Daniel Dantas, Andréa Beltrão e Sandra Werneck
Dezoito anos depois, Luiza e Gabriel se reencontram em Pequeno Dicionário Amoroso 2. Para reviver os papéis, os atores originais foram escalados. “Foi relativamente simples”, disse Daniel Dantas (Getúlio, 2014) em coletiva de imprensa para divulgar o filme. “O Gabriel estava escrito parecido como era antes. Não teve o que refazer ou pesquisar, aí conforme fazemos ele foi voltando”. “Ela manteve muito da personalidade”, comentou Andrea Beltrão. “Tem a mudança porque ela se casa com um homem rico e bem-sucedido, que não era o que ela procurava como parceiro”.
Além do casal de protagonistas, há novas figuras em cena. Fernanda Vasconcellos faz sua estreia no cinema na pele de Alice, filha de Gabriel. A personagem está envolvida em um inusitado triângulo amoroso. “Eu lutei com ela principalmente pela questão do sotaque, porque ela é paulista”, explicou a diretora Sandra Werneck (Amores Possíveis, 2001).
Os outros vértices do triângulo são vividos por Renato Góes (Solidões, 2013) e Priscila Steinman. “Eu era fã do primeiro filme”, assumiu Renato. “João é um poeta, algo que eu nunca tinha feito”. “A trama dos nossos personagens entra na atualização do filme”, afirmou Priscila. “Nossa geração tem a responsabilidade de atualizar as relações amorosas, que são mais disponíveis e sem preconceitos”.
Os novos assuntos que a sequência propõe foram comentados pelos atores do longa original. “Os personagens lidam com a sexualidade dos filhos da forma como lidam com ela em geral, muito assustados e tendo de se adaptar”, relatou Daniel Dantas.
Em Pequeno Dicionário Amoroso 2, o reencontro de Luiza e Gabriel não é tão fácil. Entre na jogada o fotógrafo Guto (Eduardo Moscovis), que se encanta por ela. “Eu já pensava em trabalhar com o Du há muitos anos”, disse Werneck. “Achei que seria um casal bonito com a Andrea, tem uma química”.
Outra aquisição masculina no filme está atrás das câmeras: Sandra Werneck dividiu seu ofício com o cineasta Mauro Farias (O Diário de Tati, 2012). “Nosso processo foi muito coletivo”, afirmou Farias. “A questão amorosa é uma questão humana em geral. A gente fala de tudo em um filme que fala de amor”.
(Coletiva realizada em São Paulo durante o mês de setembro de 2015)
