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Estrearam neste final de semana dois remakes de filmes que foram marcantes em suas épocas e que, agora, ganham atualização a partir das visões de novos diretores. A Morte do Demônio, nova versão do clássico The Evil Dead (no original), lançado por Sam Raimi em 1981, reestreia nos cinemas brasileiros com direção do uruguaio Fede Alvarez. Já Meu Pé de Laranja Lima, inspirado no livro escrito em 1968 por José Mauro de Vasconcelos e vertido para o cinema pela primeira vez em 1970 por Aurélio Teixeira, volta às telonas sob direção de Marcos Bernstein.

Pensando nos dois novos longas, o Papo de Cinema resolveu lançar esta nova coluna, inspirada na teoria Seis Graus de Separação (saiba mais sobre ela abaixo). Nela, vamos unir dois filmes (ou atores, atrizes, diretores, produtores, sagas, franquias, personagens…) através de seis pontos de ligação. Veja!

 

4 5 13 Evil Dead Poster1. A Morte do Demônio

Remake do clássico The Evil Dead (1981), um filme de baixo orçamento com efeitos especiais toscos para os nossos dias, mas que na época eram apavorantes. Além disso, consolidou elementos tradicionais do cinema de terror, como satanismo, o grupo de amigos aniquilados um a um, a casa diabólica na floresta, e a mistura de bom-humor com leve erotismo. A culpa de tudo isso é do diretor do original e produtor dessa nova versão, Sam Raimi

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ozgreatandpowerful thirdposter full2. Oz: Mágico e Poderoso

Em 2013, Raimi lançou Oz: Mágico e Poderoso, uma boa comédia infanto-juvenil que serve de prólogo para o superclássico O Mágico de Oz (1939), de Victor Fleming. O novo filme faz uma homenagem ao longa, que teve Judy Garland como protagonista, e conta com um elenco de peso composto por James Franco, Mila Kunis, Michelle Williams e Rachel Weisz

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constant gardener3. O Jardineiro Fiel

Rachel Weisz ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante – em sua única indicação até hoje – por seu desempenho em O Jardineiro Fiel (2005), longa inspirado no livro do autor britânico John Le Carré. Na trama, Justin Quayle, vivido por Ralph Fiennes, tenta descobrir o que aconteceu com sua mulher, a ativista Tessa (Weisz), assassinada brutalmente no Quênia. O filme fez muito sucesso em diversos países e especialmente no Brasil, devido à direção de Fernando Meirelles

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cidade de deus papo de cinema4. Cidade de Deus

Meirelles abalou o mundo em 2002, quando lançou o aclamado Cidade de Deus, baseado no contundente livro escrito por Paulo Lins sobre dois amigos que tomam caminhos opostos na vida: um torna-se fotógrafo e o outro, traficante. O filme, indicado a 4 Oscars – inclusive à Melhor Direção – remonta de forma realista a formação das favelas no Rio de Janeiro e a estruturação do tráfico com apoio de um elenco formado basicamente por atores novatos, como Alice Braga, Leandro Firmino da Hora, Jonathan Haagensen, Thiago Martins e Seu Jorge (todos estreantes no cinema), além de alguns poucos profissionais. Destes, o mais conhecido na época era Matheus Nachtergaele

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central do brasil papo de cinema5. Central do Brasil

Nachtergaele interpreta Isaías no filme Central do Brasil (1998), outro longa brasileiro que fez enorme sucesso no exterior (Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro, além de ter sido indicado ao Oscar na mesma categoria). A sensível obra de Walter Salles, com elenco formado por Fernanda Montenegro (indicada ao Oscar de Melhor Atriz e vencedora do Urso de Prata em Berlim), Marília Pêra e Vinícius de Oliveira, conta a história de uma escrivã de cartas que ajuda um menino a tentar encontrar o pai no Nordeste. O roteiro é assinado por João Emanuel Carneiro e Marcos Bernstein

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meu pe de laranja lima papo de cinema6. Meu Pé de Laranja Lima

Marcos Bernstein, roteirista de mais de 20 longas, como O Outro Lado da Rua (2004), Meteoro (2007), Inesquecível (2007), Chico Xavier (2010) e os ainda inéditos Faroeste Caboclo (2013) e Somos Tão Jovens (2013), além do próprio Central do Brasil, é também responsável pelo roteiro e pela direção de Meu Pé de Laranja Lima, que acaba de estrear nos cinemas brasileiros ao lado de A Morte do Demônio!

 

* A teoria dos Seis Graus de Separação indica que, no mundo, são necessários no máximo seis laços de amizade para que duas pessoas quaisquer estejam ligadas.

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
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é jornalista, doutorando em Comunicação e Informação. Pesquisador de cinema, semiótica da cultura e imaginário antropológico, atuou no Grupo RBS, no Portal Terra e na Editora Abril. É integrante da ACCIRS - Associação dos Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul.
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