20200910 ethel oliveira julia mariano papo de cinema 800

Em 2018, a política brasileira foi impactada pelo assassinato brutal de Marielle Franco, vereadora carioca negra e lésbica que denunciava a opressão das milícias e das forças policiais contra o povo do Rio de Janeiro. Mais de dois anos depois, os criminosos ainda não foram expostos, nem responsabilizados pelo ato. No entanto, diversas mulheres negras se candidataram às eleições legislativas daquele ano, carregando bandeiras importantes a Marielle.

As diretoras Éthel Oliveira e Júlia Mariano acompanharam de perto as campanhas eleitorais de seis mulheres negras: Talíria Petrone, Renata Souza, Mônica Francisco e Rose Cipriano, pelo PSOL, Jaqueline Gomes, pelo PT, e Tainá de Paula, pelo PCdoB. O resultado se encontra em Sementes: Mulheres Pretas no Poder (2020), documentário que investiga a luta por representatividade feminina e negra em ambientes institucionais ainda fortemente dominados por homens brancos. O Papo de Cinema conversou com as cineastas sobre o projeto, disponível gratuitamente no site da Embaúba Filmes:

 

20200910 ethel oliveira julia mariano papo de cinema 1200
As cineastas Éthel Oliveira e Júlia Mariano. Foto: Divulgação.

 

O filme se abre com o assassinato de Marielle Franco. A partir de qual momento decidiram fazer um projeto sobre essas candidatas?
Júlia Mariano: A gente começou a perceber a mobilização das pré-candidaturas, uns três meses depois do assassinato. Quem chamou a minha atenção para isso foi a Helena Dias, que assina o roteiro e produção. Fomos gravar um desses encontros, onde se encontravam candidatas como a Mônica Francisco. Entendemos a potência dessas mulheres, e percebemos que havia o tema para um filme ali. Ao mesmo tempo, pensamos que seria necessário ter uma mulher negra na direção, não seria possível fazê-lo com duas mulheres brancas. Eu me lembrei de um encontro com a Éthel na Lapa, uma semana após o assassinato da Marielle.
Éthel Oliveira: Foi na Casa das Mulheres Pretas. Este foi o último lugar em que Marielle esteve, e fizeram um evento em memória a ela. Eu estava presente, apoiando a produção de outro filme sobre este momento, feito por um coletivo de mulheres pretas do Rio de Janeiro.
Júlia Mariano: A gente já se conhecia de vista, mas nunca tínhamos trabalhado juntas. Eu achei que a Éthel toparia essa maluquice: era uma ideia e uma câmera na mão, como diria Glauber, sem absolutamente nenhum recurso financeiro, e nem possibilidade de obter por meio de edital. Hoje existem pouquíssimas perspectivas de captação de recursos, fui muito sincera quanto a isso. Disse: “A gente precisa fazer esse filme, mas não sei se vou conseguir dinheiro para ele”. Éthel aceitou nosso convite maluco, ela abraçou a missão. Começamos a montar a equipe, e fizemos um teste na Marcha das Mulheres Pretas de 2018, quanto veio o compromisso de montar uma equipe feminina, com uma maioria de mulheres pretas. Ou seja, as mulheres têm posição de liderança nas equipes. Temos uma preocupação no Sementes de partir dessa perspectiva e abrir espaço. Essa iniciativa tem que partir de nós, mulheres brancas. Se a gente não der alguns passos atrás, os espaços não serão abertos.
Éthel Oliveira: Aqui no Rio, as mulheres negras ficaram em transe no momento do assassinato. Foi um choque muito grande. Eu não conhecia a Marielle, e sequer tinha ouvido falar nesse nome. Mesmo assim, fiquei impactada. Houve um luto coletivo profundo. Mas rapidamente as mulheres se configuraram e fizeram diversas frentes de luta, tanto num caminho institucional, quanto para além disso: vieram muitas ocupações, coletivos de pesquisadores e assentamentos com o nome de Marielle Franco. Essa tomada de ação positiva é uma tecnologia do povo preto, que leva tiro todos os dias, leva tapa a toda hora, então não pode ficar inerte. Rapidamente, é preciso se repensar e dar uma resposta a barbáries como essa e tantas outras.

