uma provocação.

Ele era um homem de fato apaixonado por todas as mulheres, mas que demonstrava profundo respeito por elas. Não por acaso, era casado com a Leila Diniz, e depois com a Priscilla, duas mulheres fortes e independentes. Ele não era, nem de longe, um sujeito machista, mas existia um machismo latente no ar, nas piadas. Eram coisas engraçadas na época, que hoje não seriam mais. No filme, quando se casa com Maria Alice, o Paulo resolve se despedir de todas as namoradas com que estava. Ele transa com várias delas, e brinca: “Isso que estamos fazendo com o seu marido não é justo!”. Ele era um Don Juan, mas como piada. A única paixão verdadeira era a Maria Alice. Então cortamos passagens do tipo, basicamente. Não havia nada ofensivo, eram apenas piadas.

 

Domingos Oliveira

 

Como você acredita que o seu cinema se relaciona com o cinema do Domingos?
A conexão é total. Eu não era apenas amigo dele, mas também fã. Todas as Mulheres do Mundo é um dos meus filmes preferidos, deve ser um dos que vi mais vezes em toda a minha vida. É inteligente, bem-humorado, criativo. Eu vi o filme nos anos 1990, não conheci na época do lançamento. O filme começa com uma animação em papel, uma colagem muita parecida com Ilha das Flores (1989). Brinquei com o Domingos: “Poxa, tu plagiaste Ilha das Flores vinte anos antes!”. Mas é parecido! Existe o mesmo espírito, com a locução e as colagens. Domingos é uma inspiração para mim.

Quando fiz meu primeiro longa, Houve uma Vez Dois Verões (2002), eu decidi utilizar o “método Domingos Oliveira de filmagem”. Ele chegava com os atores, no começo o dia, e fazia um ensaio geral na locação ou no set, para toda a equipe assistir, incluindo os fotógrafos. Depois os atores saíam para se preparar, fazer maquiagem e afins, enquanto os técnicos preparavam a luz e os equipamentos. Só então o diretor faz a decupagem com o fotógrafo. A decupagem era feita no dia, no local, e esse método é muito agradável para os atores. Domingos era um ator também, e ele respeitava muito os atores. Eram eles que determinavam o funcionamento das cenas. Eles criavam, eram eles que se expunham, e a equipe fazia o necessário para não atrapalhá-los. Ele trabalhava com o meu gênero preferido: as comédias tristes. Sempre pretendo que meus filmes sejam assim.

 

Paulo sempre se apaixona à primeira vista, por várias mulheres. Que diversidade do sentimento amoroso a série apresenta? O Paulo evolui ao longo desses amores, ou somos condenados a repetir os mesmos erros?
O Paulo é um homem apaixonado pelas mulheres. Ele não mente, nem trai: o Paulo realmente se apaixona por cada uma, enquanto mantém a paixão pela Maria Alice. No primeiro episódio, mais baseado na ideia do filme, os dois se conhecem, se apaixonam e se casam, e então começa certo desgaste do relacionamento. Existe então um desencontro: ela marca uma viagem para Curitiba com outro rapaz, e no dia em que vai sair, ele encontra uma veterinária e a leva para casa. Maria Alice se arrepende da viagem, volta para casa e encontra o Paulo. A outra mulher nem estava mais lá, mas ele logo confessa. Não tinha acontecido muita coisa, na verdade: eles só deram uns beijos. Mas Paulo imediatamente confessa, e Maria Alice percebe que, em quatro horas que ficou longe, ele já encontrou outra mulher. Então ela faz as malas e vai para Berlim, porque a Sophie Charlotte é alemã, e fala alemão. Preferimos que ela fosse para Berlim. Na série, ela vai embora, e ele nunca mais se esquece dela. Maria Alice conhece outro cara, se casa com ele, e o Paulo também se casa, enquanto a paixão permanece. A cada vez, ele encontra novas mulheres com personalidades muito distintas, porém os dois nunca se desvencilham por completo.

 

Podemos esperar também conhecer os amores do Cabral e da Laura?
Sem dúvida. O Paulo corresponde ao personagem do Paulo José no filme. O Cabral funciona enquanto alter-ego do Domingos mais velho, porque o Paulo era o alter-ego dele quando jovem, seduzido e envolvido pelos romances. Já o Cabral é um homem desiludido, que teve uma única paixão na juventude, mas não deu certo e ele nunca mais se apaixonou por ninguém. É um homem sábio, cético, irônico e meio deprimido. Paulo e Cabral são dois lados do Domingos. Usamos muitas falas dos livros do Domingos, tanto de filosofia quanto de poesia, para compor o Cabral. Já a Laura é o lado feminino do Domingos. Ela é a grande amiga do Paulo, com quem ele chega a se envolver a certo ponto, até namoram um pouco, mas ela é essencialmente uma amiga. Laura é a parceira de bar. Domingos tinha muitos amigos, viva nos bares. A Laura é uma dessas mulheres amigas.

