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Diferente de edições passadas, nas quais as categorias de atuação femininas eram verdadeiras incógnitas pela falta de bons papéis, 2015 se provou o ano das mulheres no cinema. Neste ano que passou, não só as protagonistas femininas foram mais interessantes como também as coadjuvantes, com grandes atrizes defendendo papéis menores, mas não menos memoráveis.

Existe uma estrela nesta categoria que já deve estar liberando o dia 28 de fevereiro na sua agenda para estar presente na festa. E ela é Kate Winslet. Pela sua atuação em Steve Jobs, já foi lembrada pelo SAG Awards, Globo de Ouro, Critics Choice Awards e diversas outras premiações e agremiações de críticos. Isso, no entanto, não necessariamente significa vitória nesta categoria. Até porque Winslet venceu o prêmio não faz muito tempo – em 2009, como Melhor Atriz por O Leitor (2008)– e suas diversas indicações anteriores, que a transformaram na mais jovem intérprete a conseguir seis nominações, a deixam um peso muito pesado nesta categoria, o que não é um bom sinal. Basta vermos as últimas estatuetas, dadas basicamente a jovens talentos ou a atrizes que nunca haviam sido lembradas.

Kate Winslet, em Steve Jobs
Kate Winslet: presença certeira por Steve Jobs

Por falar em peso pesado, Helen Mirren aparece com força na lista deste ano por sua interpretação em Trumbo: Lista Negra. A atriz compete com Kate Winslet em todos os prêmios citados acima e, assim como sua parceira de profissão, também já levou Oscar para casa – há quase dez anos, por A Rainha (2006), como Melhor Atriz. Como coadjuvante, Mirren já foi indicada duas vezes, mas sem sucesso – em 1994, por As Loucuras do Rei George e, em 2001, por Assassinato em Gosford Park. Esta seria sua terceira indicação, mas com poucas chances de vitória caso a Academia decida por Rooney Mara como coadjuvante e não como atriz principal.

Aliás, este é um caso à parte: se Mara for indicada nesta categoria por Carol, seria sua segunda participação na festa da Academia – a primeira foi como Melhor Atriz, em 2012, por sua inesquecível performance como Lisbeth Salander em Millennium: Homens que não Amavam as Mulheres (2011). O que tem gerado curiosidade é se sua indicação ao Oscar se dará na categoria principal ou coadjuvante. Ela levou a Palma de Ouro em Cannes por sua interpretação e já foi indicada nas duas categorias em prêmios distintos. Caso ela apareça nesta, de coadjuvante, sua vitória é quase certa. Na categoria principal, existem peixes maiores para fritar.

Rooney Mara: dúvida por Carol
Rooney Mara: dúvida por Carol

Sua principal concorrente nesta categoria é Alicia Vikander. O caso dela também é curioso. Existem dois filmes pelos quais ela tem sido indicada: A Garota Dinamarquesa e Ex-Machina: Instinto Artificial. No SAG e no Critics Choice Awards, ela foi lembrada pelo primeiro. No Globo de Ouro, pelo segundo. Por isso a aposta aqui fica dividida. É certo que ela estará no Oscar e, muito provavelmente, pelo filme em que contracena ao lado do também oscarizado (e oscarizável novamente) Eddie Redmayne. Mas é possível que Ex-Machina se mostre um azarão interessante e passe na frente.

Duas performances que tem ganhado força nos últimos tempos e tem tudo para estarem na festa são as de Rachel McAdams em Spotlight: Segredos Revelados e Jennifer Jason Leigh, em Os Oito Odiados. Atuações completamente diferentes, mas com destaque o suficiente para roubar cenas dos atores principais (o que sempre é levado em conta pelos votantes). Tudo vai depender do espaço que pode ser deixado em branco pela ausência de Rooney Mara nesta categoria. Nesta leva, poderiam entrar também Jane Fonda, por Juventude, ou mesmo Joan Allen, por O Quarto de Jack. Estas com chance mínima de vitória, com a indicação valendo como prêmio.

Kristen Stewart, por Acima das Nuvens: injustiçada?
Kristen Stewart, por Acima das Nuvens: injustiçada?

Uma pena será ver uma atuação tão interessante quanto a de Kristen Stewart – abandonando de vez o passado da Saga Crepúsculo – em Acima das Nuvens ser fatalmente esquecida pelos votantes. Suas chances são tão pequenas quanto as de suas colegas Elizabeth Banks, por Love & Mercy, e Julie Walters, por Brooklyn, que também cativaram os olhares dos espectadores, mas que terão de aguardar uma melhor sorte num próximo ano.

 

CERTEZAS

 

QUASE CERTEZAS

 

AZARÕES

 

MERECIAM, MAS NÃO VÃO ENTRAR

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é crítico de cinema, membro da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. Jornalista, produz e apresenta o programa de cinema Moviola, transmitido pela Rádio Unisinos FM 103.3. É também editor do blog Paradoxo.
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