Para dar sequência ao nosso exercício de futurologia, agora a fim de tentar antever quem pode ou não se dar bem na categoria de Melhor Ator Coadjuvante na próxima edição do Oscar, vamos primeiro buscar subsídios nos termômetros historicamente mais confiáveis, depois passamos brevemente à pura especulação. Os dois principais prêmios de referência que já divulgaram listas de indicados, Globo de Ouro (prêmio da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood) e Screen Actors Guild Awards (concedido pelo Screen Actors Guild, o Sindicato dos Atores dos Estados Unidos), cravaram os mesmos nomes. Portanto, estes são, pelos motivos já citados, desde já os grandes favoritos à corrida pela estatueta do Oscar.
O veterano Robert Duvall foi lembrado por sua atuação em O Juiz. Como o filme não teve grande repercussão de público e crítica, isso nos leva a crer que, embora realmente desempenhando um papel interessante, Duvall se imponha mais por sua trajetória pregressa do que propriamente por interpretar o pai do personagem de Robert Downey Jr. nesse drama familiar. Ethan Hawke, coadjuvante em Boyhood: Da Infância à Juventude, figura igualmente em ambas as listas, despontando assim também como um dos favoritos. O filme de Richard Linklater, aliás, surge no geral como boa aposta para a temporada de premiações, e seu processo sui generis de produção, na qual vemos Hawke (e os demais) de fato envelhecendo na tela, pode dar certa vantagem ao ator na corrida por prêmios.
Outros longas bem cotados que, de lambuja, podem emplacar indicações de seus intérpretes ao Oscar são Birdman Ou (A Inesperada Virtude da Ignorância) e Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo. Pelo papel de um cara tão imprevisível quando brilhante, Edward Norton pode, enfim, entrar pesado na briga por uma estatueta dourada – não que não merecesse tê-la ganhado nas menções anteriores (Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Ator, respectivamente, por As Duas Faces de Um Crime, 1996, e A Outra História Americana, 1998). Mark Ruffalo, indicado anteriormente como coadjuvante por Minhas Mães e Meu Pai (2010), tem igualmente boas chances por seu papel de uma lenda da luta greco-romana no filme de Bennett Miller. O veterano J.K. Simmons pode encarar sua primeira disputa pelo prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, em virtude de seu trabalho em Whiplash: Em Busca da Perfeição, no qual vive um grande músico que serve de mestre ao protagonista.
Como podemos ver, os atores mais cotados às indicações de coadjuvante do ano são veteranos, gente com lastro em Hollywood. Deles, apenas Robert Duvall já tem uma estatueta em casa, por A Força do Carinho (1983). Embora as coisas pareçam mais ou menos óbvias – agora vem a especulação – é bom não desconsiderar a possibilidade de azarões. Quem há de descartar desse páreo, por exemplo, um nome forte como Alec Baldwin, de elogiada atuação no drama Para Sempre Alice, ou mesmo uma arrancada final de Miyavi, destaque de Invencível, filme de Angelina Jolie? Bom, as cartas estão na mesa.
CERTEZAS:
- Edward Norton – Birdman Ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
- Ethan Hawke – Boyhood :Da Infância à Juventude
- Robert Duvall – O Juiz
QUASE CERTEZAS:
- J.K. Simmons – Whiplash: Em Busca da Perfeição
- Mark Ruffalo – Foxcatcher : A História que Chocou o Mundo
AZARÕES:
- Alec Baldwin – Para Sempre Alice
- Miyavi – Invencível
- Channing Tatum – Foxcatcher :Uma História que Chocou o Mundo
MERECIAM, MAS NÃO VÃO ENTRAR:
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