Enquanto Wolverine – Imortal (2013) domina o circuito nacional ao estrear simultaneamente em 800 salas de exibição, dois outros lançamentos mais restritos duelam para conquistar algum reconhecimento de público no mercado brasileiro.
Tese Sobre um Homicídio (2013), de Hernán Goldfrid, chega a 23 salas do país depois de conquistar mais de dois milhões de espectadores na Argentina. Parte desse público se deve ao carisma de Ricardo Darín, ator onipresente nos lançamentos mais incensados de seu país de origem.
Já o novo filme de Terrence Malick, Amor Pleno (2012), estreia com alguma vantagem sobre seu “concorrente”: 36 salas brasileiras o exibem a partir desta sexta-feira. O novo drama existencialista de Malick possui um elenco de apelo internacional, como Ben Affleck, Javier Bardem e Rachel McAdams, porém deve capturar apenas o público já iniciado no cinema do cineasta.
Darín nunca estrelou um filme de Malick, porém há apenas Seis Graus de Separação entre eles. Confira!
Protagonista de Tese Sobre um Homicídio (2013), Ricardo Darín interpreta Roberto Bermudez, especialista em Direito Criminal que precisa solucionar o assassinato de uma estudante universitária. O cinema de gênero não é estranho para a carreira do astro argentino, que nos últimos anos estrelou o drama vencedor do Oscar O Segredo dos Seus Olhos (2009) e também Abutres (2010) e Elefante Branco (2012), ambos sob o comando de Pablo Trapero.
Um dos mais aclamados cineastas do país hermano, Pablo Trapero é reconhecido pelo retrato contundente de pessoas comuns a partir de severas críticas sociais. Sua esposa, Martina Gusmán, é colaboradora habitual de seu cinema e, além dos dois títulos supracitados com Darín, protagoniza também Leonera (2008), que conta com uma pequena participação do brasileiro Rodrigo Santoro.
Coadjuvante de luxo numa série de produções internacionais, Rodrigo Santoro despontou para o cinema produzido além das fronteiras brasileiras como o bonitão mudo de As Panteras – Detonando (2003). No entanto, suas caracterizações para personagens históricos são as que lhe rendem as melhores críticas, como o jogador de futebol Heleno de Freitas em Heleno (2011) e Raúl Castro na cinebiografia de Che (2008), dirigida por Steven Soderbergh.
O prolífico Steven Soderbergh já dirigiu mais de 30 filmes desde o lançamento de seu primeiro longa-metragem, Sexo, Mentiras e Videotape (1989), numa estreia arrebatadora que lhe rendeu a Palma de Ouro em Cannes e uma indicação ao Oscar de roteiro original. O cineasta, que gosta de anunciar sua aposentadoria iminente enquanto segue lançando novos trabalhos, tem sua filmografia dividida entre trabalhos autorais e grandes sucessos comerciais, como a trilogia iniciada em Onze Homens e um Segredo (2001) e protagonizada por George Clooney, Matt Damon e Brad Pitt.
5. Brad Pitt
Detentor do título de Mr. Angelina Jolie, engajado em causas sociais e pai de seis filhos, Brad Pitt ainda encontra tempo para ser ator. Ele é um dos vários astros hollywoodianos que seguem exorcizando a imagem de galã na escolha de papeis sérios e profundos. Uma de suas mais elogiadas performances foi como o severo pai de A Árvore da Vida (2011), penúltimo filme de Terrence Malick.
Terrence Malick já passou mais de 20 anos sem filmar, porém quebrou o estigma dos longos hiatos entre o lançamento de seus filmes este ano. Após vencer a Palma de Ouro em Cannes em 2011, o excêntrico realizador norte-americano apresentou na sequência o tocante Amor Pleno (2012), que revela toda a profundidade dramática de Olga Kurylenko. Um filme que merece ser apreciado – melhor ainda numa sessão dupla seguida por Tese Sobre um Homicídio, com Darín.
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