A aguardada segunda parte de Ninfomaníaca, filme de Lars von Trier que vem sendo muito comentado desde quando foi anunciado, finalmente chegou aos cinemas esta semana, dois meses após o lançamento do primeiro volume. O longa nos apresenta a Joe (Charlotte Gainsbourg), que após ser salva por Seligman (Stellan Skarsgård) conta a história de sua vida para ele, principalmente o modo como seu desejo por sexo a afetou. A primeira parte se concentrou bastante na adolescência da personagem, enquanto a segunda traz sua fase adulta.
Se o filme de Lars von Trier traz uma ninfomaníaca como protagonista, o mesmo pode ser dito sobre o espanhol Diário Proibido, produção de 2008 dirigida por Christian Molina cujo título original é, justamente, Diário de uma Ninfomaníaca, e que também narra a história de uma garota e sua vida sexual, tudo colocado em um diário. O filme é baseado no livro de memórias escrito por Valérie Tasso.
Seis pontos conectam estas duas obras tematicamente parecidas e você pode conferi-los a seguir.
1. Ninfomaníaca: Volume 2 (2014)
Causando polêmica tanto pelas ideias que o roteiro busca tratar ao longo da história quanto por suas cenas de sexo explícito (nas quais dublês foram utilizados durante as filmagens), Ninfomaníaca: Volume 2 é um filme com a marca de Lars von Trier do início ao fim. Com uma atmosfera um tanto inquietante, esta não é uma obra fácil para o espectador, assim como a maioria dos filmes do diretor.
2. Melancolia (2011)
Antes de dar início ao projeto de Ninfomaníaca, Lars von Trier realizou Melancolia, uma espécie de filme-catástrofe que mostra um planeta homônimo prestes a colidir com a Terra. Ao mesmo tempo, acompanhamos o relacionamento conturbado entre as irmãs Justine (Kirsten Dunst) e Claire (Charlotte Gainsbourgh). Melancolia foi bem recebido na época de seu lançamento, e, apesar das polêmicas declarações ditas nazistas de von Trier em Cannes, isso não impediu que Kirsten Dunst vencesse merecidamente o prêmio de Melhor Atriz no festival.
3. As Virgens Suicidas (1999)
Neste longa, Kirsten Dunst é uma das cinco irmãs Lisbon, que vivem superprotegidas por seus pais em uma situação que fica ainda mais agravante após o suicídio da irmã mais nova. O filme representou uma ótima estreia de Sofia Coppola como diretora de longas-metragens e, dentre várias qualidades, ele conta uma bela atuação de James Woods como o pai das garotas.
4. Vampiros de John Carpenter (1998)
Aqui, o mestre do horror John Carpenter chamou James Woods para ser o protagonista da história interpretando Jack Crow, um mercenário que lidera uma equipe convocada pelo Vaticano para matar o vampiro mestre antes que ele e seus seguidores destruam a humanidade. O chefe de Crow no filme é o Cardinal Alba, papel que ficou a cargo de ninguém menos que Maximilian Schell.
5. Flores Negras (2009)
Maximilian Schell, infelizmente, faleceu no início do mês passado, aos 83 anos. Famoso por filmes como Julgamento em Nuremberg, (de 1961 e que veio a lhe render um Oscar), o ator teve um de seus últimos papeis no cinema neste thriller espanhol dirigido por David Carreras. O longa mostra um espião da RFA que larga o serviço e tenta recomeçar sua vida ao lado da mulher que ama, mas nem tudo sai como planejado e o passado acaba reencontrando-o. No elenco encontramos também a bela Belén Fabra.
6. Diário Proibido (2008)
Belén Fabra é a protagonista de Diário Proibido, filme que conta a história de Valérie Tasso, incluindo não só suas experiências sexuais, mas também as decepções que sofreu ao longo de sua vida. Apesar de a produção ter dividido opiniões quando lançada, muitos destacam a atuação de Fabra como um de seus pontos altos.
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