 

20200904 sementes mulheres pretas no poder papo de cinema banner
Sementes: Mulheres Pretas no Poder

 

Como definiram as seis protagonistas? Em que medida se preocuparam com a diversidade partidária, ou entre mulheres cis e mulheres trans?
Júlia Mariano: Partimos de uma produção de baixo orçamento, ou melhor, quase sem orçamento, o que era limitador. Escolhemos seis mulheres, o que para nós já representava um desafio, mas adoraríamos ter escolhido mais. Foi muito difícil chegar neste número. A Éthel e as personagens do filme falam muito sobre a necessidade de representar a diversidade da mulher negra, para não conceber a mulher negra enquanto entidade única. Elas são diversas, com pautas e trajetórias distintas, e este foi um dos nossos delineadores. Percebemos que havia muito mais candidatas negras no PSOL do que em outros partidos, então a escolha também refletiu a diversidade existente no pleito. Mas existe a Tainá de Paula, do PCdoB, que traz a pauta urbanista, e a Jaqueline Gomes, do PT, com uma bandeira transexual, além das quatro candidatas do PSOL. Com a Talíria Petrone, saímos da política do Estado e vamos para a política em Brasília, além de ela ter sido muito próxima de Marielle. A Rose Cipriano vem da Baixada Fluminense, tem uma trajetória política incrível, muito comprometida com os movimentos sindicais. Já a Renata Souza e a Mônica Francisco faziam parte do gabinete da Marielle, mas por perspectivas diferentes: a Renata se concentra muito na questão da segurança pública, este é o leitmotiv dela. Ela estuda isso, é uma especialista no tema. A Mônica oferece a perspectiva da igreja evangélica progressista, que era essencial trazer ao debate. A esquerda não pode mais ignorar os evangélicos. Se continuarmos ignorando os religiosos, como estamos fazendo, só vamos nos afundar no buraco. A Mônica representa uma pastora progressista, que tem como assessora uma menina transexual.
Éthel Oliveira: Os questionamentos das mulheres pretas são muito diversos, e nós divergimos sobre o pensamento uma da outra. O que nos une é a militância antirracista, que afeta mulheres negras com as mais diversas perspectivas de vida. O fato de Mônica ser pastora é muito importante, porque a base da igreja evangélica é composta por mulheres negras, e nós queremos muito nos comunicar com o universo evangélico por meio do Sementes. Esta força foi determinante nas últimas eleições. Precisamos ampliar a perspectiva de uma igreja evangélica progressista, enquanto temos esta ferramenta audiovisual como ponte para estabelecer a comunicação.

 

20200831 sementes mulheres pretas no poder papo de cinema 750
Sementes: Mulheres Pretas no Poder

 

Como decidiram quais espaços da campanha queriam acompanhar? A câmera está dentro dos carros e na distribuição de panfletos, mas não entra nas diretorias dos partidos.
Júlia Mariano: A gente queria mostrar o lado mais particular, mais pessoal, por meio dos bastidores. Uma referência para nós era Primárias (1960), que também serve de horizonte para muitas pessoas que fazem filmes sobre campanhas. A ideia era acompanhar as reuniões, mas elas têm se tornado cada vez mais secretas.
Éthel Oliveira: Estas mulheres não nos conheciam antes. Como Sementes foi feito na urgência, não tivemos tempo de construir uma relação com elas antes de colocar a câmera. Eu venho da antropologia visual, e a Júlia é uma documentarista muito experiente. A gente sabe que não se chega direto com a câmera, mas precisamos fazer isso. Estas escolhas decorrem da falta de tempo de criar uma proximidade. Algumas portas estiveram fechadas. Sonhamos em fazer o filme dentro das reuniões, até porque não dá para fazer um filme só com panfletagens. As candidatas nos avisavam: “Hoje vai ter uma panfletagem aqui na Tijuca, hoje tem um debate na universidade”. Era interessante, mas isso não bastava. Fui a uma reunião com a Talíria, para continuar negociando, e dizer que seria importante estar mais dentro destes círculos. Elas participaram de uma reunião extraordinária, quando decidiram quais lugares constituiriam o foco da campanha. Eu estava presente, e teria adorado ter uma câmera naquele instante. Mas existe um pensamento estratégico: no Rio de Janeiro, ninguém pode chegar desavisado nos lugares. É perigoso. Elas estavam mapeando a situação da cidade: como chegariam, para onde iriam. Um elemento que nos permitiu a proximidade com o cinema direto foi a questão do deslocamento. Entre uma panfletagem e um debate, a gente captava os trajetos de carro. Mesmo assim, um amigo me chamou atenção ao fato que a nossa presença dentro do carro gerava preocupação, por conta da história da Marielle. A Renata inclusive menciona este assunto.

