INDICADOS
Dos cinco roteiros adaptados deste ano, apenas um deles é de um autor que já foi lembrado pela Academia anteriormente. Porém, parece que não vai ser desta vez que Nick Hornby vai abocanhar a estatueta dourada por Brooklin, após ter chegado quase lá quando foi indicado anteriormente por Educação (2009). Quem deve faturar o prêmio são Charles Randolph e Adam McKay. A dupla é responsável pelo script de e A Grande Aposta, além de diversas outras premiações em que ganhou os louros, recebeu um dos principais termômetros da Academia: o do Sindicato dos Roteiristas. Acima de tudo, o longa é um dos favoritos a Melhor Filme, o que aumenta suas chances. Mais dois concorrentes também não devem fazer tanto barulho frente à produção: Drew Goddard, autor do roteiro de Perdido em Marte, e Phyllis Nagy, que em sua estreia na festa, conseguiu ser lembrada pela adaptação do romance de Patricia Highsmith em Carol. Quem pode estragar a festa, ainda que as chances não sejam das maiores, é Emma Donoghue, que adaptou o próprio romance e levou às telonas O Quarto de Jack.
Vencedor de praticamente todos os prêmios aos quais foi lembrado, o texto recheado de informações crise econômica norte americana pode parecer enrolado algumas vezes, mas, na verdade, dá um bom panorama do fato, além de tratar tudo com muito bom humor. O feito ganhou os olhares da mídia especializada, do público e da Academia, que parece bem disposta a premias o trabalho.
O livro poderia ser difícil de ser adaptado se caísse em outras. Por sorte, a própria autora resolveu redesenhar sua história na forma de filme, mostrando não apenas o horror do cárcere privado, mas a ternura de uma mãe que constrói um novo mundo para o filho. Além de tudo, mostra o choque de realidade vividos por ambos logo após sua libertação. Pode não ser um grande concorrente visto os prêmios que o franco favorito recebeu, mas não duvide se o título for mencionado na hora que a estatueta for entregue.
Aaron Sorkin já venceu um Oscar pela adaptação de A Rede Social (2010) e foi indicado mais uma vez por O Homem que Mudou o Jogo (2011). Por conta de sua adaptação do livro de Walter Isaacson ganhou o Globo de Ouro, foi indicado ao Bafta, Critics Choice e diversas agremiações de críticos, além do próprio Sindicato dos Roteiristas. Sua elaboração concisa focando a história em três grandes momentos da vida do cinebiografado merecia a lembrança. Uma pena que o filme foi preterido pela Academia em diversas categorias, pois bate fácil alguns dos indicados a Melhor Filme, inclusive.