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5+1 :: Sylvester Stallone

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Ele é Rocky, Rambo e tantos outros dos personagens mais famosos dos filmes de ação dos anos 1980 e, em parte, dos anos 1990. A grande verdade é que nem todos sabem como Sylvester Stallone não é apenas homem de um papel só e que ele atua não apenas em frente às câmeras, mas também como diretor, produtor, roterista… e com sucesso! E se nos últimos anos este sucesso todo não vinha se repetindo nas telonas em filmes como Ajuste de Contas (2013) e Rota de Fuga (2013), na trilogia Os Mercenários ele encontrou outra fonte de popularidade, até cair nas graças do público e da crítica com uma impressionante performance em Creed: Nascido para Lutar (2015) – que lhe valeu sua terceira indicação ao Oscar!

As duas primeiras lembranças ao prêmio máximo da Academia de Hollywood, no entanto, vieram em 1977 pela atuação e roteiro original de Rocky: Um Lutador (1976) – aliás, pelo mesmo personagem saudado mais recentemente! Em geral, o ator pode até não ser reconhecido por sua versatilidade, mas quando acerta, ninguém discute. No dia 6 de julho o astro completou mais um aniversário e a equipe do Papo de Cinema resolveu eleger seus cinco melhores filmes – e mais um especial – para celebrar a data e mostrar que Stallone é mais que músculos e força bruta.

 

Rocky: Um Lutador (Rocky, 1976)
Por Thomas Boeira

Poucos roteiristas conseguem se trancar em suas casas e escrever um grande filme em menos de uma semana. Sylvester Stallone fez isso, e o resultado foi o trabalho que o lançou imediatamente ao estrelato. Temos aqui a história clássica de um underdog, trazendo um boxeador fracassado que ganha a chance de sua vida ao ser escolhido pelo atual campeão dos pesos pesados para uma luta. É muito difícil não ser conquistado pela história de Rocky Balboa, personagem que consegue inspirar qualquer um a encarar seus desafios e se manter firme mesmo depois de ser golpeado várias vezes pela própria vida. Em parte, é exatamente por isso que a franquia Rocky acaba sendo tão interessante, mesmo que não brilhe em todos seus exemplares. Este primeiro filme foi um sucesso absoluto, não só em termos de bilheteria e crítica, mas também de premiações, tendo sido o grande vencedor do Oscar de Melhor Filme em 1977 e rendido a Stallone indicações a Melhor Roteiro Original e Melhor Ator. Lembranças mais do que merecidas e que se tivessem resultado em vitória, não teria sido nem um pouco injusto.

 

Rambo: Programado para Matar (First Blood, 1982)
Por Marcelo Müller

A proposta foi retomar a Guerra do Vietnã. Afinal, John Rambo (Sylvester Stallone) é um veterano que teve de comer o pão que o diabo amassou para escapar dos vietnamitas e voltar para casa. Ele decide, então, abandonar a farda e seguir uma rotina pacata na fazenda do pai. Mas, confundido com um vagabundo, é preso pelo xerife de uma cidadezinha pela qual passava, até escapar (novamente) e iniciar uma verdadeira guerra contra seus perseguidores, chamando a atenção inclusive de seu ex-comandante. Rambo é, quem sabe, o personagem mais importante da carreira de Stallone. Esse “exército de um homem só” está lá, lutando mais uma vez pela sobrevivência, explodindo o que vier pela frente, demonstrando toda a valentia dos bravos soldados americanos, numa patriotada não tão bem escondida assim. A despeito disso, Rambo, de forma inusitada, virou folclore com destaque no imaginário comum, pois não raro nos referirmos a alguém que quer fazer tudo sozinho como “Rambo”. Stallone, por sua vez, promete um novo filme da franquia para breve. Prova da longevidade do personagem ou da necessidade do astro de rememorar o passado para seguir em evidência?