 

Todas as Mulheres do Mundo (2020)

 

Como conceberam a estética para representar o romantismo hoje? O primeiro episódio está repleto de canções da Marisa Monte, por exemplo.
A Patrícia teve umas ideias muito interessantes. Ela queria fazer a série em preto e branco, mas isso seria comercialmente inviável na televisão atualmente. Ela concebeu então a ideia do “preto e branco a cores”. Cada cena ou cenário tem uma ou duas cores, no máximo. Ficou bem monocromático. Depois, ela pensou no uso da câmera: ao contrário do Mister Brau, onde usava muitos planos-sequência longos, com grandes grupos de atores, aqui ela deixou a câmera fluida, acompanhando os personagens como se fosse mais uma pessoa naquele espaço. É um novo personagem orgânico – a câmera inclusive chega meio atrasada em alguns espaços. Quando existem duas pessoas conversando numa sala, e uma terceira começa a falar em outro canto, você se vira para segui-la, mas leva um tempo para acompanhar. Ou seja, leva um tempo até nosso olhar chegar a ela. O cinema convencional cortaria diretamente para a nova pessoa, mas a Patrícia elaborou esta câmera que chega atrasada. Esta foi a lógica da fluidez.

Quanto às trilhas sonoras, nós pensamos numa versão bastante feminina do filme do Domingos. A série é dirigida por uma mulher, e a produção é feita basicamente por mulheres. Então a Patrícia pensou na ideia de ter uma cantora diferente em cada episódio. Gostei muito disso. No primeiro episódio, são apenas músicas da Marisa Monte. Depois vem Cássia Eller, Elis Regina, Alcione, Maria Bethânia, Nara Leão, Rita Lee, e tem as jovens, a Céu, Agnes Nunes, Ana Cañas. Em cada episódio, uma mulher canta diversas canções. Ao mesmo tempo, as letras comentam o que acontece nas cenas.

 

Falemos sobre cinema, de modo geral. Você, ou a Casa de Cinema de Porto Alegre, foi afetado diretamente pela quarentena e pelo isolamento social?
Sim. Todo mundo tem sido afetado por isso. A gente tem dois filmes que estavam prontos para o lançamento: Aos Olhos de Ernesto (2019), da Ana Luiza Azevedo, e Verlust (2020), do Esmir Filho. Os dois tiveram os lançamentos adiados. A gente tinha séries em produção cujas filmagens deveriam estar acontecendo agora. Elas foram interrompidas, porque seria impossível filmar neste momento. Mas conheço gente que sofreu bem mais, porque tinha programado para filmar dentro de alguns dias e teve que parar tudo. O nosso caso foi diferente: a produtora está fechada por enquanto, e tudo foi adiado, esperando o retorno.

 

O cenário já estava bastante complicado com a paralisação da Ancine, as ameaças de interrupção de mecanismos de fomento…
A situação estava terrível antes do coronavírus para a cultura em geral. A cultura estava na mira deste governo fascista, que detesta cultura, ciência, arte, educação. O fascismo não gosta da inteligência, por princípio. A gente tentava se reinventar, esperando este governo passar. Aí veio o coronavírus, que afetou a todos. De todas as formas de expressão, o cinema é uma das que menos sofre. Os shows estão cancelados, e não se sabe quando voltam. O teatro, a dança, tudo o que é físico e precisa de público sofre ainda mais. O audiovisual ainda tem a possibilidade de fazer coisas para as pessoas assistirem em casa. Ao mesmo tempo em que as salas de cinema foram fechadas, cresceu a demanda por filmes em casa, nas telas particulares: a televisão, os vídeos on demand, nas plataformas. O Homem que Copiava (2003) acaba de estrear na Amazon. Existe uma demanda enorme de filmes para as pessoas verem em casa.

Mas isso vale para os filmes que já estão prontos. O que fazer com os projetos que estavam em filmagem? As séries, as novelas? Tudo foi parado. Ainda deve demorar um tempo até que as coisas voltem ao normal. Nada será como antes, mas o mundo só deve voltar a algo próximo do que conhecíamos quando inventarem uma vacina. Isso vai demorar. Até lá, as pessoas vão ter que inventar maneiras de sobreviver nesse novo mundo, o que pode significar filmagens com elencos pequenos, com recursos diferentes. Todo mundo está pensando sobre isso agora. Como fazer as cenas de festa, de multidão, de casamento? Vamos ter que encontrar novas maneiras de filmar isso. Como as novelas vão fazer sem beijos?

