No drama Uma Longa Jornada (2015), as histórias de dois casais de diferentes épocas ficam interligadas após uma série de eventos ao acaso. Sophia (Britt Robertson), uma estudante universitária, e Luke (Scott Eastwood), um cowboy profissional, estão completamente apaixonados um pelo outro, a despeito de terem origens e objetivos bem distintos na vida. Certa noite os dois testemunham um acidente de trânsito e acabam salvando Ira (Alan Alda), um senhor que perdeu recentemente o amor de sua vida, Ruth. O jovem casal descobre, então, uma série de cartas de amor escritas por Ira para sua esposa, e acabam ficando ligados ao idoso de noventa e um anos. A amizade que surge entre eles inspira Sophia e Luke a reconsiderarem suas ambições pessoais para conseguirem ficar juntos.
Filmado em belos cenários na Carolina do Norte, Uma Longa Jornada é uma romântica e atemporal história de amor eterno, baseada em um romance de Nicholas Sparks. Indicado ao Oscar e ao Tony, Alan Alda é vencedor de seis Globo de Ouro e de seis Emmy. Em uma carreira que se estende por seis décadas, ela já interpretou personagens que marcaram época, como Capitão Pierce, na série M*A*S*H (1972-1983), e o Senador Arnold Vinick, no seriado The West Wing (1999-2006). Na conversa a seguir, Alda discute que o que primeiro lhe atraiu em Uma Longa Jornada foi o desafio de interpretar um homem muito mais velho do que ele próprio. Além disso, confessa ter ficado encantado com essa fantástica e surpreendente história de amor. “Uma Longa Jornada não é apenas sobre o primeiro encontro de uma paixão adolescente”, confessa.
Uma Longa Jornada está disponível em filme digital HD desde o dia 30 de julho para compra na iTunes Store, Google Play e Play Station, e para locação antecipada no Google Play, Play Station, NET, OiTV e Vivo, e poderá ser adquirido em DVD e em Blu-ray a partir do dia 26 de agosto. Entre os extras exclusivos que apresenta estão cenas excluídas e estendidas, comentários em áudio, galeria de fotos, trailer e os documentários sobre a produção A Jornada de um Escritor: Um Dia na Vida de Nicholas Sparks, Por Trás da Jornada, Dando Vida à História, Conheça os Verdadeiros Vaqueiros e A Escola de Montar Touros de Luke.
O que lhe atraiu no personagem de Ira?
Geralmente, o que mais me atrai é o roteiro e como a história foi escrita, ao invés do personagem em particular. Neste caso, uma das coisas que despertou a minha atenção é que se tratava de alguém um pouco mais velha do que eu. Me perguntei se conseguiria interpretá-lo de forma convincente. E sempre que levanto esse tipo de dúvida, descubro que é algo que preciso fazer. Isso significa que não estarei me repetindo, afinal é um desafio que nunca enfrentei antes. Isso me mantém curioso e interessado. E a história me cativou porque é sobre um romance que dura por um longo período, não apenas o nascer de uma paixão adolescente. Isso é maravilhoso, mas a maioria dos filmes termina justamente quando começa essa nova fase, de um amor diferente, mais perene e duradouro. Eu gosto disso. Não tenho visto muitos filmes como esse por aí.
Há, no filme, uma frase de grande impacto dita pelo seu personagem: “o amor é sacrifício”…
Particularmente, não acredito que amar seja um sacrifício. Acho que, olhando de fora, você até pode dizer que uma pessoa está se sacrificando pela outra. Mas se você realmente faz isso por amor, é por que quer o melhor para aquela pessoa. Você faz o que precisa ser feito e se atém a isso. Ao fazer algo bom, que possua um efeito positivo, isso lhe fará bem. E isso não soa como sacrifício para mim.
Correspondências são parte importante do filme. O que é tão atemporal e romântico no ato de escrever cartas?
Não tenho certeza se cheguei a escrever alguma carta de amor em toda a minha vida, talvez uma ou duas para a minha esposa, logo quando nos conhecemos. Nós escrevemos pequenos recados um ao outro. De vez em quando, em ocasiões especiais, até escrevemos verdadeiras cartas de amor, quando podemos nos aprofundar em nossos sentimentos. Talvez num aniversário ou alguma data parecida, momentos em que nos lembramos o quanto aquela pessoa significa para nós. É bonito colocar isso em palavras. Quando você lê uma mensagem romântica do passado, percebe que as pessoas estão revelando coisas sobre elas mesmas que você não consegue dizer hoje em dia em apenas 140 letras.
Como foi trabalhar com Britt e com Scott?
Adorei atuar ao lado dos dois. Ambos possuem essa habilidade maravilhosa de se fixarem exatamente naquele momento em que estamos desenvolvendo o diálogo, sem se preocupar com o que vai acontecer depois. Eles se deixam levar. Você olha nos olhos deles e percebe que na sua frente está uma pessoa de verdade, e não alguém fingindo ser um personagem. O Scott é muito econômico, o que é admirável. Ele parece que não está fazendo nada, até que você o olha na tela grande e percebe toda aquela emoção. Os dois são incríveis.
Você consegue imaginar como as pessoas verão esse filme em casa, em um contexto diferente de uma sala de cinema?
Ah, claro. Uma Longa Jornada é o tipo de filme que é adorável tanto em casa quanto numa sala de cinema. Talvez seja até melhor em casa, porque talvez ali a caixa de lenços de papel esteja mais próxima na hora que você começar a se emocionar, especialmente durante alguns dos meus melhores momentos em cena (risos).
(Entrevista cedida com exclusividade para o Papo de Cinema pela Fox-Sony Pictures Home Entertainment e traduzida por Robledo Milani)