Se no ano passado foi quase um parto fazer a lista de indicadas por conta dos fracos papeis femininos de 2014, agora sobram interpretações marcantes que não serão contempladas. Quem arranca na frente é a estreante no Oscar Brie Larson pela tocante e profunda performance como a mãe encarcerada de O Quarto de Jack. Por sua atuação ela já levou o Globo de Ouro em Melhor Atriz em Drama, foi indicada ao Sindicato dos Atores, ao Bafta e ao Critics Choice, além de ter sido aplaudida pelos críticos da maioria dos estados norte-americanos. Sua principal concorrente é outra jovem que retorna alguns depois após sua indicação (como coadjuvante) por Desejo e Reparação (2007): Saoirse Ronan. Por Brooklyn, que passou por festivais desde o início do ano passado, a garota tem sido mais do que cotada para entrar com força na briga.
Mas e Cate Blanchett? Apesar de sua performance arrebatadora em Carol, a atriz levou seu segundo Oscar há dois anos por Blue Jasmine (2013), o que deve limitar muito ter um novo prêmio em mãos. Mas a indicação é praticamente certeira. Quem pode atrapalhar esta vaga é justamente sua colega de cena, Rooney Mara, que resta a dúvida: irá ela entrar como principal ou coadjuvante? Se for nesta categoria, a briga vai dividir votos. Se for como apoio, é capaz de ganhar por conta da relevância de sua personagem na trama.
Outra dúvida é Jennifer Lawrence por Joy: O Nome do Sucesso. Mesmo com todo o amor da indústria e da Academia pela sua persona e sua atuação ter rendido o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Comédia ou Musical, o filme de David O. Russell (em sua terceira parceria com a intérprete) não tem rendido muito buzz, ou falatório, o que pode prejudicar suas chances. Nisto uma grande dama pode ressurgir: Helen Mirren inclusive foi indicada ao Sindicato da categoria por sua performance em A Dama Dourada. Mas será que ela consegue chegar à final? O mesmo pode ser dito de outros grandes monstros da atuação: Lily Tomlin, por Grandma, e Maggie Smith, por A Senhora da Van. Porém, as maiores chances da ala mais experiente da categoria estão com a inglesa Charlotte Rampling, pelo intenso 45 Anos.
Claro que ainda restam outras que podem ser injustiçadas. Se a Academia deixasse de lado o preconceito com filmes mais intimistas ou longas de ação, duas atrizes certamente estariam na disputa: Juliette Binoche, por Acima das Nuvens, e Charlize Theron, em Mad Max: Estrada da Fúria. Porém, as chances delas são quase restritas, com uma leve vantagem para a Imperatriz Furiosa por estar em uma das produções que vai estar em várias categorias.
CERTEZAS
QUASE CERTEZAS
PROVÁVEL
AZARÕES
MERECIAM, MAS NÃO VÃO ENTRAR
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