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5+1 :: Paul Rudd

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Paul Rudd é um exemplo interessante de ator que foi subindo degraus em Hollywood de forma muito lenta, mas que hoje já goza de sucesso e inclusive encabeça grandes produções, como é o caso do blockbuster Homem-Formiga, herói da Marvel que ganhou seu próprio filme em 2015. Com aparência jovial, sempre dando muita simpatia e charme para seus personagens, ele é o típico coadjuvante que rouba a cena nas comédias em que participa. Sua carreira começou em 1992, com papéis na televisão. Sua primeira grande chance no cinema se deu em 1995, em As Patricinhas de Beverly Hills, no qual interpretava o irmão adotivo da protagonista vivida por Alicia Silverstone. Depois de pequenos papéis em grandes produções como Romeu + Julieta (1996) e papéis importantes em filmes pequenos como Entrega a Domicílio (1998), Rudd surgiu como o interesse amoroso de Jennifer Aniston em A Razão do Meu Afeto (1998), um dos primeiros trabalhos que mostraram certa versatilidade do ator. Curiosamente, poucos anos depois, entre 2002 e 2004, o ator entraria no elenco de Friends, série estrelada por Aniston, mas fazendo o par de Phoebe, personagem de Lisa Kudrow. A participação na bem-sucedida série fez muito bem para a carreira de Rudd, que passou a ser convidado para produções cada vez maiores, embora como coadjuvante. São dessa época sucessos como O Âncora: A Lenda de Ron Burgundy (2004), O Virgem de 40 Anos (2005) e Ligeiramente Grávidos (2007). Mostrando ser um verdadeiro team player, fazendo muito bem a escada para os protagonistas, passou de coadjuvante para principal em alguns títulos que mostraram o seu verdadeiro potencial. Longas como Nunca é Tarde para Amar (2007), Faça o que eu Digo, Não Faça o que eu Faço (2008), Eu te Amo, Cara (2009), Um Jantar para Idiotas (2010) e Bem-Vindo aos 40 (2012) mostraram bem o seu talento. Mas o pulo do gato foi, realmente, seu papel no Universo Cinematográfico da Marvel, como o Homem-Formiga. Além de ter seu filme próprio – e uma continuação já engatilhada – o personagem retorna em Capitão América: Guerra Civil (2016), em mais um potencial quebrador de recordes. Bom o suficiente? Tudo indica que ainda há muito para trilhar o astro, nascido em 6 de abril de 1969. Para comemorar o seu aniversário, a equipe do Papo de Cinema juntou-se para escolher os cinco melhores filmes estrelados por Paul Rudd e mais um, que tem o talento do ator, embora não como protagonista. Confira a lista e faça a sua própria!

 

A Razão do Meu Afeto (The Object of my Affection, 1998)
Muito antes de estourar em comédias do gênero bromance ou de virar um herói da Marvel, Paul Rudd foi na contramão de muitos de seus colegas de Hollywood que rejeitavam papeis homossexuais no cinema em produções pequenas. Pois neste filme ele se transforma na paixão da personagem de Jennifer Aniston. Ele é George, que acabou de receber um pé na bunda do então namorado e foi morar com ela, Nina, que tem como parceiro um advogado. A convivência entre os dois aumenta, a garota cai de amor pelo rapaz, que não sabe como rejeitar o amor dela sem perder sua amizade. É justamente nas pequenas nuances, nos gestos mais sutis, que o ator transforma seu personagem em muito além do o simples “melhor amigo gay”, e sim numa pessoa de verdade, sensível o bastante para não magoar aquela que lhe quer tanto bem. Ainda mais depois que ela tem um filho do namorado e vai criar o bebê com ele. Um filme pequeno, mas que ajudou a revelar o talento do ator da comédia ao drama, que é justamente os gêneros que se intercalam nesta produção. – por Matheus Bonez

 

Nunca é Tarde para Amar (I Could Never be your Woman, 2007)
Paul Rudd tem aquele rosto de vizinho simpático, a quem você iria recorrer em busca de uma xícara de açúcar, sem, no entanto, descartar a possibilidade de algo a mais. Seu perfil é tão comum – no melhor sentido do termo – que ele acaba funcionando ao lado das mais diversas atrizes. Jennifer Aniston, Tina Fey, Rachel Weisz, Reese Witherspoon, Leslie Mann e Amy Poehler são algumas que já cederam aos encantos do astro na tela grande. Mas de todas essas uniões, talvez a mais inusitada – e, surpreendentemente, também ajustada – tenha sido com Michelle Pfeiffer nessa divertida comédia romântica, merecedora de um olhar mais apurado. Apesar da diferença de idade – ela é 11 anos mais velha que ele – detalhe, aliás, que é bastante abordado na trama, essa história ofereceu ao ator as melhores oportunidades para ele mostrar seu talento no gênero. Por isso o acerto da direção de Amy Heckerling – com quem havia trabalhado antes em As Patricinhas de Beverly Hills – que foi habilidosa em respeitar os limites de cada um e fazer desse casal improvável uma delícia de se assistir e por quem torcemos até o único instante. – por Robledo Milani

 

