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6 Graus :: Vai Que Dá Certo x Tudo Pode Dar Certo

Publicado por
Rodrigo de Oliveira

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Não é novidade para ninguém que as comédias brasileiras levam grande público para os cinemas. A mais recente delas, Vai Que dá Certo, já tem bilheteria superior a R$ 25 milhões. Contando com Bruno Mazzeo (dos sucessos Cilada.Com, 2011, e E aí, Comeu?, 2012) e alguns atores da bem-sucedida trupe internética Porta dos Fundos, o longa-metragem tem tudo para ser uma das comédias mais conferidas no país em 2013.

Quando se fala em comédias, um nome ligeiramente vem à mente. Um sujeito baixinho, de óculos, neurótico como só ele sabe ser. Estou falando, claro, de Woody Allen, cineasta nova-iorquino que fez seu nome com besteiróis de primeira – em início de carreira – passando a filmes com inteligentes sacadas, com personagens falhos e cheios de sagacidade.

No Seis Graus de Separação desta semana, vamos encontrar o que liga o sucesso brasileiro Vai Que Dá Certo ao hilário filme de Woody Allen lançado em 2009, Tudo Pode Dar Certo.

1. Vai Que Dá Certo (2013)

Contando a história de um grupo de amigos que planeja um assalto após perceber que nada na vida aconteceu como planejado, Vai Que Dá Certo faz rir a partir das situações estapafúrdias e pela falta de jeito daqueles cinco sujeitos. Com elenco com nomes conhecidos da comédia nacional, somado a emergentes da cena cômica pela internet, o longa-metragem é dirigido por Maurício Farias

 

 

 

2. O Coronel e o Lobisomem (2005)

Maurício Farias que, além de ter feito trabalhos para televisão como A Grande Família e Entre Tapas e Beijos, tem no currículo filmes como Verônica (2008), A Grande Família – O Filme (2007) e O Coronel e o Lobisomem, seu primeiro longa-metragem para o cinema. Na trama, baseada na obra de José Cândido de Carvalho, o coronel Ponciano Furtado precisa recuperar suas terras das mãos do irmão de criação e, para isso, tenta provar que o seu inimigo é, na verdade, um lobisomem. No elenco, Selton Mello vive o suposto ser fantástico enquanto o coronel é interpretado por Diogo Vilela

 

3. A Era do Gelo (2002)

Diogo Vilela é um dos atores mais versáteis do Brasil, tendo ficado conhecido primeiramente pelas comédias televisivas (TV Pirata logo vem à mente) e conseguindo posteriormente papéis desafiantes no cinema e na tevê. Foi Cauby Peixoto no musical Cauby, Cauby e foi o escolhido, no Brasil, para dublar o ranzinza mamute Manny, na animação A Era do Gelo, ao lado de Márcio Garcia e Tadeu Mello. Na dublagem original, o personagem defendido por Villela no Brasil é dublado por Ray Romano

 

 

4. Uma Eleição Muito Atrapalhada (2004)

Ray Romano é mais conhecido pelos seriados da tevê americana, como Everybody Loves Raymond, Men of certain Age e Parenthood. Mas também fez papéis no cinema, ainda que mais esporádicos. Fez a voz original do mamute Manny na quadrilogia A Era do Gelo e uma rápida ponta na comédia Tá Rindo do Quê? (2009), com Adam Sandler. Como protagonista, estrelou o pouco visto Uma Eleição Muito Atrapalhada, que contava a história de um ex-presidente norte-americano que voltava para sua cidade natal e concorria ao cargo de prefeito com uma figura local. Este filme marca o último trabalho do aposentado Gene Hackman

 


5. A Outra (1988)

Gene Hackman fez papeis memoráveis em dezenas de produções, como Operação França (1971), Superman – O Filme (1978), Mississippi em Chamas (1988), Os Imperdoáveis (1992) e Os Excêntricos Tenenbaums (2001). Nestes trabalhos, o ator mostrou sua versatilidade e talento em papéis completamente díspares um do outro. Existe um filme, porém, em que Gene Hackman faz um pequeno papel apenas, mas seu personagem deixa sua marca durante toda a história. Esta produção chama-se A Outra, com Gena Rowlands, Mia Farrow e Ian Holm como protagonistas. O motivo para Hackman aceitar um papel pequeno não poderia ser outro. Vontade de trabalhar com Woody Allen

 

6. Tudo Pode Dar Certo (2009)

Woody Allen ficou conhecido pelas comédias, mas o trabalho acima trata-se de um de seus dramas mais intensos. Na primeira década deste século, o cineasta nova-iorquino decidiu aventurar-se por outros cenários e começou a rodar seus longas em cidades da Europa. Assim surgiu Match Point (2005), Scoop (2006), O Sonho de Cassandra (2007) e Vicky Cristina Barcelona (2008), primeiros trabalhos da “fase Velho Mundo” de Woody Allen. Seu retorno aos Estados Unidos se deu com uma comédia hilariante, roteiro guardado no baú por décadas pelo cineasta, e contando com o infalível mal humorado Larry David: Tudo Pode Dar Certo.

 

> A teoria dos Seis Graus de Separação indica que, no mundo, são necessários no máximo seis laços de amizade para que duas pessoas quaisquer estejam ligadas.

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é crítico de cinema, membro da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. Jornalista, produz e apresenta o programa de cinema Moviola, transmitido pela Rádio Unisinos FM 103.3. É também editor do blog Paradoxo.

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