Uma das grandes apostas de bilheteria no cinema brasileiro em 2013, Meu Passado Me Condena chega aos cinemas nessa semana apoiado no sucesso do seriado exibido no canal a cabo Multishow (no qual o filme é baseado) e no carisma do protagonista Fábio Porchat, que marca presença no seu quarto longa-metragem em menos de um ano! Mas o que poucos lembram, no entanto, é que a produção nacional é homônima a um clássico gay de 1961 estrelado por Dirk Bogarde. Porém, além do mesmo batismo, há outras ligações entre estes dois títulos, e são justamente estas conexões que fomos atrás, em até seis etapas, no 6 Graus dessa semana. Confira!
Inspirado na série televisiva de mesmo nome, esta comédia romântica marca a estreia na direção de Julia Rezende, além de outras “primeiras vezes”. Afinal, trata-se do longa que marca o início da carreira cinematográfica de Miá Mello e de Alejandro Claveaux, além de ser também um desafio para o protagonista, que, de forma inédita, se aventurou como par romântico. A este papel coube a versatilidade de Fabio Porchat…
Fábio Porchat está em alta, e nos últimos meses o ator e comediante apareceu em nada menos do que quatro filmes diferentes. Um deles foi essa curiosa comédia em que, ao lado de Danton Mello, Anderson De Rizzi e Rodrigo Pandolfo, disputava uma vaga no Judiciário Federal. Porchat era o gaúcho afeminado Rogério Carlos, gaúcho de Pelotas filho de um estancieiro tradicionalista e muito macho, interpretado por Jackson Antunes…
Jackson Antunes é um dos destaques deste filme, que foi a primeira experiência do ator Matheus Nachtergaele atrás das câmeras. Com Daniel de Oliveira como protagonista, a história do santo que surge no interior da Amazônia conquistou prêmios em Gramado, Rio de Janeiro, São Paulo, Lima e Chicago, abrindo as portas internacionais inclusive para outros nomes do elenco, como o de Juliano Cazarré…
Juliano Cazarré também nasceu em Pelotas, Rio Grande do Sul, mas ao contrário do personagem de Fábio Porchat em O Concurso sabe muito bem o que quer. Determinado a se tornar um dos maiores nomes do cinema e da televisão brasileira, vem alternando personagens de prestigio em novelas como Avenida Brasil (2012) com filmes como esta produção dirigida por Fernando Meirelles, uma obra cíclica estrelada, entre outros, pelos vencedores do Oscar Rachel Weisz e Anthony Hopkins…
Anthony Hopkins começou na carreira como ator já com quase 30 anos, mas foi se tornar famoso de fato muito mais tarde, ao ganhar o Oscar de Melhor Ator por O Silêncio dos Inocentes (1991), aos 54 anos. Muito antes disso, no entanto, ele marcou presença neste drama sobre a Segunda Guerra Mundial, ao lado de nomes como Sean Connery, Gene Hackman, Ryan O’Neal e Dirk Bogarde…
Dirk Bogarde, após se tornar famoso em Hollywood com filmes como Rivais na Conquista (1954), Sonho de Amor (1960), pelo qual concorreu ao Globo de Ouro, e Tentação (1960), ao lado de Ava Gardner, largou tudo e passou a se dedicar à obras mais autorais e artísticas. Entre elas está o clássico Morte em Veneza (1971), no qual interpretou um senhor hipnotizado pela beleza de um jovem rapaz. A homossexualidade não estava apenas na ficção – o ator era gay assumido, e sua primeira experiência na tela grande em uma produção que abordava essa questão foi justamente neste drama de mesmo nome que a nova comédia nacional. O longa era sobre um advogado que lutava contra chantagistas que ameaçavam revelar a verdadeira orientação sexual de homens públicos. Por este trabalho, Bogarde foi indicado ao BAFTA como Melhor Ator do ano.