 

 

Que medidas práticas você esperaria que o governo tomasse para apoiar os trabalhadores do audiovisual durante a paralisação?
O cinema como o conhecemos, com a sala de cinemas, não deve retomar o fluxo normal até a vacina. Acredito que algumas salas de cinema reabram, mas com um terço, um quarto do público. A China fez a experiência de reabrir os cinemas com um terço da lotação e espaço entre as cadeiras, além de preços populares, mas ninguém foi às salas. Essa vai ser a última coisa que as pessoas vão fazer: primeiro elas vão trabalhar, visitar a mãe, os amigos. A última coisa vai ser voltar a ter entretenimento de massa, com shows, Rock in Rio, Lollapalooza. Ninguém vai se arriscar para ver um filme, tendo a opção de assistir em casa. As salas de cinema vão sofrer um baque terrível, e acho que não tem solução até termos uma vacina. Não consigo pensar em alternativas. Eu não pretendo ir a uma sala de cinema para ver o filme sabendo que alguém atrás de mim pode espirrar na minha nuca.

 

Você se sente confortável com a ideia dos seus filmes sendo lançados diretamente em streaming?
Mais ou menos. Eu gosto muito da experiência da sala de cinema, principalmente nas comédias, onde faz muita diferença estar numa sala cheia ou vazia. Gosto de sentar numa sala com tela grande, e sentir aquele silêncio de duzentas pessoas vendo uma cena. O cinema ama o silêncio, ao contrário da televisão. Ao mesmo tempo, eu sempre fiz as duas coisas: comecei fazendo televisão antes de fazer cinema. Nunca parei com nenhum dos dois desde então. Meu trabalho não parou por causa da paralisação, pelo contrário, aumentou. Estou escrevendo roteiros em casa, planejando novos projetos, aproveitando este momento para escrever. Estou produzindo muito, até mais do que antes. Tenho projetos encomendados, que vou elaborando enquanto esperamos pela retomada. Acredito que, em 2021, as coisas estarão de volta, mas 2020 ainda vai ser difícil. Talvez as coisas comecem a voltar no segundo semestre. Fico mais preocupado com o pessoal do teatro. Pelo menos vejo as pessoas inventando peças em casa, shows em casa. Mas algumas artes são impossíveis de experimentar nesse formato.

 

O seu nome costuma ser associado ao “cinema do meio”, aquele que não é hermético demais, para um público pequeno, nem busca humoristas populares para conquistar o grande público. Você ainda se enxerga nesta parcela?
Eu me lembro de um debate em São Paulo. O Inácio Araújo estava presente, e disse que existem três tipos de filmes brasileiros: aqueles com menos de 30 mil espectadores, aqueles com mais de dois milhões de espectadores, e os meus. Realmente, os meus filmes não são caríssimos, e têm um público razoável. Tenho uma preocupação com o público, e penso bastante nisso quando faço um novo filme, talvez pela minha experiência na televisão. A televisão é uma indústria real: ela não vive sem público, ao contrário do cinema, onde às vezes as pessoas não pensam na necessidade de ter um público. Ao mesmo tempo, eu pretendo não fazer exatamente o que o público quer. Uma música do Gil diz que o povo sabe o que quer, mas o povo também quer o que não sabe.

Imagino que eu possa fazer algo que as pessoas não esperam, mas gostem. Tenho essa pretensão, e às vezes acerto, às vezes não. Nunca fiz um filme pensando: “O que as pessoas querem neste momento?”. Meus primeiros filmes são comédias, tanto Houve uma Vez Dois Verões, O Homem que Copiava, Meu Tio Matou um Cara (2004), Saneamento Básico (2007). Eu não consigo fazer uma comédia com piadas fáceis. Vejo muitas comédias que fazem dois milhões de espectadores, mas no ano seguinte, ninguém lembra mais. É um cinema temporário. É óbvio que eu adoraria fazer três, quatro milhões de espectadores, porque com esse dinheiro eu criaria vários longas depois. Mas eu não sei fazer piada de gay, piada escatológica, piada preconceituosa. Então faço os filmes que eu gostaria de ver.

A minha expectativa é que eu goste, que meus amigos gostem. Acredito que, se as pessoas fossem obrigadas a ver tudo o que produzem, o cinema e a televisão melhorariam muito. Às vezes parece que algumas pessoas fazem filmes pensando num público grande, mas com um humor que nem eles gostam, ou para um público minúsculo, tentando agradar os júris de festivais. Tem uma regra da Renascença, apresentada no início de O Mercado de Notícias (2014): “O poema ensina ou delicia, ou ambos. Este é o que vicia”. Alguma coisa deve ao mesmo tempo entreter e te ensinar algo, te elevar. A arte da Renascença é feita com esta lógica: ao mesmo tempo que me delicia, ela me eleva. É engraçado que o Domingos tem exatamente esta frase que nós usamos na série: ele dizia que as peças dele eram uma “diversão ensinatória”. Gosto do entretenimento, e espero que ele nos transforme de alguma maneira.

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.

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