Nick Silver emplacou duas das melhores peças em cartaz do ano. Com seu texto desaforado, ácido e engraçado, Os Altruístas fala da degradação das relações humanas e do egoísmo. Destaque para Kiko Mascarenhas, que faz um belíssimo trabalho ao lado de Mariana Ximenes.
Pterodátilos
Em Pterodátilos, também de Nick Silver, o mestre Marco Nanini faz o melhor trabalho do ano na interpretação da filha e do pai de uma família completamente desestruturada. Ao seu lado está a também ótima Mariana Lima. Outro ponto forte da produção é o grande e engenhoso cenário de Daniela Thomas.
Hedwig e o centímetro enfurecido
Com o personagem feminino interpretado por um homem e o masculino por uma mulher, Hedwig não tem a grandeza dos musicais da Broadway, mas é disparado o melhor do ano. Muito rock e interpretações de primeiríssimas de Pierre Baitelli e de Felipe Carvalhido brilham na adaptação do texto de John Cameron Mitchell com direção de Evandro Mesquita.
Deus da carnificina
Teatro no sentindo mais completo da palavra, esse quarteto de atores faz um embate inesquecível no palco, com a segura direção de Emílio de Mello e o texto de Yasmina Reza. Já foi adaptado para o cinema e vem com boas chances para o Oscar.
O Jardim
Lindo trabalho da Cia Hiato de Teatro, conta a mesma história em 3 tempos diferentes e cada lado da plateia assiste a uma história de cada vez. Grandes interpretações, comovente trilha e belo cenário. O Jardim é uma grande experiência que nos proporciona uma montanha de emoções.
Trilhas Sonoras de Amores Perdidos
Para os fãs de rock um prato cheio, essa triste e bonita história de amor me levou às lágrimas por diversas vezes. Ótimas atuações de Guilherme Weber e de Natália Lage, faz parte da trilogia iniciado por A vida é cheia de som e fúria, aqui mais um belo trabalho de Felipe Hirsch.
O Libertino
Cássio Scapin dá um banho no papel do filósofo francês Denis Diderot. Uma comédia deliciosa, com bom elenco e mais um bom trabalho de Jô Soares no teatro.