Indicada ao Oscar e ao Globo de Ouro e premiada como Melhor Atriz no Festival de Mar Del Plata, Natalie Wood teve neste filme dirigido por Robert Mulligan (O Sol é Para Todos, 1962) sua última performance a ser reconhecida pelos membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. Aqui ela aparece como Angie Rossini, garota jovem e católica que, após um caso passageiro de uma noite, descobre-se grávida. Semanas depois, revela o ocorrido ao rapaz (Steve McQueen, indicado ao Globo de Ouro). Primeiro, ele não a reconhece, mas logo em seguida a ajuda a levantar a quantia suficiente para pagar um médico e, enfim, providenciar o aborto. Os dois são perfeitos estranhos um para o outro, e tudo o que querem é se livrar dessa situação. No entanto, a convivência forçada por um objetivo comum não só os aproxima na prática, mas também no sentimento que começa a surgir entre eles. E muito disso se deve ao talento dos protagonistas, Wood em especial. De forma absolutamente natural, deixando de lado maneirismos e gatilhos emocionais, ela convence como essa menina (tinha 25 anos na época) encrencada que vislumbra, quem sabe, uma possibilidade de amor e felicidade diante de um desenlace inesperado. Como resultado, Natalie Wood declarou, anos depois, que trabalhar neste filme “foi a experiência mais recompensadora” que teve em toda a sua carreira, sob qualquer aspecto. – por Robledo Milani
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