As expectativas para a estreia de O Hobbit: A Desolação de Smaug (2013) são grandes, proporcionais ao tamanho da aventura épica dirigida por Peter Jackson. Já apontado na crítica de Robledo Milani como superior ao episódio anterior, a segunda parte desta nova trilogia baseada na literatura de J.R.R. Tolkien deve alcançar facilmente o bilhão de dólares arrecadado mundialmente por O Hobbit: Uma Jornada Inesperada (2012).
Assim como Smaug, a desolação tomou os produtores de Ender’s Game: O Jogo do Exterminador (2013). A ficção baseada no livro infanto-juvenil de Orson Scott Card decepcionou nas bilheterias, faturando mundialmente US$ 85 milhões – valor ainda distante dos 110 milhões de dólares de seu custo de produção. A recepção da crítica norte-americana foi tão morna quanto a do público estadunidense, porém a situação pode ser diferente com a estreia brasileira da aventura com Harrison Ford e Asa Butterfield, que chega por aqui na próxima sexta-feira, dia 20.
Descobrimos seis graus que ligam esses dois blockbusters, que chegam aos cinemas nacionais com uma semana de diferença e certamente disputarão espectadores muito em breve. Confira!
Depois do êxito da trilogia O Senhor dos Anéis (2001 – 2003), uma legião de fãs se formou ao redor da literatura de Tolkien e das aventuras ambientadas ao redor da Terra Média dirigidas por Peter Jackson. O cineasta retorna a cadeira do diretor nesta nova trilogia baseada em O Hobbit, que coloca em cena mais uma vez os icônicos personagens Gollum, Legolas, Galadriel, Bilbo e Galdalf, este eternizado pelo Sir Ian McKellen.
Mas não é só de Gandalf que vive McKellen. O ator, reconhecido por outros importantes papeis, também levou aos cinemas o ambíguo Magneto na saga dos X-Men. O mutante Eric Lehnsherr, que já apareceu na pele de Sir Ian nos três primeiros filmes da franquia, retorna na nova produção dirigida por Bryan Singer também interpretado por Michael Fassbender.
Logo depois de incursionar pelo universo das superproduções na franquia dos mutantes, Fassbender, que ganhou projeção com o indie Fome (2008), de Steve McQueen, aceitou a proposta de Ridley Scott para dar corpo ao complexo David de Prometheus. Ao lado do alemão naturalizado irlandês, num elenco afinado, figura Charlize Theron, Noomi Rapace, Guy Pearce e o astro em ascensão Idris Elba.
Elba transita entre filmes de grande apelo comercial, como as duas aventuras-solo de Thor (2011 e 2013) e em Círculo de Fogo (2013). No entanto, é no papel de Nelson Mandela que o ator promete entrar no circuito dos grandes interpretes dramáticos – e sua performance no longa de Justin Chadwick já inspira lembranças na temporada oficial de prêmios. Ao seu lado, outra atuação muito elogiada é a de Terry Pheto, que dá corpo à primeira esposa do ícone africano, Evelyn Mase.
Curiosamente, Terry Pheto já tinha figurado numa cinebiografia do recém-falecido líder sul-africano: Mandela: A Luta Pela Liberdade (2007), como Zindzi, uma de suas filhas. Sua carreira cinematográfica começou em Infância Roubada, principal personagem feminina da produção que rendeu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro para Gavin Hood.
Assim como tantos bons cineastas ao redor do mundo, Hood foi cooptado por Hollywood logo após sua projeção com o drama sul-africano de 2005. Ele ingressou no cinema norte-americano dirigindo ninguém menos que Meryl Streep, Jake Gyllenhaal e Reese Witherspoon em O Suspeito (2007) e, agora, dá mostras de seu talento a partir de maiores proporções!