Eu te Amo, Cara (I Love You, Man, 2009)
Com o título traduzido literalmente do inglês, essa é uma comédia romântica bem comum, a não ser, claro, o fato de ser um bromance – aquela relação de amizade especial entre dois caras. O filme é estrelado por Paul Rudd e Jason Segel, ambos despontados em sitcoms mais ou menos na mesma época – o primeiro no final de Friends e o outro no começo de How I Met Your Mother, o que acabou ajudando graças à familiaridade de ambos com tiradas rápidas. Peter (Rudd) está prestes a pedir sua namorada em casamento, porém, quando o faz, percebe que não tem amigos, ao menos nenhum grande parceiro que possa ser seu padrinho no casório. Perturbado com o assunto, ele se foca em encontrar e fazer um melhor amigo, o que acaba encontrando na figura de Sydney (Segel). Entretanto, enquanto as coisas com o seu novo “cara” só melhoram e eles de fato se tornam muito próximos, no outro extremo, o seu relacionamento começa a afundar. Fugindo do convencional, apesar de lidar com uma trama que o é, o longa diverte em grande parte devido a sua dupla central de atores, que desfrutam além de um ótimo timing, também de uma química impecável. – por Yuri Corrêa

 

Bem-vindo aos 40 (This is 40, 2012)
O ator Paul Rudd é uma figurinha carimbada da onda relativamente recente de comédias norte-americanas que, com maior ou menor grau de profundidade, lançam luz sobre uma geração de jovens adultos resistentes às responsabilidades oriundas da vida pós-adolescente. Seus recursos interpretativos geram empatia no público, principalmente porque ele consegue construir personagens imaturos, porém, bondosos e carismáticos na mesma medida. Neste filme dirigido por Judd Apatow, ele contracena com Leslie Mann, repetindo a dupla de Ligeiramente Grávidos (2007). Seu papel é o do dono de uma gravadora, na casa dos 40 anos, que propõe à esposa uma fuga completa da rotina. Dietas, exercícios e a interação mais efetiva com as filhas estão nos planos do casal. Claro, na trama muita coisa não dá certo, nem tudo se encaixa e/ou se resolve como previsto e idealizado. Mesmo num registro muito próximo de outros personagens seus, Paul Rudd confere singularidade ao protagonista, fazendo graça sem para isso descuidar das dificuldades e do lado vulnerável de Pete. A recente e elogiada interpretação do ator como Homem-Formiga, no filme homônimo da Marvel, somente trouxe mais à tona as virtudes de um trabalho que muitos já acompanhavam, e aplaudiam, nessas comédias agridoces. – por Marcelo Müller

 

Homem-Formiga (Ant Man, 2015)
Talvez a ideia de Paul Rudd interpretando um super-herói pudesse ser vista como piada há algum tempo. Mas o projeto que levou para as telonas o Homem-Formiga, um dos vários personagens da galeria da Marvel e que nos quadrinhos ajudou a fundar os Vingadores, caiu como uma luva para o ator. No filme, ele interpreta Scott Lang, um ladrão que é recrutado pelo cientista Hank Pym (Michael Douglas) para assumir seu uniforme de Homem-Formiga, que o possibilita diminuir de tamanho e aumentar sua força, atrapalhando os planos que seu pupilo, Darren Cross (Corey Stoll), tem para essa tecnologia. Em comparação com outros filmes da Marvel, a escala é menor (sem trocadilhos, por favor), apresentando seu novo herói por um caminho mais simples, ágil e divertido. Nesse sentido, ter alguém como Paul Rudd no papel principal veio muito a calhar, já que seu conhecido talento cômico é vital para o sucesso do filme, com o ator fazendo de Scott Lang um sujeito muito carismático. Ao final do filme, fica não só a sensação de termos conhecido um interessante e divertido super-herói, mas também a curiosidade de como ele irá interagir com o restante do vasto universo do qual ele faz parte. – por Thomás Boeira

 

+1

As Patricinhas de Beverly Hills (Clueless, 1995)
Esta produção comandada por Amy Heckerling tem a qualidade de servir como o retrato de uma época específica, sendo crítico e carinhoso ao mesmo tempo com as patricinhas e mauricinhos que existiam na década de 1990. Com roteiro baseado livremente no romance Emma, de Jane Austen, a diretora e roteirista criou uma comédia divertida apontando sua câmera para os mimados e privilegiados ricaços de Beverly Hills durante um período de autoconhecimento de um deles, a bela e frívola Cher (Alicia Silverstone). Quando as compras deixaram de ser seu foco, o bem das pessoas de que gosta se torna mais importante. Ao seu lado, o irmão-postiço que começa a surgir como improvável interesse amoroso, interpretado por um jovem Paul Rudd. O ator, como já se sabe, consegue dar um ar simpático e cativante para todo personagem que interpreta e, com Josh, não é diferente. Em primeira análise, ele pode servir apenas como contraponto ao modo avoado em que Cher se comporta. Depois, entenderemos que ele é a resposta certa para o amadurecimento daquela menina. Assim como Silverstone, Rudd não participou ativamente da série de TV que sucedeu o sucesso do cinema, embora tenha feito uma participação especial em um dos episódios. – por Rodrigo de Oliveira

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