Foram poucos os diretores de fotografia que conseguiram ganhar seus Oscars em anos consecutivos. O último, John Toll, venceu na categoria pelo seu trabalho em Lendas da Paixão (1994) e por Coração Valente (1995). Vinte anos depois, a história pode se repetir com Emmanuel Lubezki, que levou a estatueta para casa no Oscar passado por Gravidade (2013) e tem tudo para ser indicado – e vencedor – pela sua parceria com o conterrâneo diretor mexicano Alejandro González Iñarritú em Birdman (ou a Inesperada Virtude da Ignorância). Quem diz isso não somos nós do Papo de Cinema, e sim as diversas premiações que o filme já levou nesta categoria, como os louros dos críticos de Boston, Chicago, Los Angeles, Phoenix, Nova York e Washington, bem como as indicações para o Independent Spirit Awards e o Satellite Award.
Quem pode fazer frente ao bom momento de Emmanuel Lubezki é Roger Deakins que, por incrível que pareça, nunca levou o prêmio para a casa – e não foi por falta de oportunidades. Já são 11 indicações à estatueta da Academia e nenhum louro. A última vez, Deakins inclusive perdeu para Lubezki, pelo seu trabalho em Os Suspeitos (2013). Desta vez, o diretor de fotografia preferido dos Irmãos Coen deve concorrer ao careca dourado pela sua parceria com Angelina Jolie em Invencível. Com indicação ao Broadcast Film Critics Association Awards, ao Critics Choice Awards e em diversas associações da crítica norte-americana (Houston, Phoenix, San Diego, Washington, St. Louis), este deve ser uma das certezas nas indicações do ano – e uma das poucas do filme de Jolie.
Outro nome que logo vem à mente é o de Robert Yeoman, pela belíssima fotografia de O Grande Hotel Budapeste, de Wes Anderson. Ele aparece em diversas listas de melhores do ano pelos críticos norte-americanos, levou os louros de forma empatada com Lubezki na premiação de Chicago e recebeu a distinção pela Online Film Critics Society Awards.
Não seria loucura apostar em Hoyte Van Hoytema, que chamou a atenção pelo seu trabalho em Ela (2013) e, agora, pode estrear no Oscar pela parceria recente com Christopher Nolan em Interestelar. Ou mesmo pensar em Dion Beebe, pela fotografia do fantástico Caminhos da Floresta. E ainda Benoit Delhomme, por A Teoria de Tudo, lembrado no Satellite Awards; e Bradford Young, por Selma, indicado no Independent Spirit Awards.
Claro que as apostas mais certeiras virão em janeiro, quando o sindicato dos diretores de fotografia, o ASC Awards, revelar seus indicados no dia 7. Até lá, são estas as nossas especulações.
CERTEZA ABSOLUTA:
- Emmanuel Lubezki – Birdman (ou a Inesperada Virtude da Ignorância)
QUASE CERTEZAS:
- Roger Deakins – Invencível
- Robert Yeoman – O Grande Hotel Budapeste
DUAS VAGAS, ALGUMAS POSSIBILIDADES:
- Hoyte Van Hoytema – Interestelar
- Benoit Delhomme – A Teoria de Tudo
- Bradford Young – Selma
- Jeff Cronenweth – Garota Exemplar
- Dion Beebe – Caminhos da Floresta
AZARÕES:
- Robert Elswit – Vício Inerente
- Tom Stern – Sniper Americano
- Roman Vasyanov – Corações de Ferro
MERECIAM, MAS NÃO TÊM CHANCES:
- Dariusz Wolski – Êxodo: Deuses e Reis
- Andrew Lesnie – O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos
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