 

20200910 sementes mulheres pretas no poder papo de cinema arte
Arte oficial de Sementes: Mulheres Pretas no Poder.

 

Vocês filmaram em 2018, mas o resultado chega ao público em 2020. Como acreditam que a política tenha se transformado desde então, inclusive no que diz respeito à herança política de Marielle?
Júlia Mariano: Marielle se tornou um ícone. Quando filmamos, já se percebia a força, mas ela ainda não tinha se tornado um ícone mundial. Quando voltamos a filmar as posses em 2019, já tínhamos compreendido o lugar da Marielle no mundo. Nesta segunda parte das filmagens, as candidatas eleitas entravam no momento de vida em que se encontram agora. Existe uma perspectiva de mudança muito forte na vida de todas elas, quando elas se percebem enquanto parte de um movimento. Isso é algo muito bonito do filme: conseguimos fazer tudo na urgência, no calor do momento, com a noção de que estamos construindo algo novo. Captamos o momento em que elas descobrem isso. Agora, elas estão mais amadurecidas a respeito, inclusive no discurso político.
Éthel Oliveira: A política muda no Brasil pela perspectiva do eleitorado. Embora a gente esteja sob regime fascista, muitas pessoas perceberam a potencialidade das mulheres pretas, e das candidaturas pretas. Vemos Érica Malunguinho, Áurea Carolina, Robeyoncé Lima em Recife. Esses são ecos do efeito Marielle, a partir do eleitor. O lugar do homem branco na política está dado: é a figura clássica do sujeito de terno e gravata. Uma mulher preta, em qualquer disputa pública e política, ainda nos parece muito estranho. A presença da Marielle, pelos vídeos que circularam sobre os discursos dela, amplia o nosso imaginário político. Este também era um compromisso nosso: ampliar imaginários políticos. Desde então, a pauta racial entrou na política brasileira com muita força. Isso veio em 2019, e apareceu dramaticamente em 2020. O fato de isso ter virado pauta é reflexo de todo o caminho que os movimentos negro e LGBT têm traçado. Marielle é memorializada enquanto mulher negra e lésbica. Hoje, percebemos com mais força, devido às redes sociais, o racismo que ocorre às vezes em lugares distantes. Eu vivo o racismo todos os dias. Sou cineasta, mas quando digo às pessoas a minha profissão, percebo a surpresa e a dificuldade em me imaginarem nesta posição. O racismo é a pauta que dá o tom do cenário político hoje.

 

20200904 sementes mulheres pretas no poder papo de cinema 5 e1599757480646
Sementes: Mulheres Pretas no Poder.