 

Cop Land (1997)
Por Matheus Bonez

Falar em Sylvester Stallone é lembrar de Rambo, de Rocky Balboa e 500 outros papéis em filmes que seus músculos parecem atuar mais que o próprio ator. Isto para quem não conhece o segundo filme do diretor James Mangold. A produção que trata da corrupção dentro da polícia é um filme pequeno, mas recheado de méritos, especialmente pela interpretação do nosso homenageado, que engordou 20 quilos e recebeu apenas o salário mínimo do Sindicato dos Atores para fazer o papel. Na trama, Stallone é Freddy Heflin, xerife de uma pequena cidade que se vê no meio das manipulações da corporação onde trabalha quando um jovem colega mata duas pessoas inocentes. Para acoberta-lo, os colegas fingem um suicídio. Isto até Heflin, numa atuação contida do astro, ficar em dúvida com sua consciência se deve ou não revelar a verdade. Apesar de ter vencido apenas o prêmio de Melhor Ator no Stockholm Film Festival de 1997, Stallone merecia mais reconhecimento ao interpretar um figura totalmente diferente do usual, numa atuação contida e merecedora de todos os elogios que recebeu.

 

FormiguinhaZ (Antz, 1998)
Por Robledo Milani

Após estrear em uma comédia pornô soft, Sylvester Stallone passou de figurante em grandes filmes a astro indicado ao Oscar, além de se arriscar também como diretor e roteirista. E se essa insuspeita versatilidade sempre foi uma característica sua, outra é a incrível capacidade de rir de si próprio. Após explorar ao máximo seu físico escultural em longas originais e outros tantos genéricos, e de se arriscar também em comédias ou produções infantis, faltava em sua vasta filmografia apenas um desenho animado. Isso foi corrigido com essa divertida animação, que além de ter servido como marco zero no lançamento da DreamWorks, contou com um elenco de peso, quase todos astros renomados interpretando versões de si próprios. Então, ao lado da gostosa Sharon Stone, da latina Jennifer Lopez, do selvagem Gene Hackman e do inseguro Woody Allen, completava este quadro o melhor amigo do protagonista, o forte e camarada Weaver, cortesia de Stallone. Além de ser o braço direito do personagem principal em sua jornada, é uma presença de estilo e segurança. Indicado ao Bafta e ao Annie Awards, faturou quase US$ 200 milhões nas bilheterias de todo o mundo e fez frente – com status intelectualizado, quem diria? – ao concorrente da Pixar, o gêmeo Vida de Inseto (1998).

 

Os Mercenários (The Expendables, 2010)
Por Yuri Correa

Com a proposta de reunir o maior número de brucutus já consagrados pelo cinema, Sylvester Stallone escreveu, dirigiu e atuou neste que acabou sendo o primeiro capítulo de uma nova trilogia. Acompanhado de Jason Statham, Jet Li, Dolph Lundgren, Randy Couture, Steve Austin, Terry Crews, Mickey Rourke e contando até mesmo com pontas de Bruce Willis e Arnold Schwarzenegger, Stallone levou para as telonas um filme de ação que, se por um lado peca na simplicidade de sua trama, por outra compensa em dobro com a presença destas figuras musculosas e mal-encaradas que, apesar de suas aparências intimidadoras, revelam carismáticos personagens. Tanto sucesso fez, principalmente no Brasil, onde a produção veio rodar boa parte de sua duração, que os envolvidos logo lançaram Os Mercenários 2 (2012) e agora estão prestes a estrelar Os Mercenários 3 (2014). Não há como negar que o filme é fruto desta fórmula trazida aos olhos do público pelo eterno intérprete de Rocky Balboa aqui: nomes famosos interpretarendo figuras badass, reunidas em um longa de ação saudosista.

 

+1

O Demolidor (Demolition Man, 1993)
Por Rodrigo de Oliveira

John Spartan pode não ter a popularidade de um John Rambo ou de um Rocky Balboa. Mas é um dos personagens mais bacanas encarnados por Sylvester Stallone em sua carreira nos cinemas. No filme, Spartan é congelado em uma prisão após ser injustamente acusado da morte de dezenas de reféns enquanto caçava o perigoso Simon Phoenix (Wesley Snipes) – que também acaba preso no mesmo instituto. Em 2032, o bandido é solto e causa o caos na pacífica San Angeles. John Spartan é o único que pode capturá-lo, sendo reintegrado à polícia. O mais bacana do filme é o choque do brucutu encarnado por Stallone tendo de se adaptar a uma realidade asséptica, politicamente correta, exaustivamente chata. Quem o ajuda nesta empreitada é a bela policial Lenina Huxley (Sandra Bullock), que vai se moldando ao estilo mais cru de seu parceiro. Com boas cenas de ação, direção de arte interessante e ótimas piadas com o homem fora do seu tempo, foi a estreia na direção de Marco Brambilla, que nunca voltou a dirigir longas-metragens. Uma pena, dada a boa liga entre ação e comédia de seu debut.

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.

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