INDICADOS
- Christian Bale, por A Grande Aposta
- Mark Rylance, por Ponte dos Espiões
- Mark Ruffalo, por Spotlight: Segredos Revelados
- Tom Hardy, por O Regresso
- Sylvester Stallone, por Creed: Nascido para Lutar
Historicamente, o prêmio que melhor consegue adiantar os indicados e vencedores das categorias de atuação no Oscar é o SAG Awards, premiação do Sindicato dos Atores de Hollywood. Neste ano, no entanto, estamos diante de um cenário pouco usual com os nomeados a Melhor Ator Coadjuvante. Isso porque o vencedor do SAG, Idris Elba, não foi indicado ao Oscar. E, muito provavelmente, o vencedor do Oscar, Sylvester Stallone, tampouco foi lembrado pelo seu Sindicato. As listas, inclusive, estão bem diferentes. Houve apenas a coincidência de dois atores entre as premiações: Christian Bale, por A Grande Aposta (2015) e Mark Rylance, por Ponte dos Espiões (2015). Uma pena, visto que Jacob Tremblay e o próprio Elba seriam nomes com presença mais forte na categoria, do que os (bons) Mark Ruffalo e Christian Bale. Em um ano em que a Academia se envolveu novamente em polêmica pela ausência de atores negros em suas categorias, Elba seria um nome que certamente poderia beliscar o prêmio.
Isso, claro, se este não fosse o ano de Sylvester Stallone. Poucos imaginariam que nesta altura do campeonato, o intérprete de Rocky Balboa conseguiria ter força para outros desafios. E o ator, vivendo pela sétima vez o personagem, tem performance destacada, mostrando que um herói pode, sim, mostrar uma face mais vulnerável.
GANHA E TORCIDA: Sylvester Stallone, por Creed: Nascido para Lutar
Não tem jeito. Mesmo não tendo sido lembrado pelo Sindicato, Stallone surgiu na temporada de prêmios como um verdadeiro azarão, mas ultrapassou todos os seus concorrentes na corrida. Depois de ter levado o Globo de Ouro e o Critics’ Choice Awards, chegou a vez do Garanhão Italiano ser premiado com a estatueta dourada. Talvez com Idris Elba no páreo a coisa poderia ser diferente, mas no certame atual, Rocky Balboa tem tudo para levar o cinturão. Ou melhor, o Oscar.
AZARÃO: Tom Hardy, por O Regresso
Diferente de seus parceiros de categoria, Tom Hardy não figurou em diversos prêmios com sua rústica performance no longa-metragem de Alejandro González Iñárritu. A Academia foi uma das poucas instituições que reconheceram o talento do ator, que consegue superar um personagem unidimensional, entregando um incrível antagonista para o sofredor herói de Leonardo DiCaprio. Dificilmente leva o prêmio, mas sua presença já serve como vitória.
ESQUECIDOS: Idris Elba, por Beasts of no Nation, e Jacob Tremblay, por O Quarto de Jack
O prêmio do Sindicato foi quase um aviso: não existe mais como a Academia fechar os olhos para o talento de atores negros, como tem feito nos últimos dois anos. Elba foi a principal ausência no Oscar deste ano e sua atuação perigosamente naturalista nesta obra pesada produzida pelo Netflix será lembrada por muitos e muitos anos. A ausência do menino Tremblay também é sentida, visto que O Quarto de Jack só tem a força que tem pela magnética performance do garotinho. Brie Larson, que tem vencido prêmio em cima de prêmio e vive a mãe do menino no longa-metragem, deve muito ao jovem ator. Aliás, eu iria mais longe: Tremblay coloca Larson no bolso.
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