 

O filme acompanha três mulheres que se elegeram, e três que não conseguiram se eleger. Como interpretam os números expressivos de Renata Souza e Talíria Petrone, diante da votação de Jaqueline de Jesus e Tainá de Paula?
Júlia Mariano: Existiu um efeito Marielle mesmo, enquanto resposta nas urnas. Alguns eleitores assumiram o compromisso de eleger estas mulheres enquanto posicionamento político diante da morte de Marielle. Mônica e Renata pertenciam ao gabinete da Marielle, e a Talíria sempre foi parceira dela. Acredito que esta relação tenha influenciado. A Jaqueline, por ser uma mulher trans, enfrentou uma resistência muito forte dentro do PT. No final, nenhuma mulher trans se elegeu – havia um lugar de disputa mais difícil para elas. Para a Tainá, houve a tendência de expandir o antipetismo a um sentimento mais amplo de antiesquerdismo. Como se trata do Partido Comunista do Brasil, muitas pessoas vetaram essa possibilidade de voto. Ao mesmo tempo, nenhuma delas tinha grande estrutura para a campanha. As candidatas do PSOL talvez tivessem uma estrutura um pouco maior, e mesmo assim, não era uma diferença grande entre elas, capaz de justificar a diferença no número de votos. Esta eleição foi muito fascista, quando a esquerda tinha a imagem bastante deteriorada.
Éthel Oliveira: Acho difícil responder a essa pergunta. Sou uma mulher muito politizada, e tenho compromisso grande com a política, mas não me dedico tanto à política institucional. Gostei muito de ter sido convidada pela Júlia a fazer esse filme pela possibilidade de investigar um universo que desconheço. O jogo político é muito complexo. Praticamente não havia dinheiro para as campanhas. Estas mulheres foram muito corajosas de se empenharem de tal maneira, sem recursos. Era um sacrifício imenso. A Baixada Fluminense é um lugar mapeado pela milícia, e muito perigoso. Duque de Caxias tem um dos maiores PIB do Brasil, por causa da refinaria de petróleo. Ao mesmo tempo, não existe uma praça com uma árvore, não existe um centro cultural de ampla circulação. Para onde vai o dinheiro da cidade? A Baixada é complicadíssima. A Rose teve 17 mil votos, e já tinha sido candidata anteriormente. Ainda precisamos mudar o imaginário político para que os eleitores apostem em mulheres brilhantes como elas. Isso não se justifica pelo fato de serem marinheiras de primeira viagem, porque estamos cheios dos “Seu Zé da Pipoca” e de figuras como a filha do Garotinho, que conseguem se eleger. Quando você não tem um laço político de família, nem uma base apoiada em estruturas como a igreja ou outros tipos de financiamento que nem vale a pena citar aqui, o jogo político se torna muito difícil.

 

20200910 sementes mulheres pretas no poder papo de cinema banner

 

Acreditam que o filme possa exercer um impacto direto nas eleições de 2020?
Éthel Oliveira: Eu faço cinema por esse motivo, para impactar as pessoas. Este é o meu universo de realizadora. O meu filme anterior abordava a questão das mulheres trans, e fizemos uma exibição dentro de uma universidade de pedagogia, onde havia uma maioria de mulheres. Uma garota evangélica me disse que o filme tinha mudado a percepção ela sobre mulheres trans. Faço filmes para gerar encontros: primeiro, um encontro meu com um universo que ainda não conheça, como era o caso do universo trans. Segundo, para o encontro do espectador com universos que ele desconheça também. Eu, pelo menos, pretendo que Sementes seja reconhecido enquanto obra cinematográfica bem acabada, bem realizada, com uma proposta narrativa e estética. Afinal, esse é o meu trabalho: sou cineasta. Mas também quero fazer do Sementes uma ferramenta política para mudarmos as coisas. A situação atual está assombrosa. Pensamos nisso dentro do início, quando trouxemos a Taturana Mobilização Social para dentro do Sementes. Eles têm uma ampla rede de exibidores, o que inclui escolas e cineclubes. Temos a Embaúba Filmes, para nos colocar em festivais, e a Taturana, que vai ser importante para levar o filme a lugares diversos. Pretendemos fazer debates, mesmo que agora eles sejam online. Onde pudermos ir, nós vamos para debater e discutir. Estamos inclusive preparando um livreto com textos meu e da Júlia, além do coletivo Mulheres Negras Decidem e do Instituto Marielle. A nossa advogada também vai escrever sobre a institucionalidade, para que outras mulheres se movam à carreira pública.
Júlia Mariano: Sementes não foi realizado para incentivar as pessoas a votarem em alguma pessoa específica nas eleições de 2020. Esse imediatismo temporal das campanhas não é nosso objetivo. Buscamos algo muito mais amplo: a construção política, aproximando a política institucional da política das ruas, e para outros segmentos. Hoje recebi uma mensagem que traduz bem o que eu gostaria que acontecesse. Um rapaz de uma cidadezinha bastante bolsonarista viu o filme e escreveu: “Colossal. Representativo, resistente, LGBTQIA+ e feminista. Mulher negra existe, mulher negra resiste”. Pouco tempo depois, ele publicou no grupo da cidade: “Pretos e pretas, estamos criando um grupo para fortalecer a nossa luta contra o racismo, apreender mais sobre o nosso povo e ocupar todos os espaços da sociedade. Quem tiver interesse, mandar o número e adicionamos ao WhatsApp”.
Éthel Oliveira: Isso é emocionante!
Júlia Mariano: É isso que a gente quer. A gente não quer condicionar o voto, não é um objetivo eleitoral. Queremos que as pessoas se identifiquem e percebam que podem mudar o que existe hoje. Queremos fazer um impulso revolucionário de fomentar mudanças à nossa volta. Às vezes falamos em “revolucionário”, e as pessoas pensam em 1917, União Soviética, Guerra Fria. A ideia de revolução é grandiosa demais, ela é macro, não conseguimos trazer para as nossas vidas. Mas revolucionário é isso: perceber que você pode formar um grupo dentro do seu bairro, da sua cidade, e discutir o racismo. É este lugar que queremos ocupar politicamente com Sementes.
Éthel Oliveira: A luta do povo preto é muito velha, desde que chegamos ao país. O Quilombo dos Palmares é a experiência política autônoma e horizontal mais importante ao sul do mundo. Quantos filmes temos sobre esta experiência política? Talvez dois, e bastante problemáticos. Quantos filmes temos sobre a luta política abolicionista, pela perspectiva das pessoas negras? Nenhum. Ano sim, ano não, a Globo faz uma novela colonial, mas esta perspectiva não está nas novelas. Vemos apenas o Império e as mucamas. Este é o imaginário de pessoa preta que o audiovisual perpetuou no Brasil. Depois da ditadura, quantos filmes sobre militantes pretos existem? Nenhum. Mesmo assim, o movimento negro foi altamente atuante contra a ditadura. Desde o golpe de 2016, apenas Sementes traz a perspectiva do povo preto. Onde está o filme sobre as cotas raciais, que constituíram um momento importantíssimo da história do Brasil? Tivemos uma enxurrada de pessoas pretas entrando na universidade, e saindo delas com brilhantismo. Esse filme não existe, e isso é muito grave. Por isso, hoje em dia ainda achamos peculiar encontrar candidaturas de mulheres pretas. Sementes permite olhar para um momento histórico do Brasil, um momento dramático da nossa democracia, pela perspectiva das mulheres pretas. É esse impacto que buscamos provocar. A questão não é votar em A, B e C, e sim ampliar o imaginário político.
Júlia Mariano: O voto na política institucional só vale se essa construção prévia acontecer. É preciso ter o entendimento político deste voto, senão não adianta. Não basta votar: é necessário acompanhar o que o meu candidato está fazendo.
Éthel Oliveira: É o caso dos conselhos tutelares. Percebemos que este espaço político fundamental está sendo ocupado por uma minoria religiosa fascista. A política está presente nisso: nos conselhos tutelares, nas lideranças comunitárias de base.
Júlia Mariano: Obviamente, lançamos o filme neste momento, quando todos pensamos nas eleições, mas temos inclusive uma preocupação jurídica, algo fundamental no que diz respeito às datas das eleições e do início oficial das campanhas. Não queríamos prejudicar ninguém: nem o filme, nem as candidatas.

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
avatar
Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.
avatar

Últimos artigos deBruno Carmelo (Ver Tudo)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *